segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pensando no amanhã (presa num engarrafamento)

18h - a bordo de um ônibus lotado, na Gávea, presa num engarrafamento tão ferrenho que posso escrever tranquilamente, sem precisar me preocupar se a minha letra ficará inteligível ou não.

Depois de tanto sermão (para os meus leitores e para mim mesma), fiz o que aconselhei as pessoas a não fazerem: me precipitei. Meti os pés pelas mãos (de novo! Será que vou ficar me afobando eternamente? É possível. Como diz o Dr. House, "People don't change"; ao mesmo tempo, como disse o Felipe Neto, "As pessoas mudam o tempo todo, o que é um tapa na cara do Dr. House"). Por que eu fiz isso? Uma proposta me gerou uma dúvida e, para transformar a dúvida em certeza, decidi te contar logo o que eu (acho que) sinto. E agora que não nos encontramos não sei se foi porque você talvez esteja me evitando ou porque o "destino" quis. E para piorar tudo, não tenho uma resposta...

"Psicótica!", dizem meus leitores. Tá, não tiro a razão deles: sou e assumo, mas tô tentando ser um pouco menos. Te contar foi uma ação primeiramente corajosa - e, segundo Coraline - foto ao lado -, personagem do livro homônimo de Neil Gaiman, "Coragem é fazer algo que você não quer para evitar outra que você quer menos ainda."; em segundo lugar, foi uma ação, ahn... "relaxada". Não entendeu? Simplesmente liguei o "dane-se (eufemismo) e seja feliz". Declarei a mim mesma: você não tem nada a perder. Na verdade eu tinha o início de uma amizade. Bem, eu já fiquei a fim de "amigos iniciantes" e vi depois que o meu sentimento era mais um anseio pelo novo que pela pessoa em si. É possível que tenha acontecido isso comigo em relação a você. Possível, mas não provável.

Não ter uma resposta, escrita virtualmente ou dita face a face, me incomoda mais. É verdade que eu não queria te encontrar hoje, então não tenho muito do que reclamar. Uma conversa amanhã, quando poderemos falar com calma, será melhor. A questão é: eu vou te achar?

Eu decidi te contar logo para desfazer uma dúvida. Eu quero saber logo se eu tenho chances. Se eu não tiver, pra quê ficar me iludindo? Vou partir pra outra, né...

Amanhã pode ser o dia que vai mudar a minha vida. Tá, fui dramática demais. Mas amanhã pode ser um dia decisivo - mesmo se você disser "não".

Um comentário:

  1. É quase provável que esteja tão ansiosa quanto você, pelo desfexo dessa história...
    Have a nice day!

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