quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Memorial (e não é de Maria Moura, Júlia!)

Tive que fazer um memorial para a aula de Produção de Texto 2. Gostei tanto que cá está ele (para quem não sabe o que é um memorial, é quase um "currículo em prosa").

Sempre tive uma necessidade muito grande de me envolver com histórias. Minha bisavó me contava várias, minha mãe lia para mim outras tantas, assistia-as incansavelmente na televisão. Quando ninguém podia me entreter com ficções, eu mesma inventava as minhas - o que acontecia com tanta frequência que a realidade se misturava com fantasia e, até hoje, não sei se algumas memórias foram vividas ou se foram fruto da minha imaginação. Aos seis anos, ao perceber que podia ler um livro ao invés de inventar histórias, me encantei pela literatura. Aos 9, aprofundei-me um pouco mais ao ler a saga “Harry Potter”, que me levou a livros mais volumosos. Em 2006, com treze anos, comecei a ler clássicos, como “O morro dos ventos uivantes”, “Lolita” e “Lira dos Vinte Anos”. No mesmo ano, ao assistir as aulas da professora Juliana Izabeli Bulhões, de língua portuguesa, identifiquei-me com a matéria e, a partir daí, unindo a admiração pela leitura ao interesse pelo estudo da língua portuguesa, decidi cursar a faculdade de Letras.

Devido a uma série de acontecimentos marcantes e à própria leitura, comecei a escrever como uma forma de saciar minha necessidade de expressão. De 2004 a 2007 escrevi um grande número de poesias e, em 2006, fiquei em 2º lugar num concurso de poemas oferecido pela minha escola. Em abril de 2010 criei um blog (www.pessoaesdruxula.blogspot.com), no qual escrevo reflexões diárias, e, em julho, comecei a escrever outro, paralelamente: http://www.minhasepifaniasalheias.blogspot.com/. Neste segundo, que já foi visitado e comentado pela Liliane Prata, autora de livros infanto-juvenis e colunista da revista Capricho, escrevo frases, trechos de músicas, filmes e textos, todos criados por outras pessoas. Como diz o nome do blog, são pensamentos com os quais me identifico e, como são muitos, preferi criar um lugar só para eles, ao invés de escrevê-los no Pessoa Esdrúxula.

Em 2009, prestei vestibular para a PUC-Rio (Bacharelado em Português, Inglês e Literaturas Correspondentes) e para a UERJ (Licenciatura em Português e Literatura Brasileira); na primeira, passei em oitavo lugar e na segunda passei em quarto, tendo a minha redação ficado entre as dez melhores do concurso – minha nota, 18,5, foi alcançada por menos de uma dezena de candidatos. Comecei na PUC e, devido à sua excelente infra-estrutura, à afinidade estabelecida com os professores e às amizades que fiz, optei por ali continuar e não ingressar na UERJ.

No primeiro período da faculdade, me identifiquei com as matérias de Português Padrão, Formação do Leitor e Inglês (nível 4). Como nunca fiz curso de língua inglesa e grande parte do meu conhecimento a respeito desse assunto é proveniente de músicas, filmes e jogos nesse idioma, fui destinada a um nível intermediário de estudo. Apesar disso, consigo interagir sem grandes problemas com falantes do inglês, assim como também posso conversar normalmente com nativos de países de língua espanhola, idioma que estudei no colégio de 2003 a 2009.

Atualmente estudando cinco disciplinas relacionadas à literatura, pretendo me especializar nessa área do curso. Tenho um grande interesse em seguir carreira acadêmica e já pondero algumas teses para defender nas minhas pós-graduações. Evidentemente, não há nada definido, mas gostaria de estudar o escritor irlandês Oscar Wilde, autor do meu livro preferido, “O retrato de Dorian Gray”. Tenho vontade também de me especializar na questão da dita “literatura comercial” e em todos os gêneros que ela engloba – romance policial, literatura feminina, auto-ajuda, entre outros. Creio que os best sellers tenham uma enorme importância, não necessariamente pelos seus respectivos conteúdos, mas pelo fato de que introduzem as pessoas no universo literário (e falo isso por experiência própria, já que, como foi dito, ingressei mesmo na literatura através de um livro “comercial”). E, para mim, se tratando da entrada no mundo da literatura, não é relevante se o leitor escolhe algo “bom” ou “ruim”; de acordo com suas experiências de vida e com o próprio passar do tempo, ele vai discernindo o que é melhor para ele ou não. O importante é ler.

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