segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Dicas para comprar livros =D


Esse post foi feito pra quem adoooooora livros, mas não aguenta mais gastar tanto comprando essas preciosidades. Então, eu fiz uma listinha com os melhores lugares para comprar livros por um precinho razoável.

• Lojas Americanas: talvez você nem soubesse que livros são vendidos lá. Mas se você procura Best Sellers e livros de auto-ajuda, está no lugar certo! Os preços lá são bem mais em conta que em outros lugares (a saga “Crepúsculo” atualmente está por menos de 20 reais!) e os títulos são bem legais: desde edições de bolso da Marian Keyes até Percy Jackson, a saga “Os imortais”, “Os diários do vampiro”, entre outros.

• Avon: ééééé, você também não sabia que a Avon vende livros, né? Poisé. Os títulos e os preços também são parecidos com os vendidos nas Lojas Americanas.

• Sebos/brechós: para quem não sabe, “sebos” são os lugares onde são vendidos livros usados. Existem sebos mais baratos e mais caros, mas, geralmente, você acaba gastando menos do que se comprasse na livraria, mesmo nos sebos mais caros. Os sebos que cobram mais pelos livros assim o fazem por causa da raridade do livro – quanto mais antigo e próximo da primeira edição, mais caro. Mas dá pra comprar livros raros e baratos sim! Já comprei uma edição de “Reinações de Narizinho” da década de 50 por 1 real!

Estante Virtual: uma mina de ouro na internet! O site relaciona milhares de sebos pelo Brasil afora e tem todos os tipos de livros, com boa variedade de preços. As compras (pelo menos as que eu fiz até hoje) são seguras e, para evitar problemas, já que os livros são usados, boa parte dos sebos oferece uma descrição detalhada do estado do livro – se tem anotações, manchas, rasgos, etc.

• Feira de trocas: olha, eu sempre acabo achando feiras de trocas puramente ao acaso, então não sei exatamente onde elas acontecem com frequência. Na última bienal do livro aqui do Rio, o estande da Estante Virtual fez uma mega feira de trocas, que foi o máximo!! Tudo bem que a fila estava quilométrica, mas a ideia foi muito boa mesmo! Eu sei que aqui na PUC-Rio sempre tem (que é onde eu troco a maioria). Quando eu tiver notícias da próxima feira de trocas eu aviso vocês por aqui =D

Skoob: para quem não conhece, esse site brasileiro é como se fosse um “Orkut de livros”. Você pode adicionar à sua estante os livros que você já leu, os que está lendo ou relendo, os que abandonou, os que você tem, deseja, emprestou ou troca, além de poder fazer resenhas e classificar os livros com estrelinhas (*___*). Eu já realizei 3 trocas pelo Skoob, todas bem-sucedidas, e assumo que estou meio viciada em trocar livros por lá... A única ressalva é que o site não tem nenhuma responsabilidade com as trocas, é tudo feito entre os usuários mesmo.

Espero que vocês possam aproveitar essas dicas e que possam economizar mais a mesada de vocês! Ah, e se vocês também conhecerem algum lugar magicamente estupendo pra comprar livros, divida a informação conosco!!

Meus (dez)oito anos


Eu achei que, conforme fosse chegando a data, eu fosse estar mais eufórica, animada, feliz, sei lá. Eu achei que estaria meio... diferente. Mas não. Até chegar em casa sexta à tarde, nem tava lembrando direito que no dia seguinte seria o meu aniversário. Talvez por não participar do ritual dos 18 anos... Sabe, aquela coisa: “Você já pode dirigir, ir a boates, beber e ser preso”. Tem gente que leva essa máxima tão a sério que sai com o carro novo pra boate, enche a cara, bate com o carro e é preso, tudo no aniversário de 18 anos. Quanto desespero para “aproveitar a vida”.

Eu acho que o dia do seu aniversário – independente de ser de 18 anos ou não – deveria ser um dia onde você fizesse as coisas que você mais gosta com quem você mais gosta, e não (mais) um dia de seguir um bando de convenções sociais. Por isso que no meu aniversário de 18 anos eu acordei às 07h, fui jacarepaguar, depois fui no cinema e terminei com um rodízio de pizzas – e foi um dos melhores aniversários da minha vida!! Se eu estivesse numa boate/enchendo a cara/enchendo a cara numa boate, provavelmente não me divertiria tanto quanto me diverti conversando com a Tüppÿ, com a Gabi e com a Carol no shopping.

Eu sei que os 18 representam a entrada na idade adulta e talz (porque, bem, as pessoas precisam de datas definidas pra tudo), mas não me sinto como adulta. Fala sério, eu tenho diário, compro roupas na sessão infantil, minha agenda da faculdade é do “Toy Story 3”, amo filmes de animação... Só vou me sentir realmente adulta quando sair de casa, eu acho, porque a maturidade obviamente não está em idade, mas em atitudes.

Quando eu fiz dezessete anos, imaginei que seria o máximo. A Natasha do Capital Inicial fugiu de casa aos 17; Stevie Nicks fez uma música chamada “Seventeen”. A revista americana se chama “Seventeen”. Avril Lavigne estourou aos 17 anos. A razão de tudo isso eu não sei, mas, ah, eu sei porque a Natasha fugiu de casa aos 17. Cara, é uma idade infernal, e eu estou bem feliz por ela finalmente ter acabado. Espero que os 18 sejam bem mais tranquilos mentalmente que os 17... Devem ser mesmo: só conheço uma música sobre os 18 anos (“18 and life”, do Skid Row).

Então, bem, parabéns para mim!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Garotas Coca-Cola


Elas usam brinquinho de pérola, sapatilhas ou All Star clarinho (só pode branco ou bege!), só usam shortinho jeans ou uma calça skinny. Suas bolsas são aquelas Victor Hugo/Louis Vuitton enormes, seus celulares são blackberries rosas, todas têm cabelo fino com reflexos loiros. Nenhuma é absurdamente bonita ou feia. São todas normais. São todas garotas Coca-Cola.

Já as outras só usam tops fluorescentes que deixam o umbigo à mostra, combinadamente com microshorts de cintura baixa superapertados. Nos pés, Havaianas pras que têm mais dinheiro. Mas o que impera mesmo são os chinelos Dupé. Os cabelos curtos estão sempre presos com xuxinhas furrecas. A sua versão mais classe média só troca a xuxinha pelo cabelo solto. Boa parte dessas meninas não é muito bonita... Todas garotas Coca-Cola.

Ok, mas o que é uma garota Coca-Cola?

Sidney Sheldon, um dos maiores escritores best seller do mundo e autor de séries de sucesso – como “Jeannie é um gênio” -, certa vez estava saindo com uma menina que estava saindo simultaneamente com outra pessoa. O outro cara era José Iturbi, pianista importante que já tinha atuado como convidado em musicais no MGM, Paramount e Fox. Na época, Sidney não tinha nem 30 anos e certamente não era tão famoso quanto viria a ser anos mais tarde. José Iturbi, que queria se casar com a moça, disse a ela que Sidney era uma Coca-Cola. “Sou o quê?”, Sidney perguntou. “Uma Coca-Cola. Disse que há milhões de você e somente um dele.”

Automaticamente pensei nos dois exemplos citados acima. Elas são gostosas e matam a sede, mas existem milhões delas. Podem acabar sendo nocivas e enjoativas. Minha prima Line provavelmente seria um suco de limão (azedinho, mas delicioso com açúcar). Minha BFF Carol seria uma daquelas bebidas coloridas chiques que todo mundo gosta. Eu não faço ideia do que eu seria. Eu adoro suco de abacaxi, de caju, de guaraná e refrigerantes com limão (e não DE limão. Tipo, eu AMO Pepsi Twist, mas não gosto muito de Sprite). Anyway. Apesar de boa parte do mundo gostar de coca cola, não adianta ser uma pessoa massificada e sem personalidade. Arrisque-se a ser uma um GuaraGay, um Guaraná Jesus, um Mineirinho, um Toddynho, Nesquick, arrisque-se a ser um chá de boldo se for a sua essência. Qualquer coisa, menos Coca-Cola. Anything but ordinary.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Live or die? Make your choice

Eu sempre gostei de “Jogos Mortais”, não por ser um filme com muito sangue, tripas e gente gritando – eu geralmente até fecho os olhos, viro o rosto ou penso no making of de tudo aquilo pra não ficar tão impressionada com essas cenas. Eu gosto dessa série de filmes porque, acima de tudo, além de inteligente, cada sequência tem uma boa história. No início, eu achava relativamente válido o motivo pelo qual Jigsaw aprisionava as pessoas (para elas darem mais valor à vida), mas depois percebi que cada um tem o direito de fazer o que bem entender da sua vida, desde que não machuque os outros. Se você está infeliz, bem, você tem o direito de ficar pra baixo até as coisas se ajeitarem – e ninguém pode te obrigar a dar valor à vida que estava te fazendo tão triste.

Eu queria falar mesmo, metaforicamente, sobre os jogos em si. Imagine você acordando atordoada num lugar estranho, não se lembrando de como foi parar ali, entrando em pânico ao ver que está presa numa armadilha e percebendo que vai ter que, inexoravelmente, se mutilar e sofrer uma dor inimaginável para continuar viva. Viver – mesmo que sem um pedaço de você – ou morrer? Faça sua escolha.

Já parou pra analisar quantas vezes passamos pela situação acima? Você não sabe como foi parar ali naquela situação, mas sabe que está presa e que aquilo vai te destruir aos poucos, até que você tome coragem e se distancie saindo da armadilha e sentindo na pele um sofrimento que você só deseja pro desgraçado que te colocou ali. Você pode ter que serrar seu pé, cortar seu antebraço, entrar numa piscina de agulhas ou se deitar numa caixa cheia de vidro. Definitivamente, é preciso coragem pra viver.

Você não vai poder se forçar a tirar uma lição de tudo aquilo. Se você aprender algo, nossa, que bom!, mas se não aprender... ninguém pode te obrigar.

De qualquer maneira, uma coisa é certa: mesmo não sabendo como, foi você que se colocou nessa situação, o que não quer dizer que você seja culpada. Mas às vezes você sabe que lentamente está entrando na armadilha, e simplesmente não faz nada para sair de lá. Você sabe que está entrando numa zona perigosa e, ao invés de simplesmente dar meia volta e sair daquele lugar, você continua andando em direção à armadilha – que, convenhamos, na vida real pode ser bem colorida e nada ameaçadora à primeira vista. E não estou falando do Restart (beeeijo, Pê Lanza!).

Então você está andando para a armadilha, para aquela coisa que vai te machucar pra caramba ou te matar. Olha, entendo que alguns casos são como aqueles bichinhos que são atraídos pela luz: queima, mas eles não conseguem evitar. Mas outros... Outro dia eu disse aqui que a dor tem uma função: mostrar que tem alguma coisa que não tá muito bem com o seu corpo. Uma coisa é você cair, tropeçar e abrir o joelho; outra é você pegar uma faca e meter na sua coxa. Ambos doem, mas a segunda você podia evitar mais que a primeira. E aí? Você vai andar em direção à armadilha? Você vai conseguir sair dela? Make your choice.

After a hurricane...

 
Um furacão passou pela minha vida no ano passado. E, como sobrevivente de tal tragédia, fiquei desolada, sem rumo, sem esperança, achava mesmo que ia morrer. Mas, aos poucos, fui me reconstruindo. Afinal, a vida continua, the show must go on... A cada tijolo recolocado no lugar, não conseguia parar de pensar na tragédia toda. Eu só queria saber quando eu esqueceria tudo aquilo.

Então vem a revelação: eu nunca vou esquecer – o que não quer dizer que nunca vou me recuperar. Minha cidade pode estar agora melhor que antes, e as pessoas podem estar felizes com suas novas casas, com suas novas vidas, com o jeito que as coisas andam agora. Mas a verdade é que elas nunca esquecerão os momentos de desespero causados pelo furacão, e sempre terão algumas coisas que lembrarão tudo o que foi passado.

Se fez parte da vida, não deve ser esquecido, deve se aprender com isso. Aprendi muito acho que devo sim olhar pra trás e lembrar do furacão para tirar forças e lembrar de todo o amadurecimento que tive. Para lembrar, também, que o que não nos mata, nos torna mais fortes. E que after a hurricane, comes a rainbow =D

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Goodbye, Chics!

Eu definitivamente não nasci pra ser chique.
Não me levem a mal. Eu sou educada e sei me portar bem em lugares chiques. O fato é que eu simplesmente não gosto!

Essa semana, uma amiga minha foi com os amigos ao bar do Copacabana Palace. Óbvio que fiquei super animada por ela, óbvio que ela ficou super animada, óbvio que eu adoraria ir ao Copacabana Palace. Mesmo! Afinal, quem não gostaria? Fala sério, os melhores artistas e as pessoas mais famosas do mundo se hospedam lá. Sim, eu adoraria ir.

Até brinquei com a minha amiga. Disse que os amigos dela a levavam pro Copacabana Palace e que eu levava os meus amigos para fazer compras na Taquara (uma “mini-Madureira”). Tempo depois, refletindo sobre o que eu disse, lembrei de uma entrevista com a (divaaaaaaa!) Regina Casé. Ela disse que mora na Zona Sul do Rio e que estaria mentindo se dissesse que era pobre. “Eu vou bater perna no Saara de manhã e à noite vou pra festas no Copacabana Palace. Agora me pergunta onde eu sou mais feliz. É lógico que no Saara!”. Faço minhas as palavras da mestre Regina.

Eu odeio salto alto, odeio ter que fazer chapinha, odeio comer mini croissants que não enchem a minha barriga, odeio dar dois beijinhos em pessoas que não quero dar dois beijinhos, odeio conversas pseudo-cults que geralmente se estabelecem nesses lugares (tipo pessoas discutindo sobre vinho e, sei lá, crises políticas na Letônia), etc etc etc. Mas adooooro ir andando pros meus antros de perdição (leia-se “lugar onde faço compras”) com meu All Star podrinho, adoro gastar menos de $ 5 com peças incríveis, adoro garimpar raridades e achados únicos (tipo meu “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, que só me custou 3,50, e a minha bolsa Colcci comprada por $ 1), adoro ir a churrascos e festinhas informais da minha família porque sei que vou comer pra caramba, adoro ficar em casa vendo filmes de animação com a minha mãe, adoro ficar mandando mensagens aleatórias para a Tüppÿ, adoro pegar ônibus (não, você não leu errado), etc etc etc. Até gosto de ir a lugares chiques – desde que não com frequência. Uma festa de 15 anos por ano tá bom. “E festa de 15 anos é chique onde?” Ah, sabe, todo mundo tá vestido meio “tapete vermelho do Oscar”, não dá pra negar, é chique – mesmo que no fim esteja todo mundo descabelado de tanto dançar funk, sem salto e bêbado. Aliás, coisinha que não entendo: por que toca funk numa festa onde tá todo mundo vestido pra dançar valsa? Tem o mesmo sentido que tocar Tchaikovsky num churrasco.

Aaanyway, eu vou terminando esse post porque são 2h25 da manhã e acabou de começar “O Poderoso Chefão” no Telecine Cult. Não, eu não vou dormir às 5h da manhã porque acabei de chegar da boate, mas porque vou ver o Marlon Brando como mafioso italiano até o sol raiar ;)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

De volta ao passado

Você certamente já parou para pensar: ah, se eu tivesse uma máquina do tempo para poder voltar e evitar certas coisas... Eu não sei se eu evitaria certas coisas se voltasse no tempo, mas com certeza ficaria tentada. Eu acho que apenas reviveria os melhores momentos, sem tentar alterar nada.
Li uma passagem do livro “Terra de sombras”, 3º volume da série “Os Imortais” – eu sei, o livro parece ser mega best-seller feito só pra vender. Mas é inacreditavelmente bom! -, em que a Ever, personagem principal, fala sobre quando voltou ao passado para tentar salvar sua família do acidente de carro que os matou. Apesar de fazer tudo diferente, eles morrem mesmo assim. Parei para analisar e pensei: bem, isso é o passado, não dá para mexer. Já aconteceu, já passou e, mesmo que você por milagre tenha chances de voltar no tempo, as coisas podem acontecer do mesmo jeito. Ao contrário do passado, que não podemos mexer, o futuro está aí para ser mexido. Ou seja: ao invés de remoer o passado eternamente, apenas fique mais atento com o futuro. Acredito na frase “Você pode mudar a sua história”, mas não as páginas que já foram escritas à caneta. Você não pode simplesmente passar um liquid paper por cima ou tentar escrever com um lápis para poder apagar na hora em que der vontade. Não, já nascemos escrevendo de caneta. Mas você sempre pode mudar a sua história que ainda está por vir.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O lado útil do lado ruim

Devido à falta de tempo e de paciência, acompanho poucas séries televisivas. Tem aquelas que eu vejo quando não tenho nada pra fazer, tipo “CSI”, “Law and Order” e “Criminal Minds”, e tem as que eu vejo com relativa regularidade, tipo “Glee”, “The Big Bang Theory”, “House” e a série que eu quero citar hoje aqui: “Dexter”.


Num dos episódios da 4ª temporada, o 1º serial killer bonzinho da humanidade diz a seguinte frase: “Apenas monstros não têm arrependimentos”. Não sei se concordo inteiramente com a frase, porque conheço pessoas “não-monstros” que dizem não ter arrependimentos. Mas acho que o que Dexter quis dizer foi que é uma atitude normal do ser humano sentir arrependimento, remorso. Já que é normal, pra quê fugir?

Você certamente conhece alguém que diz que só se arrepende das coisas que não fez. Na minha opinião, essas pessoas demonstram uma ânsia enorme de aproveitar a vida sem ficar remoendo os erros passados – até aí nenhum problema. Ficar repetindo os seus erros na sua cabeça over and over again não é uma coisa muito saudável e nem agradável. A questão é que podemos e devemos aprender com os nossos erros e com os nossos arrependimentos. Como também disse o Dexter nesse mesmo episódio, mesmo que não tenha sido exatamente com essas palavras, a função do remorso é fazer com que não repitamos nossos erros. E como você vai parar de cometer os mesmo erros se você não se arrepende??

Parece que as pessoas não têm medo de errar, e sim de admitir que erraram. O problema não é fazer a besteira, já que não vão se arrepender depois. Sei lá, essa filosofia de vida me parece meio desregrada e meio “ah-eu-posso-fazer-tudo-porque-nunca-vou-me-arrepender”. E aí podemos ver nitidamente que essa ideia é meio maléfica e que remorso é útil sim. Primeiramente, acho que ninguém consegue viver essa filosofia inteiramente e, lá no fundinho, sempre vai sentir uma pontada de arrependimento, tanto pelas coisas que faz como pelas que deixa de fazer (Se você é um sociopata e está lendo esse texto, ignore tudo, você realmente não sente remorso. E não se esqueça de procurar ajuda psiquiátrica). O remorso é como a dor: chato pra caramba, mas extremamente útil. Você provavelmente já ouviu histórias de pessoas que não sentem dor e são todas deformadas porque se machucam, quebram os ossos e coisas do gênero e não sentem nada. A dor é uma resposta que o seu corpo manda quando as coisas não estão bem – assim como o remorso, só que ele não é uma resposta do corpo, e sim da mente.

Uma vez eu vi uma entrevista com uma... não lembro o que a mulher era, mas, enfim, ela disse que a nossa sociedade não deixa as pessoas ficarem tristes. É óbvio que ninguém quer ficar triste, que ninguém quer se sentir mal, mas vocês já pararam pra analisar que tudo tem um propósito? Isso não é papo otimista, ou meio místico (tipo “ah, Deus sabe o que faz / escreve certo por linhas tortas”), é verdade. Assim como a fome, a sede, a tristeza, as dores, o remorso tem utilidade: evitar que o erro se repita. Sabe o “Errar é humano, persistir no erro é burrice”? Acho que quem não se arrepende dos erros nem consegue enxergar direito os próprios erros e tem mais chance de repeti-los – ou seja, de cometer uma burrice.

Se “herrar é umano”, se arrepender também é. Não tente agir como um super herói. Tenha humildade para reconhecer seus erros e se arrepender com eles. E você vai ver, surpreso, o quanto você aprendeu com toda a situação.

Beautiful nightmare

Eu li em algum canto (acredito que em uma “Capricho” ou “Atrevida”) que os pesadelos são como uma “preparação” para a vida real. Tipo, se você morre de medo de aranha e sonha constantemente com os bichinhos, é para que você já saiba mais ou menos o que fazer caso encontre com um aracnídeo na vida real. Até aí, tudo bem, faz sentido. Mas e aqueles pesadelos bizarros onde a gente acorda super assustada e depois começa a rir, de tão trash que foi o pesadelo? Eu já cheguei a comentar aqui que sonhei que uma equidna me mordia. Quais são as chances de isso acontecer na vida real, se eu sou estudante de Letras (e não de biologia ou zootecnia) e se equidnas são bichos nativos da Austrália (quer dizer, eu acho que eles são da Austrália, afinal, todos os animais mais estranhos e fofinhos são provenientes de lá)? Um homem que conheço, mas que não vou dizer quem é para preservar a identidade, sonhou uma vez que estava sendo perseguido por um louva-a-deus gigante. Ele acordou desesperado e chorando, pedindo que sua mulher o abraçasse. Mas quais são as chances de ele encontrar um louva-a-deus gigante perambulando por aí? (Observação bizarra: estava eu lendo nessa semana o livro “Pesadelo em 3D”, da série “Fantasmas da Rua do Medo”, do RL Stine, e vi que o monstro que aterroriza os personagens do livro era um louva-a-deus gigante! Ri muito!)
 

Aí eu me pergunto: por que eu tive determinados pesadelos nessa noite? Lindos pesadelos, que foram agradáveis enquanto duraram, mas que se tornaram pesadelos logo assim que percebi que não aconteceram de verdade. Por quê? Por que eu sonhei com isso, se não há a mínima chance de isso acontecer na vida real? Seria o meu subconsciente apenas tentando me atormentar? Por que a gente não pode ter paz nem enquanto dorme?!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Jacarepaguações ;)

Ei você, criatura que costuma gastar muito dinheiro em pouca coisa. Já paraste pra pensar que poderias gastar pouco dinheiro em muita coisa? Não? Então você definitivamente não conhece brechós, feirinhas e, sobretudo, Jacarepaguá, meu bairro.

Ontem lá fui eu "Jacarepaguar", como a Tüppÿ diz, com a minha mãe. Veja as minhas 2 comprinhas mais importantes e morra de inveja hahahahahaha.

 Chapéu cinza xadrez Missbella - você compraria por uns 50 reais NO MÍNIMO na loja. Comprei por QUATRO REAIS num brechó ;D
Blusa Audrey Hepburn Bonequinha de Luxo - eu odiei esse rosa fluorescente, mas era isso ou amarelo pastel. E pela Audrey a gente tem que fazer um esforcinho, né? Enfim, foi apenas R$ 8 na Citycol, lojinha de pobre que eu adooooooro!










Pense duas vezes antes de gastar R$ 130 numa blusa!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Bizarro post aleatório :)

Gente, eu estava fuxicando o skoob hoje e descobri a seguinte capa de livro:


Nunca tinha ouvido falar do livro e nunca tinha visto essa capa antes. Mas fiquei chocada e até com certo medinho, porque há algumas semanas tirei a seguinte foto:


Assustador, não?? E, se alguém tiver esse livro, me empresta, por favor! Já estou começando a achar que esse livro vai mudar minha vida hahahaha. Desculpem-me pelo post inútil, mas tinha que dividir isso com alguém =D

Sociallights

Eu me divirto com aquelas perguntas hipotéticas, tipo: se você tivesse um superpoder, qual seria? Se você fosse um filme/música/livro/animal/cor/instrumento musical/objeto qual seria? E a que eu quero me focar hoje: se você pudesse escolher qualquer profissão no mundo pra ser, o que seria? Pode incluir aí aquelas coisas bem loucas, tipo sorveteiro (caso do Rupert Grint) ou piloto de avião (caso do Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden).

Bem, um dia eu estava andando no shopping com uma amiga minha e ela disse que essa profissão-sonho dela era ser artista da Broadway. Pensei um pouco e respondi qual seria o meu ideal de profissão perfeita: socialite. Eu SEI que ser socialite não é profissão, eu sei que você não faz faculdade ou curso técnico pra se tornar socialite. Mas isso é, como eu falava brincando com a minha mãe, uma “supótese” – mistura de suposição com hipótese. Então deixa eu ser feliz dizendo que gostaria de ser socialite.

Vendo o “Talk Show do Bento” no dia em que o Bruno Chateaubriand foi entrevistado, descobri que esse nome “socialite” vem de “social light”, a ”luz social”. É que antigamente eles eram os intelectuais e formadores de opinião, ou seja, eram as pessoas que levavam a “luz do conhecimento” ou algo do gênero para o povo. No entanto, num mundo de vloggers, rede Globo, astros da música e mídia manipuladora, até parece que socialite forma opinião de alguém. E, ironicamente, socialites são vistos como seres fúteis e meio burros, no sentido de não serem intelectuais. Então, como eles não são mais “sociallights”, eu vou passar a chamá-los aqui de herdeiros.

E por que eu queria ser uma herdeira, ao invés de ser astronauta ou vocalista de uma banda de rock? Porque se você é uma herdeira, você pode ser o que quiser, incluindo astronauta, vocalista, estilista, atriz, escritora... Duvida? Vamos ver o caso dos filhos de alguns famosos (sei lá se eles são socialites, mas herdeiros eles são!):

• As atrizes - Lili Aragão, Sasha, Paris Hilton... – as filhas do Didi e da Xuxa só fazem sucesso porque são filhas do Didi e da Xuxa. Particularmente, acho que elas não têm carisma. Como nunca consegui ver um filme com elas, não posso dizer se elas atuam bem ou não, mas imagino que não XD

* As estilosas - Suri Cruise/Holmes – a coisinha mais cuti-cuti do mundo conseguiu uma coisa inédita até então: ela foi uma it baby! Fashionistas não desgrudavam os olhos dos modelitos que ela usava enquanto ainda estava de fraldas. E tudo indica que ela se tornará uma it girl!

- Maria de Lourdes – Lola – a filha de Madonna causa por onde passa com seus modelitos... ahn... incomuns. Sobreposições e um estilo meio geek fariam da mini-diva uma freak total se ela não fosse filha da rainha do pop.
Paris Hilton...

* As cantoras – Willow Smith, Kelly Osbourne, Paris Hilton… - Tem música mais chata que “Whip My Hair”? É sério, eu escutaria “A lua me traiu” o dia inteiro, mas não consigo escutar essa “música” da filha do Will Smith por mais de 5 segundos. A música não faz sentido (alô, Felipe Neto!), o ar de Shaniqua* dela me irrita – você é uma titiquinha de 10 anos, pega uma Barbie e vai ser feliz!! – e o pior é aquele refrão cantado naquela voz de “eu tenho algo preso na minha garganta”. A voz dela me lembra a voz da Alicia Keyes, e eu ODEIO a Alicia Keyes exatamente por parecer que tem alguma coisa presa na garganta dela!! Se ela não fosse filha do Will, eu seria mais feliz porque não teria que escutar essa música por todos os cantos...

* A Paris Hilton – ela é provavelmente a herdeira mais bem sucedida do mundo. Ela já fez filmes (não estou considerando o pornô caseiro como filme não, estou falando de “A casa de cera”), já escreveu um livro, já teve reality show ao lado da também herdeira Nicole Ritchie, filha do cantor Lionel Ritchie, já cantou (lembra de “Stars are blind”? Pra minha total vergonha, eu tenho essa música no meu computador...) e deve ter linha de roupas, perfume, maquiagem, esmalte (se até o Justin Bieber tem, né) e tudo o que você imaginar. Agora para e olha beeeeeem pra ela. Ela é bonita? É, mas você com certeza conhece alguma desconhecida mais bonita que ela. Ela atua e canta bem? Não chega a ser ruim, mas aquela sua amiga que sonha em brilhar nos palcos é mil vezes melhor. Aí eu te pergunto: se ela não fosse herdeira da rede de hotéis Hilton, ela seria cantora/atriz/escritora/it girl? Provavelmente não.

Chego à conclusão que eu queria ser socialite, isto é, herdeira, pra ter mais oportunidades (e dinheiro... Amo meus brechós, mas um Barra Shopping de vez em quando seria bom =D). Eu queria atuar, mas não é o meu maior sonho. Eu queria cantar, mas não tenho talento suficiente para chamar a atenção de algum empresário. Escrever... isso dá. Com um pouquinho de esforço dá. Enfim. Parando para analisar, é melhor ser mesmo um mero mortal – a gente sabe que qualquer mérito é por talento mesmo, não por causa do sobrenome ;)

*Shaniqua é uma gíria interna que eu uso com algumas amigas. Sabe aquelas meninas que moram no Brooklyn, no Harlem e que têm aquele ar metido de valentona? Provavelmente ela vai ter um nome tipo Shaniqua, Rasputia (tipo a do filme “Norbit”) ou alguma coisa terminada em “elle”, como Rochelle.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Pessoa Esdrúxula na Atrevida!

Num primeiro momento daquele fatídico dia de 22 de dezembro de 2010, eu estava sonhando que eu entrava no meu blog e, do nada, o número dos meus seguidores tinha subido dos habituais 29 para 50. Às 07h 30, eu acordei com a minha mãe “suavemente” cutucando a minha cabeça. Eu ia com ela à Taquara - na minha singela opinião, o lugar é melhor para fazer compras do que qualquer shopping que vocês possam imaginar. E lá fomos e voltamos nós andando.

De tarde, fui ao shopping perto da minha casa. Ao voltar pra casa, dei uma olhada no meu celular pra ver se a Tüppÿ tinha me mandado uma de suas esporádicas mensagens hilárias. Não tinha nada dela, mas tinha uma daquelas mensagens inúteis que eu recebo da operadora e tinha também a seguinte mensagem:

“Oi Juliana, sou a Marina da revista Atrevida. Recebi seus textos e quero publicar um deles. Dá uma olhada no seu email, preciso de algumas infos. Beijos”

Surtei na rua.

Liguei pra casa, mas o telefone tava ocupado. Aí liguei pra Carol e contei. Quando cheguei em casa, contei pros meus pais, pra minha irmã – que, como leitora assídua da Atrevida, também surtou –, pra minha avó e pra minha tia, que estavam lá em casa, liguei pra Tüppÿ e mandei um sms pra Didi. Entrei no MSN, contei pra Thaís e deixei um recado no Orkut pra Line – que só descobriu que eu teria um texto publicado na Atrevida no dia seguinte, quando eu liguei pra ela, já que ela só tinha entrado no Orkut pra jogar “Colheita Feliz” e não tinha visto o meu recado. Ela surtou mais que todo mundo junto, e, para falar a verdade, eu já esperava essa reação da Line.  gente sempre passa as férias INTEIRAS lendo revistas adolescentes!

Mandei uma foto e as informações que eles precisavam, ainda meio sem acreditar. Tanto que uma semana depois mandei novamente um email perguntando se já estava tudo confirmado mesmo para o meu texto ser publicado na edição de fevereiro. “Sim”, eles me responderam. E lá surto eu outra vez.

Coloquei no Facebook. No nick do meu MSN. Várias pessoas vieram me dar parabéns. “Você merece, Ju” “Você é uma escritora publicada!” “Ah, que demais” “Eu vou comprar a revista” “Nossa, eu vou comprar a Atrevida pela primeira vez na vida!” (frase dita principalmente por meninos) “Ah, eu quero um autógrafo”, “Eu vou comprar a revista, eu vou comprar a revista, eu vou comprar a revista...”

Nas duas semanas que passei em Casimiro de Abreu, eu e a Aline ficamos tentando adivinhar qual seriam as capas da Atrevida de fevereiro. Eu tinha certeza de que uma das capas seria do (ou da, nunca sei o gênero dessas bandas) Paramore, por causa da vinda deles ao Brasil. Aline achava que a outra capa seria do Justin Bieber. Respondi: “Fala sério, ele já foi capa de novembro e dezembro!!”. Ainda cogitamos outras possibilidades de capa – Restart, Avril, Glee –, mas essas duas foram as que tínhamos 99% de certeza. Então vocês podem imaginar a surpresa que tive ontem. Tem uma banca na Taquara (o mesmo lugar mágico onde compro coisas absurdamente baratas) onde todas as revistas chegam primeiro. Nas bancas perto da minha casa a revista ainda não tinha chegado, então me muni de uma garrafinha de água e lá fui eu até à Taquara, numa peregrinação de 20 minutos num calor sufocante. No caminho, tem... pausa para contas... 6 bancas de jornal, fora as 3 que existem perto da minha casa. Literalmente, só encontrei a revista na décima banca que procurei. E quando vi as capas... Hayley Williams e Justin Bieber olhando pra mim!! Abri a revista e vi: é, lá estou eu na página 12. OH-MY-GOD!!!!


Eu ACHO que a Hayley só foi capa da Atrevida numa outra vez, em julho de 2008. Nessa revista, tinha uma matéria incentivando as leitoras a correrem atrás dos seus sonhos. Quem diria que, mais de dois anos e meio depois, eu, numa Atrevida com a capa com a mesma Hayley, estaria realizando um dos meus sonhos? É , sou uma escritora publicada aos 17 anos de idade (sem dúvida isso vai pro meu currículo e pro meu memorial...). Meus sinceros agradecimentos à Carol Sant’Anna , minha melhor amiga desde os 6 anos de idade, minha crítica mais ferrenha, meu Kurt Hummel (quem precisa de um amigo gay malvadinho quando se tem a Carol??), a pessoa que mais me apoia e mais me entende. E que me manda os meus textos por email quando eles não abrem no computador do meu pai. Obrigada à Eliana Yunes, minha professora de Formação do Leitor, que fez com que eu descobrisse que sei escrever. Obrigada à minha mãe, que me introduziu no mundo da leitura. Obrigada aos motoristas lentos e ao trânsito matinal que me deixam mais tempo sozinha com os meus pensamentos. Obrigada a vocês, leitores, os que me acompanham desde o início, os que me abandonaram no caminho, os que chegaram há pouco no meu blog e os que me visitam esporadicamente.

Mas sem uma pessoa isso tudo não seria possível. Obrigada ao meu ex, que fez com que 2010 fosse o pior ano da minha vida. Que fez com que eu passasse por uma depressão. Que me fez sofrer uma dor insuportável. Obrigada, porque, se não fosse você, eu não teria escrito tão compulsivamente para tentar aliviar minha dor e para tentar organizar meus pensamentos confusos. Se não fosse você, eu não teria aprendido tanto e não teria tido tantas epifanias. Se não fosse você, eu não acreditaria que eu seria capaz de vencer uma depressão sem ajuda de remédios ou psicólogos. Se não fosse você, eu não estaria tão satisfeita comigo agora. E, se não fosse você, eu provavelmente não estaria sendo publicada. Então, obrigada por tudo o que você me fez sofrer. Porque, como meu amigo Francisco disse certa vez em seu blog, levar pancada é bom pra engrossar o couro. E o meu já está quase impenetrável.

Escritora, eu?


Sempre imaginei escritores, poetas e coisas do gênero como criaturas loucas, apaixonadas, boêmias e ensimesmadas. Escritores para mim usavam óculos e tinham uma escrivaninha de mogno com uma máquina de escrever, que era usada para criar as coisas mais geniais nos momentos de maior loucura. Na minha mente, não consigo imaginar um escritor sem óculos, um copo quase vazio de uísque e cigarros acesos se consumindo num cinzeiro na mesa de mogno.

Mas, então, vem a surpresa: eu sou uma escritora. Escrevo crônicas, reflexões, contos, já escrevi muitos poemas há uns 5 anos. Se escrevo bem ou não, é outra questão, o fato é que escrevo. Mais de 150 crônicas em menos de 10 meses. Às vezes, três poemas em um tempo de 50 minutos no colégio. Como diz Affonso Romano de Sant’Anna na sua crônica “Encontro com Bandeira”, “Naquela época, escrevia muito, trezentos e tantos poemas por ano. E não entendia por que Bandeira ou Drummond levavam cinco anos para publicar um livrinho com quarenta e tantos poeminhas”. Confesso que eu também não entendo. Sei lá se o meu fluxo de epifanias vai diminuir ao longo do tempo, mas espero não escrever apenas 10 crônicas por ano. Queria ter eternamente o fluxo de pensamento da Martha Medeiros, pra poder ser colunista. Hoje em dia, meus pensamentos epifânicos vêm de forma razoavelmente regular – dá pra escrever, em média, uns três textos por semana. Hoje, eu poderia ser colunista. Mas daqui a uns anos eu não sei, não posso prever o futuro do meu fluxo de pensamentos.

Quando eu disse que queria fazer faculdade de Letras, muitas pessoas perguntaram pra mim: por que você não faz jornalismo? Se você gosta de escrever... O problema é que eu nunca gostei de escrever, pelo menos até maio do ano passado. Eu dizia: eu estou entrando na faculdade de Letras pela literatura, porque eu gosto de ler, não de escrever. Hoje os papéis se inverteram um pouco e meu ritmo de leitura se reduziu bastante, inversamente proporcional ao ritmo de escrita. Quando, na aula de Formação do Leitor, no 1º período da faculdade, eu ouvi que aquela matéria culminaria também na formação do escritor, não acreditei. Fala sério, eu não sabia escrever. E de repente, meses depois de começar, tenho um texto publicado numa das maiores revistas teen do Brasil.

Eu não uso óculos, apesar de ser um sonho meu – sim, adoro óculos e acho super charmoso. Eu não tomo uísque porque odeio qualquer coisa que tenha gosto de álcool. Não fumo – meu pâncreas já não funciona direito, pra quê acabar com os pulmões também? Não tenho uma mesa de mogno, nem uma máquina de escrever. Tenho uma pseudo escrivaninha, que faz parte do meu armário, onde fica o meu computador rosa (tá, só o mouse, o teclado e a torre são rosa. O monitor é preto), junto com minha maçãzinha de clipes coloridos de papel, meu porta-copos da Pequena Miss Sunshine, um porta-celular de fiz de porta-lápis-cotoco, minha coleção de sapinhos e um porta-retrato magnético com um recorte do “PUC Urgente” escrito “Você conhece muito da PUC vendo o que de melhor passou por ela”. Nesse recorte, tem uma foto da Renata Vasconcellos, jornalista, e... do MARCELO ADNET!! Nesse porta-retrato ainda tem um ímã do filme “O Grande Ditador”, o meu preferido do Chaplin, um da Marla, a sobrinha do dentista do “Procurando Nemo”, um porta-copos do Johnny Depp e um coraçãozinho de papel escrito “Para: J. Lo. Valadão” que a Didi fez pra mim quando a gente tava no colégio. Não me parece nem um pouco com uma mesa de escritor =D

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

TEXTO PUBLICADO NA ATREVIDA: E se eu não morresse amanhã?

Sempre tive uma ânsia por aproveitar a vida ao máximo, viver cada dia como se fosse o último, ver o lado bom do lado ruim. Isso porque não quero ter arrependimentos quando for embora deste mundo. Porém, com esses pensamentos, comecei a atropelar tudo, a fazer algumas coisas antes do tempo, justificando com a frase "E se eu morrer amanhã?". Mas então, pensei o contrário. E se eu não morrer amanhã?

Uma das coisas que agora eu tenho em mente é que tudo tem seu tempo. Não estou dizendo que devemos ficar vendo a vida passar porque "o que tiver de acontecer vai acontecer". Não! Mas não é pra gente ficar desesperada com um futuro distante; não é pra atropelar um relacionamento, nem querer fazer tudo ao mesmo tempo. Vamos aprender com a mãe natureza e pensar que, quando fazemos coisas fora do seu tempo, é como se estivéssemos comendo uma fruta verde. E, mesmo que fosse o último dia da sua vida, você gostaria de comer uma manga (ou uma goiaba, uma banana ou qualquer fruta) que não estivesse madura? Provavelmente não, mesmo sendo sua fruta preferida. Porque ainda que comesse, o gosto não seria tão bom. Por isso a importância de esperar (mas também não podemos muito, afinal, comer uma fruta podre não é agradável).

Se você fizer uma besteira, pensando: "Ah, mas eu nunca fiz isso! E se eu morrer amanhã?", reflita no oposto: "E seu eu não morrer amanhã?". Aí você vai ter de arcar com as consequências! Existem coisas para para as quais é valida a frase "E se eu morrer amanhã?". Comer algo novo, passar por um caminho diferente, conhecer uma pessoa... Mas em outros casos, o melhor é esperar a fruta ficar madura - se não, você pode ter uma dor de barriga horrível! :D

Obs: o título do post é baseado no poema "Se eu morresse amanhã", de Álvares de Azevedo.

Se você quiser ler o post original, clique aqui.