Num primeiro momento daquele fatídico dia de 22 de dezembro de 2010, eu estava sonhando que eu entrava no meu blog e, do nada, o número dos meus seguidores tinha subido dos habituais 29 para 50. Às 07h 30, eu acordei com a minha mãe “suavemente” cutucando a minha cabeça. Eu ia com ela à Taquara - na minha singela opinião, o lugar é melhor para fazer compras do que qualquer shopping que vocês possam imaginar. E lá fomos e voltamos nós andando.
De tarde, fui ao shopping perto da minha casa. Ao voltar pra casa, dei uma olhada no meu celular pra ver se a Tüppÿ tinha me mandado uma de suas esporádicas mensagens hilárias. Não tinha nada dela, mas tinha uma daquelas mensagens inúteis que eu recebo da operadora e tinha também a seguinte mensagem:
“Oi Juliana, sou a Marina da revista Atrevida. Recebi seus textos e quero publicar um deles. Dá uma olhada no seu email, preciso de algumas infos. Beijos”
Surtei na rua.
Liguei pra casa, mas o telefone tava ocupado. Aí liguei pra Carol e contei. Quando cheguei em casa, contei pros meus pais, pra minha irmã – que, como leitora assídua da Atrevida, também surtou –, pra minha avó e pra minha tia, que estavam lá em casa, liguei pra Tüppÿ e mandei um sms pra Didi. Entrei no MSN, contei pra Thaís e deixei um recado no Orkut pra Line – que só descobriu que eu teria um texto publicado na Atrevida no dia seguinte, quando eu liguei pra ela, já que ela só tinha entrado no Orkut pra jogar “Colheita Feliz” e não tinha visto o meu recado. Ela surtou mais que todo mundo junto, e, para falar a verdade, eu já esperava essa reação da Line. gente sempre passa as férias INTEIRAS lendo revistas adolescentes!
Mandei uma foto e as informações que eles precisavam, ainda meio sem acreditar. Tanto que uma semana depois mandei novamente um email perguntando se já estava tudo confirmado mesmo para o meu texto ser publicado na edição de fevereiro. “Sim”, eles me responderam. E lá surto eu outra vez.
Coloquei no Facebook. No nick do meu MSN. Várias pessoas vieram me dar parabéns. “Você merece, Ju” “Você é uma escritora publicada!” “Ah, que demais” “Eu vou comprar a revista” “Nossa, eu vou comprar a Atrevida pela primeira vez na vida!” (frase dita principalmente por meninos) “Ah, eu quero um autógrafo”, “Eu vou comprar a revista, eu vou comprar a revista, eu vou comprar a revista...”
Nas duas semanas que passei em Casimiro de Abreu, eu e a Aline ficamos tentando adivinhar qual seriam as capas da Atrevida de fevereiro. Eu tinha certeza de que uma das capas seria do (ou da, nunca sei o gênero dessas bandas) Paramore, por causa da vinda deles ao Brasil. Aline achava que a outra capa seria do Justin Bieber. Respondi: “Fala sério, ele já foi capa de novembro e dezembro!!”. Ainda cogitamos outras possibilidades de capa – Restart, Avril, Glee –, mas essas duas foram as que tínhamos 99% de certeza. Então vocês podem imaginar a surpresa que tive ontem. Tem uma banca na Taquara (o mesmo lugar mágico onde compro coisas absurdamente baratas) onde todas as revistas chegam primeiro. Nas bancas perto da minha casa a revista ainda não tinha chegado, então me muni de uma garrafinha de água e lá fui eu até à Taquara, numa peregrinação de 20 minutos num calor sufocante. No caminho, tem... pausa para contas... 6 bancas de jornal, fora as 3 que existem perto da minha casa. Literalmente, só encontrei a revista na décima banca que procurei. E quando vi as capas... Hayley Williams e Justin Bieber olhando pra mim!! Abri a revista e vi: é, lá estou eu na página 12. OH-MY-GOD!!!!
Eu ACHO que a Hayley só foi capa da Atrevida numa outra vez, em julho de 2008. Nessa revista, tinha uma matéria incentivando as leitoras a correrem atrás dos seus sonhos. Quem diria que, mais de dois anos e meio depois, eu, numa Atrevida com a capa com a mesma Hayley, estaria realizando um dos meus sonhos? É , sou uma escritora publicada aos 17 anos de idade (sem dúvida isso vai pro meu currículo e pro meu memorial...). Meus sinceros agradecimentos à Carol Sant’Anna , minha melhor amiga desde os 6 anos de idade, minha crítica mais ferrenha, meu Kurt Hummel (quem precisa de um amigo gay malvadinho quando se tem a Carol??), a pessoa que mais me apoia e mais me entende. E que me manda os meus textos por email quando eles não abrem no computador do meu pai. Obrigada à Eliana Yunes, minha professora de Formação do Leitor, que fez com que eu descobrisse que sei escrever. Obrigada à minha mãe, que me introduziu no mundo da leitura. Obrigada aos motoristas lentos e ao trânsito matinal que me deixam mais tempo sozinha com os meus pensamentos. Obrigada a vocês, leitores, os que me acompanham desde o início, os que me abandonaram no caminho, os que chegaram há pouco no meu blog e os que me visitam esporadicamente.
Mas sem uma pessoa isso tudo não seria possível. Obrigada ao meu ex, que fez com que 2010 fosse o pior ano da minha vida. Que fez com que eu passasse por uma depressão. Que me fez sofrer uma dor insuportável. Obrigada, porque, se não fosse você, eu não teria escrito tão compulsivamente para tentar aliviar minha dor e para tentar organizar meus pensamentos confusos. Se não fosse você, eu não teria aprendido tanto e não teria tido tantas epifanias. Se não fosse você, eu não acreditaria que eu seria capaz de vencer uma depressão sem ajuda de remédios ou psicólogos. Se não fosse você, eu não estaria tão satisfeita comigo agora. E, se não fosse você, eu provavelmente não estaria sendo publicada. Então, obrigada por tudo o que você me fez sofrer. Porque, como meu amigo Francisco disse certa vez em seu blog, levar pancada é bom pra engrossar o couro. E o meu já está quase impenetrável.
Nada como uma coisa que achamos ser ruim para gerar uma coisa que temos certeza que é boa!
ResponderExcluiro blog è lindo,eu li o texto na revista e estava espetacula
ResponderExcluirparabens
Parabéns Ju! O texto é demais ;)
ResponderExcluirVocê merece, é a sua cara! Sucesso sempre!
Também estava com muitas saudades! Você sabe que estarei sempre sempre aqui...
Um beijo minha querida amiga blogueira <3
narradorapersonagem.blogspot.com
Juu,
ResponderExcluiruma vez me disseram "mares calmos não fazem bons marinheiros", e isso foi tão verdade na sua vida! Com toda a turbulência do ano de 2010 você aprendeu tanta coisa e descobriu um talento maravilho. E, diga-se de passagem, se não fosse pelo seu ex que fez voce escrever eu não te conheceria tambem. Então acho que eu tambem agradeço a ele.
Beeeeeijo, minha linda ♥
Carol: queria que tivesse uma opção "Curtir" no seu comentário =)
ResponderExcluirPergunatas e Respostas: Muitíssimo obrigada meeeesmo!!
Autora: obrigada, amiga blogueira!! Cara, você TEM QUE me adicionar no MSN pra conversarmos mais!!
Cosabella: Eu te "conheço" há pouquíssimo tempo, mas você já é super especial!! Então, demos graças ao meu ex, que fez, indiretamente, com que eu conhecesse essa pessoa maravilhosa que é você. Ah, e adorei o "mares calmos não fazem bons marinheiros" =D
Beijão gente :**
Li seu texto na Atrevida e amei!!
ResponderExcluirQueria ter lido antes quando ainda era adolescente... hj com mais de 20 aninhos já não dá pra voltar e fazer de novo...
Não comi frutas verdes ou podres... mas fiquei com tanto medo de perder as frutas enquanto esperava amadurecer que quando fui colher a alegria de saboreá-las não teve tanto sabor... =/
Parabéns menina!!
Continue escrevendo!! Vc está no caminho certo!!
Beijinhos;
adorei o último agradecimento.
ResponderExcluirnunca me apaixonei de verdade por alguém, portanto nunca passei por isso, mas não acho que isso seja bom.
eu também descubri seu blog pela revista ''atrevida'' gostei muito!!
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