Eu sempre gostei de “Jogos Mortais”, não por ser um filme com muito sangue, tripas e gente gritando – eu geralmente até fecho os olhos, viro o rosto ou penso no making of de tudo aquilo pra não ficar tão impressionada com essas cenas. Eu gosto dessa série de filmes porque, acima de tudo, além de inteligente, cada sequência tem uma boa história. No início, eu achava relativamente válido o motivo pelo qual Jigsaw aprisionava as pessoas (para elas darem mais valor à vida), mas depois percebi que cada um tem o direito de fazer o que bem entender da sua vida, desde que não machuque os outros. Se você está infeliz, bem, você tem o direito de ficar pra baixo até as coisas se ajeitarem – e ninguém pode te obrigar a dar valor à vida que estava te fazendo tão triste.
Eu queria falar mesmo, metaforicamente, sobre os jogos em si. Imagine você acordando atordoada num lugar estranho, não se lembrando de como foi parar ali, entrando em pânico ao ver que está presa numa armadilha e percebendo que vai ter que, inexoravelmente, se mutilar e sofrer uma dor inimaginável para continuar viva. Viver – mesmo que sem um pedaço de você – ou morrer? Faça sua escolha.
Já parou pra analisar quantas vezes passamos pela situação acima? Você não sabe como foi parar ali naquela situação, mas sabe que está presa e que aquilo vai te destruir aos poucos, até que você tome coragem e se distancie saindo da armadilha e sentindo na pele um sofrimento que você só deseja pro desgraçado que te colocou ali. Você pode ter que serrar seu pé, cortar seu antebraço, entrar numa piscina de agulhas ou se deitar numa caixa cheia de vidro. Definitivamente, é preciso coragem pra viver.
Você não vai poder se forçar a tirar uma lição de tudo aquilo. Se você aprender algo, nossa, que bom!, mas se não aprender... ninguém pode te obrigar.
De qualquer maneira, uma coisa é certa: mesmo não sabendo como, foi você que se colocou nessa situação, o que não quer dizer que você seja culpada. Mas às vezes você sabe que lentamente está entrando na armadilha, e simplesmente não faz nada para sair de lá. Você sabe que está entrando numa zona perigosa e, ao invés de simplesmente dar meia volta e sair daquele lugar, você continua andando em direção à armadilha – que, convenhamos, na vida real pode ser bem colorida e nada ameaçadora à primeira vista. E não estou falando do Restart (beeeijo, Pê Lanza!).
Então você está andando para a armadilha, para aquela coisa que vai te machucar pra caramba ou te matar. Olha, entendo que alguns casos são como aqueles bichinhos que são atraídos pela luz: queima, mas eles não conseguem evitar. Mas outros... Outro dia eu disse aqui que a dor tem uma função: mostrar que tem alguma coisa que não tá muito bem com o seu corpo. Uma coisa é você cair, tropeçar e abrir o joelho; outra é você pegar uma faca e meter na sua coxa. Ambos doem, mas a segunda você podia evitar mais que a primeira. E aí? Você vai andar em direção à armadilha? Você vai conseguir sair dela? Make your choice.
Achei muito legal esse seu post, queria saber escrever como vc #invejinhaboba. às vezes eu também passo por isso, tipo, vc fica pensando: pq q eu existo?pq q a vida é assim?Será q é só comigo? Eu me identifiquei mto com ele.
ResponderExcluirTambém tenho um: ideiasquepoderiammudaromundo.blogspot.com
Passa lá! (se gostar segue) Ameeei o seu viu?continue assim!