quarta-feira, 28 de julho de 2010

Eis a epifania


De repente me sinto mal. Vozes – ou melhor, fluxos etéreos de pensamento, uma linguagem solta que vaga pela minha mente – começam a me perturbar. E eu tenho que fazer o que elas me pedem. Não por elas, mas por mim mesma. Elas não me seguem, pois já moram dentro de mim, e gritam comigo, e se martelam em mim, e vêm com força brutal quando eu menos espero. Falam de assuntos diversos, uns agradáveis e outros (a maioria) nem tanto. Os assuntos desagradáveis não saem de uma vez só. Vou expelindo pelos dedos aos poucos. Minha mão grita pelas vozes/pensamentos/linguagem da minha cabeça. E quando uma voz cessa, outra começa.

Estarei reclamando? Sinceramente não sei. É um mutualismo, sabe? Elas surgem na minha cabeça e só querem e precisam ser expelidas. Eu as jogo pra fora e elas me ajudam, me revelam a mim mesma, me iluminam. Quando as liberto com minhas mãos – soltá-las com a boca nunca é suficiente para mim - presencio um momento mágico e único.

Eis a epifania. Eis porque eu escrevo.

Vingança vs. Justiça

Achei esse texto perdido no meu computador:

"Existe uma diferença entre justiça com as próprias mãos e vingança. Não quero vingança, mas queria fazer justiça com minhas mãos. Vi que não ia dar certo - se fizesse isso, machucaria inocentes, e cansei de magoar as pessoas. Mas um dia a justiça será feita. Não será por mim, nem sei se será pela vida. Mas é difícil sustentar uma máscara por muito tempo. Um dia ela cai."

Coisas Esdrúxulas 2 - minha viagem de volta pra casa

Viagem e família são duas coisas esdrúxulas por natureza. Quando você junta as duas então, ferrou: é bizarrice atrás de bizarrice. Ontem eu voltei pra casa e pude comprovar isso no trajeto.

*1º - 7 pessoas num Escort – É impressionante. Quando você está viajando, quem está dirigindo acha que o próprio carro é um daqueles fusquinhas de palhaço de filme (aqueles dos quais saem 15 pessoas). Sempre cabe mais um, então lá fomos nós. Meus pais na frente e eu, minha irmã, minhas duas primas e minha tia no banco traseiro (minha irmã no meu colo e uma das minhas primas no colo da minha tia – ps: minha irmã pesa 30 kg e minha prima pesa 38). 7 pessoas mais a bagagem, que incluía meu violão, 3 cobertores, 4 travesseiros, 5 malas, sacos de sapatos, entre outros.

*2º - Engarrafamento – O trajeto que era para ser percorrido em 1h50, 2h foi feito em 3h40m. Por quê? Por causa de um caminhão da Nutella que quebrou no início da ponte Rio-Niterói! Passamos 1h naquela ponte e eu pensei: “Ah, tudo bem. É hora do rush, por isso que está engarrafado”. Não. Foi por causa do caminhão, que ainda estava no MEIO DA PISTA!!!

*3º - A gasolina – O que você faria se, no meio do engarrafamento da ponte, seu pai virasse para todos no carro e dissesse: “A gasolina tá acabando e esse carro vai parar. Só resta saber onde...”? Provavelmente faria a mesma coisa que eu: gritaria em pensamento “FU”. Felizmente conseguimos chegar ao posto de gasolina antes do carro pifar.

*4º - Pessoas passando mal – Sempre alguém passa mal em viagens de carro. Seja um enjôo, glicose baixa, pressão baixa... Dessa vez foi minha tia, que, no engarrafamento, começou a sentir a pressão abaixar. Ninguém tinha nada salgado para comer e no meio da ponte não existem vendedores do biscoito O Globo. Detalhe: quando os vendedores começaram a surgir o trânsito começou a andar! Ou seja: a minha tia foi até em casa passando mal.

*5º - As músicas – Se você tem um mp3, mp4, iPod e/ou algo do gênero, beleza: você vai escutando sua musiquinha feliz e contente, sem precisar se preocupar com a rádio chinfrim do carro. Eu até tenho um mp3, mas os fones... O fio dos meus está todo quebrado e eu e minha prima ficamos praticamente disputando: ela ficava mexendo na antena do mp387 dela pra (tentar) ver a novela e eu ficava mexendo no fio pra conseguir escutar alguma coisa num ouvido só, porque o meu fone esquerdo já parou de dar sinal de vida há muito tempo. Aí na metade do caminho eu desisti e fui escutar a rádio do carro mesmo (uma desgraça, mas era isso ou escutar o celular da minha irmã: a criatura só tem DUAS músicas no celular – “Baby” e “One time”, do Justin Bieber – e ela foi O CAMINHO INTEIRO escutando as MESMAS DUAS MÚSICAS!!!!). Ah, já ia esquecer: Getúlio Vargas fez muitas coisas ruins pro Brasil. Mas a pior delas, definitivamente, foi a criação da “Voz do Brasil”! Alguém aí conhece alguma pessoa que ouve, de boa vontade, a “Voz do Brasil”? Aliás, alguém aí consegue entender o que as pessoas falam com aquele som maravilhoso da “Voz do Brasil”? Aliás, alguém aí conhece alguém que escuta a “Voz do Brasil”?

*6º - Necessidades fisiológicas – Quando a viagem tá no começo ainda dá pra aguentar. Mas depois da primeira hora começam a surgir as vontades: de ir no banheiro, de beber água, de comer algo, de dormir, de se mexer, dá um calor insuportável... Acho que a pior é o desejo incessante de ir no banheiro. Ontem, em qualquer posição que eu ficava naquele carrinho de palhaço, os meus braços pressionavam a minha bexiga!
É, só lembro desses momentos... Mas viagens são (quase) sempre esdrúxulas. Pense: você já teve uma viagem totalmente normal? Provavelmente não.

Coisa esdrúxula bônus

Minha prima de sete anos perguntando:
- Aquilo ali é um navio?
- É sim, Mel.
- Ih parece o navio daquele cara que canta, o Carlos Aberto.
- Carlos Aberto?
- É, aquele que canta “Como é grande o meu amor por você”.
- Mel, esse é o Roberto Carlos!

domingo, 25 de julho de 2010

Pelo direito de ler "literatura comercial"!

Esse post é pro Zé Adriano, meu professor de literatura do Ensino Médio, que é formado pela UFRJ, tem doutorado e livros publicados. Outro dia eu tava pensando no que ele falava pra minha turma: " 'Crepúsculo' é um lixo! 'Harry Potter' é muito ruim! Os livros do Dan Brown são horríveis!" E ele brigava conosco por lermos essa literatura "comercial".

Mas o que eu tava pensando é: num país como o Brasil, onde ler nunca foi um hábito muito difundido, a literatura comercial abre as portas para a leitura. Acho que o meu caso não foi dos mais comuns, mas, pra comprovar a minha teoria, vou contar mesmo assim: o primeiro livro "grosso" que devorei foi "Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban", quando eu tinha 9 anos. Depois da saga completa do bruxinho, minha mãe me apresentou Agatha Christie e Sidney Sheldon. Um pouco mais tarde, comecei a pegar livros emprestados com a minha tia e ia na biblioteca da escola toda hora. mergulhada nos livros, comecei a procurar os clássicos. Aos 13 anos, já era fã de Álvares de Azevedo e meu livro preferido era "O morro dos ventos uivantes". Se hoje faço faculdade de Letras é graças a dois fatores: pelo lado da língua portuguesa, à minha professora da oitava série, Ju; pelo lado da literatura, àquele singelo exemplar de "Harry Potter" que ganhei de presente de batismo (fui criada no protestantismo, onde bebês não são batizados). Enfim. O que quero mostrar é que uma literatura "comercial" me levou aos clássicos e além: decidiu meu futuro!

Caro Zé, falar com seus colegas de profissão que "Crepúsculo" é um lixo... beleza. Mas falar isso pra uma turma de adolescentes que têm aquilo como base de literatura... acho que acaba "traumatizando" e criando um preconceito, uma repulsa à literatura. É óbvio que o aluno não pode ficar preso ao "Crepúsculo", mas, chamando de lixo, você quebra a base literária que ele está construindo. Boa parte dos leitores desses livros são "crianças literárias", ou seja, estão apenas começando a se aventurar no mundo da leitura. Dar "A hora da estrela", de Clarice Lispector, pra uma criança de 7a série ler é maldade (não foi o Zé que fez essa atrocidade, isso aconteceu no colégio da minha prima). É o mesmo que pedir pra uma criança de 2 anos correr a São Silvestre! Como um ser que está aprendendo a andar e cai toda hora vai disputar uma maratona?

Veja bem, em nenhum momento defendi "Crepúsculo". Li os livros e os achei mal-escritos. Só estou aqui defendendo dos alunos se firmarem na literatura com esse tipo de livro comercial (porque, hoje em dia, é raro alguém começar a gostar de ler pelos clássicos da escola). Ah, e também não estou dizendo que os clássicos não devam ser cobrados. Mas pensa numa coisa, Zé: quantas pessoas procurarão os clássicos ou até mesmo farão faculdade de Letras por causa do "Crepúsculo"?

quarta-feira, 21 de julho de 2010

I believe in miracles

Ontem eu estava indo pra praia em Rio das Ostras, escutando o meu mp3 no ônibus. Eu adoro ir pra lugares relativamentes distantes, pois não tem muita coisa pra fazer além de pensar na vida, na música que você está escutando ou na paisagem que você tá vendo. Minhas maiores epifanias foram a bordo de um ônibus (ainda vou postar a letra de "Ponto de ônibus", do Ultraje a Rigor, aqui! Às vezes acho que aquela é a minha música...). Enfim. Eu tava escutando meu mp3 e comecei a escutar "I believe in miracles", dos Ramones.

O refrão dessa maravilhosa música diz apenas:
"I believe in miracles
I believe in a better world for me and you"

Os Ramones sabiam ser otimistas (como nessa música) e pessimistas (como em "Poison Heart"), assim como todos os seres humanos que eu conheço. Mas eu tava num momento otimista - indo pra praia, observando uma paisagem linda com um céu azulzinho - e comecei a refletir sobre isso: o que é melhor? Ser otimista, acreditar em milagres e que tudo vai melhorar ou ser pessimista e não acreditar em nada para não se decepcionar?

Antes que vocês fiquem esperançosos, é melhor que saibam: pensei, pensei, pensei e não achei um resposta. Cada coisa tem seu lado bom e seu lado ruim. Eu acredito que milagres - ou coisas impossíveis, se preferirem - acontecem, sim. Minha irmã é uma prova disso. Ela nasceu prematura e os médicos disseram que só um milagre a manteria viva (hoje ela tem 10 anos). Por essas e outras eu acredito que coisas impossíveis acontecem. O problema é quando você conta com a sorte e espera que o impossível aconteça a todo segundo. Tá, o impossível acontece a todo segundo, mas eu tô falando de quando você espera que aquele impossível em especial aconteça a cada segundo - tipo: ahn, eu acredito que um dia eu vá ficar milionária do nada, ou que o Felipe Neto vai finalmente perceber que nós somos almas gêmeas. Isso é impossível? Não. Mas é mais fácil eu ser atingida por um raio agora (e hoje a noite está limpa) do que uma coisas dessa acontecer. Ficar contando com o impossível é chato porque te decepciona ainda mais. E, como diz uma comunidade do orkut, decepção não mata, mas dói muito.

Acho que a saída é não esperar o impossível, mas, ao mesmo tempo, reconhecer que ele existe (Seria tão bom se a gente não esperasse nada de ninguém, né? Tudo o que viesse seria lucro. A gente sabe que deveríamos agir assim. Mas por que a gente não age? Ah, sei lá!). Por outro lado, a gente tem que esperar o impossível, porque a grande maioria dos nossos sonhos parece um pouquinho - ou muito - difícil de ser realizada.  Ai, meldels, por que tudo tem que ser tão complicado e paradoxal?


Não tenho resposta nem conclusão - na verdade, acho que acabei mais confusa... Alguém tem alguma conclusão aí pra mim??

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Se minha vida fosse um filme - parte 2: os grupos inseparáveis (Feliz dia dos amigos!)


Hoje ainda é dia 19, eu sei. Mas talvez eu fique ocupada demais amanhã e não possa postar. Você talvez esteja se perguntando: "Mas o que tem amanhã, meu Deus?" Amanhã, dia 20 de julho, é dia dos amigos, então, cá estou eu falando dos meus. Vou falar dos grupos de amigos. Ou melhor, do MEU grupo: Carol (minha melhor amiga, que ainda vai receber um post só dela), Didi, John, Marco e eu, lógico. E, comparando com o cinema, se minha vida fosse um filme, acho que a gente seria como... Sei lá... Vamos ver se até o fim do post eu consigo descobrir qual turma cinematográfica que a gente se parece.

Os grupinhos de filmes são inevitáveis, principalmente em filmes infantis, de aventura ou sobre adolescentes. Você com certeza já viu um filme com um bando de pessoinhas que fazem tudo (ou quase tudo) juntos, que se odeiam e acabam se amando no final - ou que se amam e acabam se odiando no final -, com aquela turma em que cada um tem um papel importante (sem UM integrante que seja, não é a mesma coisa) e, ao mesmo tempo, você não consegue imaginar aquele indivíduo totalmente desprendido da turma. E, como a vida imita a arte - e/ou vice-versa - você provavelmente faz parte de uma turminha dessas. E você sabe que os momentos mais engraçados e divertidos da sua vida vão ser com essa turma.

Aqui estão alguns filmes de turminhas que eu amo:

*Os Batutinhas
*As Patricinhas de Beverly Hills
*Meninas Malvadas
*Todo Mundo em Pânico
*Harry Potter
*Super Escola de Heróis
*A Marvel inteira (rsrsrsrsrs)


Tem um bom tempo que a minha turma não se encontra, acho que uns 7 ou 8 meses... Mas tenho muita saudade. De ficar conversando nas aulas de física de tarde, dos trabalhos em grupo, de jogar "Guitar Hero", de comer comidas estranhas na casa da Carol (tipo ovinho de amendoim com cobertura de chocolate e café), de comer pão de queijo na casa da Didi... Cada um tá num lugar diferente, numa faculdade diferente (ainda bem que eu e a Carol ainda estamos na mesma faculdade, mesmo que em cursos diferentes); cada um tem interesses diferentes agora. É, não daria pra gente ficar junto para sempre - até mesmo porque para sempre é tempo demais. Mesmo que não nos encontremos mais e tudo, vocês vão ficar gravados nas minhas melhores lembranças! E não tô falando isso da boca pra fora não. Amo muito vocês quatro e tô me segurando muito pra não chorar aqui. Esse singelo post em homenagem a vocês é meu presente de dia dos amigos. E não tem como a gente se comparar com nenhuma turma de filme. Vocês são únicos demais pra serem comparados com qualquer coisa.

                                       Feliz dia dos amigos!

 

domingo, 18 de julho de 2010

Coisas esdrúxulas - A copa

Na verdade, isso era pra ser um vídeo - eu queria ficar famosa pra conhecer o Felipe Neto e ele perceber que nós fomos feitos um pro outro rsrsrsrsrsrs. Mas eu sou uma anta tecnológica e não descobri como eu passo vídeos da máquina fotográfica para o computador. Sim, eu deixo você rir da minha cara por isso. Enfim. Eu queria fazer uma série de vídeos sobre coisas esdrúxulas, mas vou fazer uma série de posts sobre isso. Ou só um, porque até agora só tive ideia pra fazer o da copa.

Eu sou uma menina que não entende nada de futebol, eu não gosto de futebol, eu acho deplorável o fato de o Brasil ser conhecido basicamente apenas pelo futebol. Aliás, eu fico me perguntando se a gente só liga pra futebol porque estamos no Brasil. Será que se a gente estivesse na Nova Zelândia estaríamos colocando as crianças na escolinha de snowboard? Se a gente estivesse na Rússia todo mundo estaria dançando balé? (Meu amigo Lucas Campbell que SEEEMPRE falava isso) Voltando... Eu não gosto de ver 22 caras durante 90 minutos correndo atrás de um objeto redondo de couro. Mas sei lá por que razão do destino decidi ver essa copa. O engraçado foi que o futebol ficou completamente em segundo plano! E tudo o que se destacou foi MUITO esdrúxulo.

1o - O polvo adivinhador - preciso falar mais alguma coisa? O melhor foram os jornalistas tentando explicar como o animal previa o resultado dos jogos: "Os polvos são animais muito inteligentes. Sua inteligência pode ser comparada com a de um golfinho ou com a de uma criança de dois anos". É, falando assim a gente parte do pressuposto que todos os golfinhos e crianças de dois anos adivinham o futuro.

2o - Mick Jagger - Antigamente tínhamos gatos pretos. O número 13. Passar por baixo da escada. Hoje temos o Mick Jagger, que conseguiu a façanha de torcer para todos os times que perderam. E a gente tem a enorme sorte de ele ter um filho brasileiro. Ou seja: enquanto Mick Jagger estiver vivo e visitando os estádios, o Brasil não ganha a copa.

3o - A maldição da Jabulaaaani - Além do Mick Jagger, tivemos outro elemento azarento na copa: a Jabulaaaani. Os jogadores usaram a velha frase de Homer Simpson "A culpa é minha e eu coloco em quem eu quiser" e colocaram na pobre da bola. Ah, e se vocês não viram o vídeo abaixo, vejam!
http://www.youtube.com/watch?v=mhx0v1XAMTQ&feature=fvhl

4o - Cala a Boca, Galvão! - A gente viu que o brasileiro não tem muita coisa pra fazer e fica o dia todo no twitter. E vimos também que na semana do dia 23 de junho não aconteceu mais nada interessante, porque pra isso chegar à capa da "Veja"...

5o - Faz frio na África! - Foi a grande descoberta da copa. Quando os repórteres falavam uns com os outros e um perguntava: "E aí, fulano, como vai aí na África?", a pessoa respondia: "Nossa, tá MUITO frio aqui". Tá, nas primeiras vezes foi legal, descobrimos que na África faz frio e talz. Mas depois de UM MÊS escutando "É, tá muito frio aqui"... NÃO! PÁRA!

É, acho que é isso. Alguém lembra de mais algum fato esdrúxulo da copa?

sábado, 17 de julho de 2010

Se minha vida fosse um filme - parte 1: os principais coadjuvantes

Eu amo ver filmes e amo pensar coisas aparentemente inúteis, porque a futilidade sempre (ou na maioria das vezes) me leva a pensamentos profundos. Juntando as duas coisas, comecei a imaginar uma coisa que quase todo mundo já fez na vida e, se não fez, deveria fazer, porque é muito divertido. O que eu pensei? "Se minha vida fosse um filme, como seria?" Um filme é dividido em vááárias partes, então, para não fazer um post quilométrico, decidi dividir em algumas partes (talvez essa série de posts "Se minha vida fosse um filme" vire uma espécie de saga "Jogos Mortais" e, quando vocês acham que terminou, vem mais um).

No meu primeiro texto sobre a minha vida e os filmes, quero falar sobre os coadjuvantes. Eles podem ser superengraçados, chatos, fofos, irritantes e tudo isso ao mesmo tempo. Mas eu queria falar mesmo sobre aqueles personagens divertidos que fazem o filme valer a pena. Sabe aqueles carinhas que tiram toda a graça do personagem principal, ou melhor, que dão graça ao filme? Eu AMO eles. É muito difícil eu gostar do principal, mas amo os coadjuvantes.

Depois de ler a lista abaixo, pense se você também não gosta mais dos secundários:

*Burro (Shrek)
*B.O.B. (Monstros Vs. Alienígenas)
*Luna Lovegood (Harry Potter)
*Kronk (A nova onda do imperador)
*Cosmo (Os padrinhos mágicos - tá, eu sei que não é filme, mas eu não resisti...)
*O esquilinho do "Deu a louca na Chapeuzinho"
*Dory (Procurando Nemo)
*Mike (Monstros S.A.)

 Tem mais, mas minha memória, que é igual à da peixinha azul da foto ao lado, não me permite lembrar mais...

Enfim. Eu amo os meus amigos - coadjuvantes na minha vida, lógico - que fazem com que minha existência seja mais divertida. Sei lá se, assim como nos filmes, gosto mais deles do que do personagem principal - eu. Mas de uma coisa eu não tenho dúvida: sem eles, meu filme seria muito mais difícil de gostar.Todo longa (e curta também) precisa de um carinha engraçado, seja drama, terror ou ficção. Sem comédia a coisa não anda.

Ps: Meus coadjuvantes engraçados

*Bella
*Line (no fim das férias eu vou fazer um post só sobre minha prima-quase-irmã)
*John
*Marco
*Igor
*Pri (da faculdade)

Obrigado por botarem um sorriso no meu rosto, intencionalmente ou não. Como diria Kelly Clarkson, "My life would suck without you".

Ps2 (post scriptum, não Playstation): se você é um coadjuvante da minha vida e não tá aqui, relaxa: esse foi pros mais engraçados. Depois vem os outros tipo de coadjuvantes, ok?

Blah Blah Blah...

"Stop ta-ta-talking that Blah Blah Blah"
"Blah blah blah" - Ke$ha 

Se tem uma coisa que me irrita MUUITO são pessoas que reclamam. Não pessoas que reclamam porque estão no seu direito ou porque querem melhorar alguma coisa. Eu me estresso com quem reclama pelo puro e simples prazer de reclamar. Cara, como diria Felipe Neto, vocês têm probleminha!! Reclamar à toa irrita você, com quem se está reclamando, te traz aborrecimento... E o pior é que esse tipo de pessoa está sempre certo. Você pode provar com todas as letras que o(a) fulano(a) tá errado, mas não; ele(a) sempre se acha no direito de falar mal de você, da situação, da família, da vida, de quem for (citando Felipe Neto de novo: "Cala a boca, p****!").  Mas fala mal do reclamão pra ver. Aí a criatura se faz de vítima.

Por quê, meldels, por quê? Porque não tem mais nada pra fazer. Porque só consegue se sentir feliz deixando os outros infelizes. Porque, às vezes por ser o(a) mais velho (a) acha que pode tudo. Tenho novidades pra você: NÃO PODE NÃO!! Vai catar algo de bom ao invés de ficar falando mal gratuitamente e sem motivo. As pessoas já se acostumaram com você reclamando desse jeito? Que pena, eu não. Não vou e nem quero. Tô aguentando por enquanto, mas uma hora a sua ignorância vai ser maior que a minha vontade de não brigar.

Ainda tenho duas semanas de reclamações pela frente...

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Follow os conselhos! Rs

Eu fui inspirada a fazer esse post por um sonho que tive hoje. Meus sonhos são extremamente bizarros:  pra vocês terem uma noção, essa noite sonhei que o Borat tinha roubado minha insulina e que o meu colégio tinha criado uma empresa de pipoca e a embalagem dela era a foto de uma freira de 90 anos que morava lá, a Sister Salete - aliás, esse era o nome da pipoca: "Sister Salete". Mas não foi nada disso que me inspirou. Numa outra parte do sonho eu estava lendo os comentários nos meus blogs - sim, leitores, sonho com vocês! - e tinha um de uma amiga da minha prima e constante divulgadora do blog, a Lia, dizendo que eu era muito romântica no blog. Tudo bem, nada mais longe da verdade que isso, mas os sonhos não fazem nenhum aparente sentido.

No entanto, isso me fez pensar: aqui eu não sou nem um pouco romântica, sou ácida e talz e vocês já sabem disso. Mas fora daqui, quem me conhece - Line e Carol, principalmente - sabe que eu sou meio romantiquinha sim... mesmo depois de tudo. Nos últimos dois meses eu já entrei em umas... 5, eu acho... paixonites platônicas. A Line tá sofrendo agora comigo, com minhas paixonites e com o meu desejo de viver um amor de inverno (amor de verão é comum demais pra mim). Acho que amo demais estar apaixonada. É como o desenho abaixo. Será que sou idiota por isso?

Por que eu não posso seguir os meus próprios conselhos? Isso me torna uma hipócrita? Uma "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço"? Eu tenho as epifanias, mas não consigo ser sempre fiel a elas. Por que isso acontece? A luz ainda não se acendeu pra isso. Espero receber um iluminação em breve. Vocês podem me dar uma luz? Por que nunca conseguimos seguir os próprios conselhos?

quarta-feira, 14 de julho de 2010

YES, YOU CARE!!




"I don't care (what you're saying)
I don't care (what you're thinking)
I don't care about anything"
"I don't have to try" - Avril Lavigne

Ontem eu tava vendo "Operação Babá" (antes que comecem a me criticar dizendo que eu deveria ver coisas mais inteligentes, leiam o meu texto "GaGa Vs. Lama" e o "Sobre cinema e reflexão (ou: Uma apologia da história)" - http://www.lilianeprata.com.br/2010/06/sobre-cinema-e-reflexao-ou-uma-apologia-da-historia/, da Liliane Prata) e escutei uma frase que me fez pensar. O personagem do Vin Diesel disse pra um dos adolescentes - não lembro agora se foi o garoto ou pra personagem da Brittany Snow - que ele/ela deveria parar de se preocupar com a opinião dos outros. O que me trouxe à reflexão foi: é possível não se importar com a opinião alheia?

Nós fazemos tudo pensando nos outros. O ser humano NÃO É uma ilha e, mesmo que você não queira, os outros influem na sua vida (desculpem se eu tô falando muito da Liliane Prata, mas tem outro texto dela que fala isso - http://www.lilianeprata.com.br/2010/07/as-pessoas-que-gostam-de-ficar-sozinhas-e-o-mundo/). Os mais revoltadinhos que ficam gritando "I DON'T CARE" aos 4 cantos do mundo e se vestem de um modo bizarro pra mostrar que não ligam pro que os outros pensam, mostram que, dessa forma, ligam, e muito, pra opinião alheia. Não entendeu nada? É assim: quem realmente não liga, não vai se importar tanto em provar que não tá nem aí, já que aquilo não faz diferença. Pra que gastar tempo e energia com uma coisa que não faz diferença pra você? Essas pessoas acabam confundindo o "não concordar" com o "não ligar". Eu não concordo com a moda que é ditada nas passarelas (ODEEEEIO roupas fluorescentes) e me visto de um modo diferente da maioria das pessoas. Ligo sim pro modo de me vestir e até gosto quando uma pessoa me olha torto na rua. Gostar de chamar a atenção pelo modo de se vestir é um modo de se importar com a opinião alheia (e se importar não é necessariamente querer que a pessoa goste. Se vestir com a intenção de chocar é se importar!).

É impossível, num mundo tão globalizado - hoje a globalização é quase uma Jabulani: tudo é culpa dela -, dizer que não liga para a opinião dos outros. O ser humano é um ser social e, mesmo que você não ligue em um aspecto, vai ligar em outro (se não se importa com o que as pessoas vão achar das suas roupas, pode ligar pro modo como as pessoas encaram a sua personalidade, por exemplo). Na verdade, na maioria dos casos, o "I don't care" é uma máscara: "Vai, diz o que você quiser; não vai me atingir, eu não ligo pro que você pensa de mim." Mas, no fundo, a pessoa liga sim. Sabe aquela coisa do "Uma mentira contada 1000 vezes se torna verdade"? é isso que acontece. Essas pessoas dizem tanto isso que, talvez, uma hora acabe sendo verdade. Ou não, isso é apenas uma especulação minha...

Depois de tudo isso, a gente vê que, assim como os emos, o "I don't care" total não existe. Tudo bem que você não pode viver pensando no que os outros acham de você 24h por dia. Mas pior ainda é viver num esforço inútil para não se importar de jeito nenhum com a opinião alheia. Assuma de uma vez o "Yes, I care!" e seja feliz :D

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Little things that make life great

Às vezes a vida sabe ser um saco. Mas o bom de estar no chão é que dali você dificilmente vai passar e tudo - provavelmente - vai melhorar pra você (Ou não. Mas ignoremos isso...). Eu tava de saco cheio de tudo, quando pequenas coisas me fizeram um pouquinho mais alegre. Eu adoooro quando simples coisas fazem meu dia muito mais feliz. Na verdade, tudo pode ser motivo de felicidade, é só saber procurar as "little things that make your life great"!!

Compartilhando agora com vocês as minhas pequenas felicidades:

* Ontem um amigo meu disse, assim, "de graça", que minha foto do orkut (que é a mesma do perfil do blog) tinha ficado linda!! Ninguém nunca elogia minhas fotos - primeiro porque eu não sou nenhum pouco fotogênica) - e fiquei muito feliz quando ele disse isso!

* Hoje de manhã acordei e, sem nada pra fazer, liguei o computador pra checar se alguém tinha comentado nos meus blogs. Qual não foi a minha surpresa ao ver que a Liliane Prata, colunista da Capricho, tinha comentado no www.minhasepifaniasalheias.blogspot.com!! Eu fiquei meio sem acreditar, sabe? E definitivamente fiquei mais feliz!

* Sair pra comer sorvete de pistache, blue ice e sensação com a minha prima (eu ainda boto uma foto dela aqui...) num solzinho agradável de 40o C - eu não estou sendo sarcástica, o sol tava agradável mesmo!! - anima qualquer um!

Tá você pode pensar: "Ai, que menina babaquinha, ficar feliz por tão pouco!" Mas nós ficamos tristes por muito pouco também. Como diz o Bon Jovi, "I ain't gonna live forever". E é muito melhor gastar nosso pouco tempo de vida felizes do que tristes, né verdade?

domingo, 11 de julho de 2010

Meus amores impossíveis

Desde ontem estou com certo desespero e certo fatalismo dentro de mim. Eles sobem à minha mente e eu não os consigo ignorar. Fico pensando que nada vai dar certo na minha vida, tirando os meus estudos - é sério, nada consegue atrapalhar minha vida estudantil. Depois de 7 semanas bem, uma hora eu tinha que ficar mal, né? Ninguém consegue ficar alegre o tempo todo e eu não estou imune a isso. Geralmente - 90% do tempo - eu sou otimista. Mas chega uma hora que ser PollyAnna cansa e nós só conseguimos viver o extremo oposto: um fatalismo pessimista que irrita a todos (as pessoas que estão ao nosso redor e nós mesmos!).

Num desses momentos deprês nos quais mergulho esporadicamente, comecei a pensar nos meus atuais amores e vi que estou ferrada. Meus amores são impossíveis. Não acredita? Veja isso:

* Felipe Neto

Por que eu o amo?

Porque ele é MUITO inteligente (falo isso pelo blog dele, não só pelos vídeos), é extremamente engraçado, gosta das mesmas coisas que eu e, como um bônus, é lindo!!

Por que é um amor impossível?

Porque ele não sabe que eu existo, ele já virou subcelebridade (rsrsrs) e, se por desejo do destino a gente se conhecer algum dia, provavelmente vai achar que eu sou como todas as outras menininhas que gostam dele - uma fã de Vida de Garoto, de Cine, de Crepúsculo (até gosto da história, mas acho extremamente mal escrita) e de Justin Bieber.

* Clarice Lispector

Por que eu a amo?

Porque ela me traduz, me entende, completa as minhas frases, põe em palavras todos os meus pensamentos. Poderiam escrever livros sobre as nossas D.R.'s.

Por que é impossível?

Hello-ou!! Ela é uma mulher morta!!

* Edward Cullen

Por que eu o amo?

Porque ele é fofo, ama realmente a namorada, faria tudo por ela, sofre por ela, a respeita, é lindo e é o marido perfeito.

Por que é impossível?

Porque ele não existe.

 * Paul Dano (o Dwayne, de "Pequena Miss Sunshine")

Por que eu o amo?

Porque ele só faz papéis estranhos, tem uma cara de nerd desamparado muuuito fofa e (vocês vão me achar louca) eu o acho lindo!!

Por que é impossível?

Ele é um ator de Hollywood.

* Meus livros

Por que eu os amo?

Porque eles me levam aonde eu quiser, me distraem, me ensinam, me acolhem e não dão trabalho. Não são carentes e não imploram minha atenção.

Por que é impossível?

Assim como os indianos que se casam com árvores, eu seria considerada louca se casasse com um dos meus livros. Sem contar que eu amo tantos títulos diferentes que seria impossível escolher um só. E, se escolhesse, provavelmente seria infiel.


Depois de verem isso tudo, vejam o vídeo abaixo. Acho que é meu destino...

http://www.youtube.com/watch?v=o3hhCh9t-bI

sábado, 10 de julho de 2010

Eu, as nuvens e a minha felicidade



Meu estado de espírito hoje tá como o dia: extremamente nublado. Sabe aquele dia que amanhece feio, o sol aparece rapidinho e depois some entre as densas nuvens negras e que você sabe que pode cair um pé d'água a qualquer minuto? Hoje tô assim. Amanheci nublada, acordei vendo que o dia não seria dos melhores. O sol apareceu, em breves minutos de alegria, mas rapidamente se escondeu por trás do meu desânimo. E só não estou chovendo porque, como disse há uns posts atrás, minhas lágrimas acabaram.

Quando vou poder finalmente para de enganar a mim e aos outros? Não estou feliz. Meus momentos de alegria superam em número meus momentos tristes, é verdade. Mas falta algo. Acho que é a terceira perna da qual fala Clarice Lispector em "A Paixão segundo G.H." (vejam meu outro blog, www.minhasespifaniasalheias.blogspot.com). Sei que o ser humano nunca tá completo e que ele nunca vai se completar em outra pessoa. Eu perdi uma falsa sensação de proteção, de segurança. Vi que nunca estamos 100% seguros de nada. E isso me deixa com muito medo. Eu achava que palavras eram garantia de alguma coisa, mas descobri que nada tem garantia. E eu fico apavorada com isso!!

Sei que é só um momento ruim. Mas quando a minha felicidade vai finalmente chegar??

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Happy Birthday, Courtney Love!

Só lembrei que hoje é aniversário de uma das minhas divas há uma hora atrás... Eu sei, que fã medíocre eu sou. Mas o importante é que eu lembrei!

Eu não sei porque eu gosto da Courtney. Talvez seja a atitude blasé dela em relação ao mundo. Talvez seja a voz grave que parece que sai rasgando a garganta dela. Talvez sejam as letras dela. Talvez seja o fato de ela ter sido esposa do Kurt Cobain. Talvez seja porque ela tenha uma atitude pura de rock'n'roll. Tá, não acho que ficar bêbada, drogada e arrumando confusão em tudo quanto é canto seja algo legal. Mas eu ignoro as coisas ruins dela e vejo o que de bom ela pode me trazer. E escutar suas músicas e ler o seu mangá foram coisas que me trouxeram várias epifanias. Sei lá, quando eu tô mal eu escuto uma música dela e digo pra mim mesma: seja forte que nem ela. E funciona. Pode parecer meio idiota, mas quem nunca é idiota?

Frases de músicas da Courtney:

"Am I gonna lose, baby
If I tell the truth?
Wouldn't it be uncool
If I could write other love song?
[...] Baby you're a freak show just like me
Baby we all born ugly
I wanna be uncool
I wanna be uncool
I gotta write other love song"

"I can believe that I can be happy
Someone will come again
I can be happy
Oh stop your cryin'
You can be happy"

"Someday you will ache like I ache"

"You should learn when to go
You should learn how to say no!
Might last a dat, yeah
Might last forever
And they get what they want
And they never want it again
Go on take everything
Take everything
Take everything
Take everything
TAKE EVERYTHING!"

Tem mais, mas minha mente não tá pensando direito hoje... Depois, se eu tiver paciência, adiciono mais.
Enfim. Feliz aniversário, Courtney. Que você ainda encha o saco de muita gente por muitos anos =D

quinta-feira, 8 de julho de 2010

"All you need is love". Será??

Antes que alguém comece a dizer que eu sou uma pessoa que não entendeu a letra dos Beatles, eu SEI que essa música fala sobre o amor fraternal e não sobre o amor romântico. Mas, depois de ver o vídeo "Não faz sentido - Crepúsculo" (link abaixo), parei pra refletir sobre o romance de um modo geral e vi que as pessoas - assumo que me incluo nesse grupo - acham que tudo o que você precisa é o amor romântico.

Outro dia estava conversando com uma amiga e a gente estava discutindo o fato de que em 99,9% dos filmes, livros e afins algum romance aparece. Mesmo não sendo uma questão central da trama, o amor romântico tem que se fazer presente. Tente lembrar de um filme que não tenha NENHUM romance. Você pode até encontrar, mas vai ser uma certa dificuldade. "Dr. Strangelove" não tem. "Procurando Nemo" não tem. Mas "O rei leão", "Toy Story", "Armageddon", "V de Vingança", entre muitos outros, têm. No mainstream (o contrário de underground), é mais difícil você encontrar um filme que não tenha nenhum beijinho, nenhuma troca de olhares, nenhuma sedução. Mas nem os filmes cults estão imunes ao romance.

Eu nunca fui fã ardorosa de "Crepúsculo". Li todos os livros, vi os filmes e acho o Edward um fofo sim. Mas tenho plena consciência de que ele, assim como o Jack de "Titanic" ou o Romeu, é um PERSONAGEM FICTÍCIO. O problema é que a mídia joga pra gente que é comum ter um príncipe encantado como namorado/marido e quem não tem - todo mundo, porque isso só acontece na ficção - acaba se frustrando e vivendo infeliz na busca de uma ilusão. Nada vai nos trazer felicidade o tempo todo (assim como nada vai nos trazer tristeza o tempo todo).

Confesso que estou morrendo de medo de amar de novo. Não quero me magoar de novo, mas o sofrimento é inerente à vida e aos relacionamentos. Eu tava conversando outro dia com minha prima e ela disse algo que fez com que eu respondesse: "Tudo bem, eu não acredito em mais ninguém nem espero nada de pessoa alguma.". Ela disse: "Ai, Ju! Não é porque você teve uma séria decepção amorosa..." "Line, não foi UMA sériA decepção amorosa; foi uma sériE DE decepções amorosas." Vou deixar de amar pra não sofrer? Não. Me sinto como um marinheiro que ama o mar, mas que foi vítima de um naufrágio terrível e agora receia voltar a navegar. Ele pode ver se algum erro foi seu e aprender com o erro. Mas pode também ficar ficar tão emocionado que pode ignorar tudo o que aprendeu e cometer os mesmos erros, por mais que não queira naufragar outra vez.

Sei lá como vou amar de novo. Só espero que tenha aprendido alguma coisa, pra que nada disso tenha sido em vão. Não quero encarar o amor como a coisa mais importante da minha vida. EU sou a coisa mais importante da minha vida.

Ps: comecei falando de uma coisa e terminei falando de outra. Mas a mente não tem um fluxo linear de pensamentos, então relevem isso. É licença poética ;P

Link do vídeo "Não faz sentido - Crepúsculo"
http://www.youtube.com/watch?v=2Lp7XO6oWCM

terça-feira, 6 de julho de 2010

Prazer em te conhecer

O primeiro contato que tive com você - ou deveria charmar-lhe de "senhora"? - foi nas aulas de redação do ano passado. Li seus textos e minha professora, que se parece muito com você, nos falava maravilhas a seu respeito. Quis ver seu monólogo, mas sempre algum imprevisto me impedia. Com a entrada na faculdade de Letras, foi inevitável o nosso encontro.

Sou a mais nova da minha turma, mas isso não é desculpa pra não ter te conhecido antes. Talvez até tenha sido melhor ter te conhecido só agora, depois de várias mudanças na minha vida. Talvez eu não tivesse maturidade o suficiente antes e agora eu consiga compreender melhor os seus textos. Você diz tudo o que eu quero dizer, só que de uma maneira mais... literária? Íntima? Bonita? Sei lá, simplesmente melhor.

Meu nome é Juliana. Prazer em te conhecer, Clarice Lispector.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ansiedade maldita!

Eu tava lendo um texto da Liliane Prata (quem quiser visitar o blog dela é só procurar nos blogs que eu estou seguindo aqui no cantinho direito da tela) que falava sobre como a nossa ansiedade ferra tudo. Tive umas epifanias e cá estou eu, de novo, escrevendo um texto inspirado em outro texto. Enfim.

Eu descobri que eu sou muito desesperada. Eu quero tudo pra ontem. E, ultimamente, estava desesperada pra encontrar um novo namorado. Aiai, é triste, deprimente, eu sei. Não precisa jogar na minha cara porque eu tenho plena consciência disso. Mas aí, depois de ler esse texto, parei e vi que eu tô fazendo tudo errado. Não que eu ache que eu tenha que ser uma menina que fica enrolando ou fazendo doce. Mas ficar desesperada pra arranjar um namorado e devorar com o olhar qualquer garoto mais bonitinho que passa... isso não é legal (na verdade, eu não devoro com o olhar qualquer garoto bonitinho e eu dificilmente me apaixono por garotos tipo "Colírio-da-Capricho" - me interesso muito mais pelo estilo da pessoa que pela beleza em si). Eu não vou conseguir nada ficando desesperada. O problema é que eu sou uma pessoa que quando se apaixona... ferrou. Parece que tem um letreiro em neon acima da minha cabeça piscando "A Ju está a fim do fulano". Aí, como eu acho que já tá na cara e não quero perder tempo, acabo levando a sério demais o "Não deixe que o medo de perder impeça você de jogar". Aí acabo perdendo pela afobação.

Vou tentar controlar a minha ansiedade para que ela pare de ferrar tudo. Vocês acham que eu consigo?

domingo, 4 de julho de 2010

Forget about everything and runaway

Enfim, férias! Depois de 4 meses difíceis, estudando freneticamente e tendo várias crises, tenho 4 semanas pra ficar de bobeira até começar um semestre punk (monografia de 15 páginas no 2o período não é moleza não!). E qual lugar melhor pra relaxar que o campo?

Vim pra Casimiro de Abreu*, uma cidadezinha do interior do Rio que tem uns 25 mil habitantes. Eu nem considero aqui uma cidade do campo, porque não existem enormes gramados verdinhos e ovelhas andando pela rua. É só uma cidade pequena mesmo. O pessoal da faculdade disse que seria ótimo pra mim passar um tempinho relaxando num lugar meio afastado, que eu teria várias inspirações para novos textos. Mas acho que não vai ser bem assim não...

Eu não sei se estou com bloqueio criativo ou algo do gênero. A inspiração simplesmente não vem. Não sei se é porque tô ficando com menos raiva e esquecendo definitivamente o motivo das minhas epifanias. Não sei se o remedinho "tempo" finalmente está fazendo efeito. É como estávamos discutindo essa semana na última aula de formação do leitor: a gente fica com pena de sair das nossas tragédias pessoais porque escrevemos muito melhor quando estamos mergulhados nelas. Caros leitores: não me magoem só pra eu continuar escrevendo. Vou dar meu jeito. Talvez eu fique menos ácida. Talvez eu comece a postar sobre coisas mais variadas. Sei lá como vai ser meu futuro, mas sei que quero continuar postando pra aliviar minhas tensões. O negócio é que ficar aqui já alivia minhas tensões, então parece que escrever vai ser meio inútil...

No caminho pra cá - duas horas e meia de carro observando uma paisagem que é só mato, vaca e placa de pão com linguiça -, comecei a observar as nuvens e tentar encontrar formas divertidas pra elas. Eu estava ficando desesperada , porque só via terriers e porcos nas nuvens. Fiquei pensando: "Caraca! O que aconteceu com a minha criatividade? Porque a minha mente só tem capacidade pra ver terriers e porcos nas nuvens? POR QUÊ?". Aí depois disso ficou pior e veio uma nuvem negra ENOOORME. Quando a nuvem passou, fui ver observar meus terriers. E descobri que ainda tinha criatividade - consegui ver um coelho-caveirinha, um pássaro/lagarto com um cabelo black power e um dromedário-terrier. Espero que minha criatividade com os textos também continue.

Aos meus leitores que estão acostumados a 4 postagens/dia, desculpem-me, mas agora em julho minhas postagens serão mais esporádicas (se você não sabe o significado dessa palavra, veja "As patricinhas de Bervely Hills"). Aqui é um computador pra umas 8 cabeças e não tô a fim de gastar meu precioso dinheiro do show do Green Day para ir numa lan-house. Mas postarei minhas constantes epifanias aqui - isso é, se as minhas epifanias ainda forem constantes...

*Casimiro de Abreu - a cidade tem o nome do poeta da segunda fase do romantismo, mas ele não morava aqui, morava em Barra de São João, uma cidade a uma hora de distância. Mas, por algum motivo, decidiram dar o nome desse lugar em homenagem ao poeta. E a única coisa que tem aqui que alude a ele é uma estátua na praça.

sábado, 3 de julho de 2010

Hey, teachers, don't leave us alone!

Eu tinha prometido um texto sobre meus professores e aqui está ele.

Heidrun (Teoria da Literatura I) - a vovó fofinha alemã que de carrasca só tem o nome. Confesso que não conseguia prestar muita atenção na aula pois seu ritmo é um pouco devagar... Por exemplo: ao lermos uma passagem de um texto, ela para praticamente a cada frase. "Santiago Nasar entrou na casa." "Ok, parra porr aí. U que qui aconticeu?" Silêncio na turma. Até que uma pessoa fala: "Santiago Nasar entrou na casa". "Isso, thá?". Da sua aula eu não gostava muito, mas dela mesmo eu gosto. Só dá aula de Teoria da Literatura, então é difícil que peguemos mais aulas com ela.

Cláudia (Português Padrão) - a mais divertida, que mais zoou com a gente nas aulas. Adoro seus exemplos esdrúxulos, pois sempre que precisa de um verbo intransitivo usa "morreu". Então saem coisas como "O livro morreu" e afins. Ela sempre mata alguma coisa inanimada em cada aula. É meio disléxica (rs) e sempre diz coisas tipo "Então na aula passada a gente corrige o exercício" ou "Ontem eu trago isso pra vocês". Felizmente também dá aula de Produção do Texto II.

Bonelli (O Humano e o Fenômeno Religioso - tamos na PUC, né?) - 98% da turma não gostava da aula dele e mudou a sua concepção sobre o professor no último dia, na confraternização/avaliação do curso. Ele levou um poema e uma oração pra gente. Foi super fofo – desculpa se eu uso muito esse adjetivo pra descrever meus professores, mas é que quase todos de fato são muito fofos! Passou 4 meses falando sobre símbolos religiosos, escrevendo o livro todo no quadro e, claro, citando Rubem Alves (o autor de “O que é religião?”, obra adotada e falada à exaustão nas aulas). Foi o professor mais zoado pela Júlia.
Eliana Yunes (Formação do Leitor) - como diz a Júlia, Eliana Yunes voa. Ela é simplesmente DEMAIS, faz tanta coisa que realmente só falta voar. É diretora da Cátedra UNESCO de Leitura da PUC - Rio, parece que já leu todos os livros do mundo e tem 14mil títulos na sua biblioteca particular!! Fala mansamente, é uma das professoras preferidas de 9 entre 10 alunos de Letras, é super requisitada e deixa todo mundo boquiaberto com sua inteligência e cultura. Quando ela disse que o Umberto Eco – autor do clássico “O Nome da Rosa” – era uma pessoa leve, pois mostrava toda a erudição e cultura dele sem cansar as pessoas, ficamos pensando: nossa! Se o Umberto Eco (que já deu aula na PUC na década de 70!!) é muito mais erudito e culto que a Eliana, a gente deve cumprimentar ele se ajoelhando e beijando seus pés!

Clarissa Ewald (Inglês 4) - É, sem dúvida nenhuma, a professora mais gente boa que já tive – provavelmente na minha vida inteira! Ela chega de bom humor na sala, nunca brigou com aluno, fica feliz quando algum aluno acerta as questões, conhece e respeita as limitações de cada um, mas sempre tentando melhorar o inglês dos seus alunos. Se eu entrava triste na sua aula, com certeza saía melhor. Foi a melhor professora de inglês que eu já tive, mas infelizmente, ela não dá nenhuma outra aula na PUC. Meu inglês melhorou MUUUUUITO graças à Clarissa.

Helena (Introdução à Linguística) - a professora de lingüística que segue rigorosamente a apostila. Baseia suas aulas, sua prova e as respostas que você tem que dar na apostila. Tem um sotaque que é uma incógnita, porque não é carioca, nordestino, paulista... É algo meio de outro mundo. Nem ela sabe de onde é o sotaque. Gostei bastante das aulas dela – MESMO! Não é só porque estou escrevendo num lugar público -, apesar de ela ser um pouco repetitiva e dar algumas longas voltas para explicar algumas coisas básicas.

Valéria Medeiros (Teoria da Literatura I - Romance Policial) - a segunda melhor professora que já tive. Especialista em Romance Policial, tem uma tatuagem do Batman nas costas e está no seu segundo pós-doutorado aos 42 anos! Extremamente verborrágica, fala as duas horas de aula e mais. Sabe de tudo um pouco – ou, melhor, sabe muito de tudo – e me fez pensar na minha tese de doutorado!!

Vou ter aula com alguns ainda (Valéria, Helena e Cláudia), mas sentirei saudades dos outros - mesmo daqueles que não gostava da aula... Mas é o maldito ciclo da vida. Não vou entrar no assunto da nostalgia de novo, mas é exatamente o que acontece...

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Filha da PUC

Hoje é um dia feliz e triste pra mim, e o engraçado é que é um mesmo fato que me causa esses sentimentos tão paradoxais. Hoje é meu último dia de aula no meu primeiro período de Letras na PUC. Eu tô feliz pelas férias, mas tô triste pois a minha turma vai se “desintegrar”; mesmo que façamos muitas matérias juntos não vai ser como agora, quando tivemos 5 aulas com o mesmo pessoal. Além disso, não teremos mais aulas com muitos professores. Quando eu saí do colégio, os professores disseram: “Na faculdade não vai ter esse clima daqui não. Os professores vão entrar, dar a matéria e vão embora. Não vai ter um espírito de turma.” Não sei se isso tudo é só no primeiro período, mas senti que, pelo menos até agora, meus professores estavam errados. Talvez tenhamos conseguido formar uma turma mesmo pelo fato de a maioria ter acabado de sair da escola no ano passado e ter mais ou menos aquele clima de colégio fresco na mente.

Nas primeiras semanas senti muita falta do meu colégio, dos meus professores (saudades, Guilherme!!), da minha vidinha “3º ano”. Chorei durante a primeira semana toda. Queria minha vida de volta. Mas, com o passar do período, isso se tornou o menor dos meus problemas e o meu refúgio hoje é justamente a faculdade. Como eu também não queria ir na 4ª série pro colégio onde passei alguns dos momentos mais felizes da minha vida, não queria ir pra PUC no começo. Meu choque foi muito grande. Mas foi como disse: outros problemas depois se sobrepuseram a este e eu simplesmente passei a aproveitar a faculdade. Cresci MUITO nesses 4 meses, do dia 1º de março ao dia 1º de julho. Desde sair um pouco da barra da saia da mãe até descobrir que o amor não era nada do que eu achava que era. Não vou usar o clichê “entrei na faculdade menina e saí mulher”. Entrei menina e saí menina, mas uma menina definitivamente mais inteligente, culta e, principalmente, madura.

Eu queria falar um pouco sobre meus colegas e professores. Peço um pouquinho a paciência de vocês. Bem, se vocês não tiverem paciência, não tem problema. Às vezes a gente não precisa ser ouvida; só precisamos mesmo falar. Então aí vai:

Meus colegas de classe

*Lud – a menina mais aleatória e meiga que eu já conheci. Amei passar as aulas de Português Padrão analisando várias coisas com você – principalmente coisas que não tinham nada a ver com a matéria – e espero que ainda possamos fazer várias matérias juntas.

*Francisco – também conhecido como Santiago Borboleta, por causa do personagem do filme/livro “Crônica de uma morte anunciada” – ele ia de Santiago Nasar numa festa à fantasia. A borboleta é porque a professora disse que sempre aparecia uma borboleta nas capas desse livro. Então achamos que ia ter uma borboleta no filme também. Como não tinha, o Francisco ficou indignado... Ele é um dos melhores escritores com menos de 20 anos que eu conheço, senão o melhor.

*Júlia e Thaís – Vou confessar que no início das aulas eu ficava com medo de falar alguma coisa e ser zoada por elas... Mas depois vi que elas são superdivertidas e só zoam mesmo pra descontrair. Tenho uma grande admiração pela Júlia, porque ela é simplesmente muito culta!! E tem umas ideias que fico meio: “Cara, concordo TOTALMENTE! Mas minha mente nunca conseguiria se expressar tão bem quanto você!!”

*Mariana, Marcela e Mariana Medeiros – Não conversei muito com elas, mas, pelo que pude perceber, são três fofaaas!! As três são lindas, a Mariana M. com seu 1,87 – a única que consegue ligar o datashow sem precisar usar uma cadeira -, a Marcela com suas roupas lindas e seu cabelinho lisinho e a Mariana P. com seu cabelo loiro cacheado e olhos claros. Espero conseguir ter mais contato com vocês nos próximos semestres!!

*Jéssica – uma menina que consegue ser mais CDF do que eu – sim, meus colegas de colégio, isso é possível. Tirar 10 em Introdução à Linguística e Teoria da Literatura I não é pra qualquer um não... Nem passar pra TODAS as faculdades boas do Rio – PUC, UERJ, UFRJ, UNIRIO, Rural e UFF – ou fazer duas faculdades simultaneamente. Uma guerreira!

*Priscila – A louquinha da turma, a “menina-capivara” – alcunha dada pela Júlia -, a pessoa meio sem noção (de um jeito positivo) que fez a gente rir muito. Quando tinha uma libélula na parede e alguém quis matá-la, a Pri simplesmente disse: “Se você estivesse numa parede e alguém chegasse e te matasse, você ia gostar?”

*Paulo e Victor - acho que um é meio o oposto do outro... O Paulo fala demais e super rápido – confesso que não entendo 60% do que ele fala rsrsrs - e o Victor é bem calmo e tímido e é um especialista em signos!! Isso é muito divertido!!

*Maria Isabel - A menina que eu admiro por conseguir extrair tudo da aula da Heidrun (depois vou fazer um texto sobre meus professores e vocês vão conhecer a Heidrun). E eu amo sua camisa do Che Guevara!!

*Bruno – O mais velho da nossa turma, deve se tornar papai amanhã (seu filho, João, vai nascer!). Gosta bastante de filosofia e às vezes eu me perco um pouco quando ele fala, por ser bem teórico. Só consigo entender mesmo quando ele fala de futebol rsrsrsrs


Bem, acho que é isso... Amei passar esse período com vocês e a gente se encontra período que vem na aula de cultura Greco-latina. Aguardem um texto sobre os professores!!

Reflexão cabeça

Eu sei que nenhuma pessoa é 100% boa ou 100% má (me surpreendi outro dia quando uma amiga disse que o Gandhi maltratava a esposa dele). O ser humano é composto de dualidades, dicotomias e paadoxos que brigam dentro de nós mesmos. Não entendo muito de psicanálise, mas acho que é isso o que Freud (cito Lady GaGa mas cito Freud também, tá?) chama de “Princípio do Prazer” e de “Princípio da Realidade”. Ou seja: fazer o que você quer VS. fazer o que você deve. Tudo bem que às vezes não sabemos nem o que queremos nem o que devemos fazer, mas isso não vem ao caso. A questão é que eu acho que essa coisa do PR VS. PP está bastante relacionada com essa questão de bem e mal.

Desde pequenos, somos incitados a valorizar o PR em detrimento do PP, então isso se interioriza em nós. Geralmente, não gostamos de ver quando alguém valoriza mais o prazer do que o dever. No meu caso, acabo enxergando como vilões pessoas que não necessariamente foram más, apenas seguiram o princípio do prazer. Pessoas que cansaram de agir de acordo com o que tinham que fazer e passaram a agir de acordo com as suas vontades.

O chato é que muitas vezes minhas epifanias não servem pra nada. Mesmo sabendo dessa questão do princípio do prazer, não consigo parar de ver essas pessoas como vilões. Vai ver que é porque, nesse caso, eu fui o princípio da realidade que foi deixado de lado.