De repente me sinto mal. Vozes – ou melhor, fluxos etéreos de pensamento, uma linguagem solta que vaga pela minha mente – começam a me perturbar. E eu tenho que fazer o que elas me pedem. Não por elas, mas por mim mesma. Elas não me seguem, pois já moram dentro de mim, e gritam comigo, e se martelam em mim, e vêm com força brutal quando eu menos espero. Falam de assuntos diversos, uns agradáveis e outros (a maioria) nem tanto. Os assuntos desagradáveis não saem de uma vez só. Vou expelindo pelos dedos aos poucos. Minha mão grita pelas vozes/pensamentos/linguagem da minha cabeça. E quando uma voz cessa, outra começa.
Estarei reclamando? Sinceramente não sei. É um mutualismo, sabe? Elas surgem na minha cabeça e só querem e precisam ser expelidas. Eu as jogo pra fora e elas me ajudam, me revelam a mim mesma, me iluminam. Quando as liberto com minhas mãos – soltá-las com a boca nunca é suficiente para mim - presencio um momento mágico e único.
Eis a epifania. Eis porque eu escrevo.
Gostei do seu blog, bastante exotico!
ResponderExcluirVoce ja pensou em escrever fanfics? *-*
Beijos Lara!