terça-feira, 26 de abril de 2011

O processo

Eu passo todos os dias pela Barra da Tijuca para chegar na faculdade e, como o ônibus geralmente é lotado demais para eu ir sentada e aproveitar uma boa leitura (ou nem tão boa assim, mas whatever), eu vou apreciando a paisagem. Então imaginem a minha surpresa, no ano passado, ao ver que um supermercado Guanabara tinha surgido DO NADA no meio do caminho! Foi literalmente da noite pro dia! Num dia eu passo lá e está tudo normal e, no dia seguinte, TÃ DÃ, um Guanabara novinho em folha!

Eu me senti muito mal por não ter percebido que um supermercado gigante estava sendo construído bem debaixo do meu nariz, mas, cara, a culpa não foi minha. Por que hoje em dia existe uma moda de colocar muros ou afins na frente de grandes obras pra que ninguém veja o que está sendo construído? Ok, pode ser pra evitar que material seja roubado ou que pessoas que não tenham onde morar se apoderem do local e talz, mas vamos partir do pressuposto que os donos das obras simplesmente não queiram que o "público" veja o processo de construção.

A gente não é acostumado a viver o processo. A gente acha que um dia as coisas vão ficar prontas e aí sim vamos começar a viver, e a gente tá sempre esperando as coisas ficarem prontas. A gente quer acabar o colégio, depois a gente quer acabar a faculdade, depois a gente nunca se contenta com o nosso posto no trabalho. Quando a gente tá no posto mais alto, a gente quer a aposentadoria. Mas aí, sinto dizer de forma tão crua, a gente já vai estar com um pé na cova. Aproveite o processo! Não espere as coisas acabarem pra aí sim você ficar feliz, porque, como vi uma vez numa frase do Profile Posters, do finado Orkut, viver não é esperar a tempestade passar, é aprender a dançar na chuva. E quem pensa que só o sol pode trazer a felicidade é porque nunca dançou na chuva...


Ps: fico muito feliz ao passar perto do Barra Shopping e conseguir ver a obra monumental que está sendo feita ali, que se tornará um shopping novo da mesma rede. Não fico feliz por ver que ali vai ser um shopping novo (aliás, o que a Barra da Tijuca menos precisa é de shoppings. E de sinais de trânsito); fico feliz por poder ver a obra e não tomar um susto no dia da inauguração do shopping ;)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

1o aniversário do Pessoa Esdrúxula!!!


Aêêêêêêê!!! O Pessoa Esdrúxula está comemorando hoje um anoooooo!!! Eu sou péssima para desejar feliz aniversário para alguém (ou, nesse caso, para algo), mas vamos lá!



Pode parecer que eu só saí mais surtada de tudo, mas acho realmente que o blog me ajudou muito a organizar meus pensamentos, além de me levar a lugares que eu nunca imaginaria que iria (tipo a uma das páginas da Atrevida *___*). Sem dúvida, desenvolvi bastante a minha escrita aqui e o meu desejo de me formar também em Produção Textual (um nome mais bonito para Formação do Escritor) despertou aqui. Até eu criar o blog, eu não gostava muito de escrever, e confesso que não sabia muito bem o que estava fazendo ao colocar no ar o Pessoa Esdrúxula. Eu não gostava de escrever, não sabia escrever, e, no entanto, cá estou eu! Menos de uma semana depois que criei o blog, vi o quanto ele seria importante para me ajudar a passar pelo que passei no ano passado (nossa, que aliteração bizarra hahaha). Sem dúvida nenhuma, se eu não tivesse meu blog, tudo teria sido muito mais difícil.



Aprendi a mexer no layout do blog (porque que acompanha há muito tempo o blog vai lembrar dos layouts deploráááááveis que tinham aqui antes de eu sair na Atrevida e decidir fazer alguma coisa decente rs), aprendi a escrever, aprendi a gostar de escrever, aprendi muito de mim mesma, em resumo: aprendi. O blog me ajudou muito em muitas coisas. Então, eu quero agradecer a todos que lêem, leram ou irão ler o Pessoa Esdrúxula, aos "seguidores fiéis" e aos leitores esporádicos, aos que me acompanham desde o início, aos que me abandonaram pelo caminho e aos que estão chegando agora, aos que eu conheço pessoalmente e aos que eu conheci pelo blog. MUITO OBRIGADA MEEEEEEESMOOOOOO!!!



Infelizmente, eu estou numa época meio tensa e talvez eu não poste aqui com tanta frequência por um tempo, mas fiquem tranquilos porque o blog não vai acabar (não depois do tanto que ele me ajudou e talz). Bloqueios criativos, três matérias de literatura que exigem todo o meu tempo e algumas outras coisas estão prejudicando minha escrita, então eu peço um pouco de paciência e de compreensão pra vocês.



Bem, é isso! Espero que o Pessoa Esdrúxula possa fazer ainda muitos e muitos anos de vida!!!

Ps: desculpa por tantas fotos nesse post, mas eu simplesmente NÃO PODIA escolher uma só ;)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Você tem fome de quê?

Costuma-se acreditar que pão é necessário, água é necessária e casacos são necessários. Não nego que são. Mas, como já disseram os Titãs, a gente não quer só comida. O ser humano tem necessidades maiores que comida, bebida e agasalho. Você pode morrer de fome, você pode morrer de sede, você pode morrer de frio (literalmente, tá?), mas você pode morrer de solidão, você pode morrer de tristeza, você pode morrer de desilusão. Eu canso de ouvir que ninguém morre de amor. Não?! Imagino que muuuuitas pessoas tenham se suicidado por um pé na bunda. Quantas pessoas não matam outras e depois se matam por traição? Amor não mata? Aham, senta lá, Cláudia.


Eu tenho fome de livros, de azeitonas, de cachorros enrugados, de aulas legais, de filmes de animação, de roupas estilosas baratas, de Shanes McCutcheon. Eu tenho fome de seriados inteligentes, de abacaxi, de fofuras. De tolerância, de respeito. Mas, principalmente, eu tenho fome de pessoas.

Calma, calma. Eu não sou uma criatura antropofágica (palavra bonita para dizer “canibal”). Mas eu sinto fome/falta de pessoas legais. AMO meus amigos e sou muito grata por ter todos eles. Mas é quase uma batalha épica para encontrar alguém parecido comigo – eu quase solto fogos de artifício quando estabeleço amizade com alguém que eu tenha pontos em comum. Por mais que eu tenha amigas que são parecidas comigo, amizades nunca são demais. Logo, sinto fome de pessoas.

Sinto fome talvez de ter um relacionamento com alguém (como vocês já viram nos meus últimos posts, estou confusa agora e não sei o que quero nesse âmbito). E, como qualquer fome, esta é incômoda, dolorida, você simplesmente não pode ignorá-la. Não dá pra tentar focar em outra coisa porque a fome tira toda a sua concentração. Você só consegue prestar atenção na fome. Essa não é, entretanto, uma fome que passará com qualquer relacionamento, com qualquer pessoa. Tampouco é uma fome de UM relacionamento específico com UMA pessoa específica que eu tenha em mente. Às vezes eu acho que estou perto de matar essa fome, mas depois vejo que é só ilusão. Que eu não sei por quanto tempo vou ter que suportar essa fome. E eu tenho que aguentar, né? Que outra escolha eu tenho? Morrer de fome?

Só me resta seguir faminta até encontrar alguém. Ou até perceber que já encontrei alguém para matar a minha fome.