quarta-feira, 30 de junho de 2010

Like a Rolling Stone?

“Chorei tanto que as lágrimas acabaram”
“Whole” – DJ Milky

Ontem, ao sair da faculdade, tava me sentindo meio mal e pensei: “Preciso desabafar. Algumas lágrimas seriam bem vindas agora.” Minha surpresa foi grande ao ver que não conseguia chorar. As lágrimas não saíam. Tentei de novo, mas elas não apareceram. Fiquei quase com medo. Em 17 anos de vida, isso nunca tinha acontecido antes. Já aconteceu de eu ter que parar de chorar de tanta dor de cabeça, de eu parar de chorar pra não acordar com a cara inchada no dia seguinte, de eu parar de chorar pras pessoas simplesmente não descobrirem que eu tava chorando. Mas ontem foi MUITO estranho... Será que minha fonte de lágrimas – biologicamente falando, não metaforicamente – secou? Metaforicamente, ainda não secou. Eu sofro, minhas feridas ainda doem – principalmente quando alguém bota um dedo nelas -, apesar de doer cada ver menos. Como o Francisco – amigo de faculdade e dono do blog www.aventuramomentanea.blogspot.com – comentou no texto “Time after time”, não há ferida que o tempo não cure. Pra mim, sofrer sem chorar é como uma infecção sem febre; é um sofrimento interno sem nenhuma manifestação externa.

Uma luzinha acabou de acender na minha cabeça. Minha forma de externalizar agora é botar meus sentimentos em palavras. Escrevo compulsivamente há umas cinco semanas. E é mais ou menos essa a quantidade de tempo que não choro. Duas ou três lágrimas de vez em quando rolam, mas aquela coisa de desfigurar o rosto, aquele estado deplorável... isso tem tempo que não acontece. Cara, que divertido!! Nunca tinha pensado que escrever pudesse ser uma terapia tão forte que seca minhas lágrimas.

Eu estava começando a achar que estava virando uma pedra, mas provavelmente ainda não é dessa vez. Talvez fosse melhor pra mim parar de ter sentimentos por um tempo, virar uma espécie de Dr. House, Dexter – o psicopata da série, não o gênio do desenho animado -, Vandinha Addams ou qualquer outra criatura blasé desse mundo. Tenho uma amiga que é uma pedra e é superfeliz desse jeito. Mas a minha vida não é como eu quero. Conseguir parar de chorar foi uma vitória e tanto. Virar uma pedra talvez seja pedir demais do meu inconsciente...

terça-feira, 29 de junho de 2010

Hipocrisia? Não, epifania!

Minha melhor amiga leu o texto “Misery Business – o erro de Hayey Williams” e disse que eu estava sendo meio hipócrita, pois agia exatamente como a Hayley enquanto estava namorando. Carol, você mais do que ninguém sabe o quanto amadureci ultimamente – acho que a prova disso é o blog; meus textos são 100% sinceros* e acho que através deles dá pra ver todo o meu processo evolutivo em termos de pensamento a respeito de questões amorosas. Se critico a atitude da vocalista do Paramore e fazia algo semelhante antes, não é porque sou hipócrita; é porque evoluí e vi o quão babaca eu estava sendo em agir como ela, entendeu?


*O único problema a respeito da sinceridade dos meus textos é que eu sou uma metamorfose ambulante. Ou seja, o que eu escrevo hoje pode não ser mais verdadeiro pra mim amanhã... Mas, no momento em que escrevo, estou sendo totalmente sincera.

O amor e a música - parte dois

Consegui pensar em mais três tipos de situações musicais que têm um correspondente na vida amorosa dos seres humanos. Aí estão:


• Os projetos paralelos – As bandas cujos integrantes tocam em outras bandas.

Representantes do gênero: White Stripes/Raconteurs; Fresno/Beeshop... Vocês sabem que tem mais, mas não consigo lembrar de mais nenhuma.

Correspondente moroso: os casos extraconjugais. Você não conhece, quando conhece, não gosta e provavelmente não vai fazer tanto sucesso.

• As bandas que seguiram em frente – Aqueles casos em que a banda terminou e os integrantes estão seguindo as suas vidas em outras bandas

Representantes do gênero: Blink 182 – Angel & Airwaves; Guns n’ Roses/Stone Temple Pilots – Velvet Revolver; Charlie Brown Jr. – Nove Mil Anjos (risos...)

Correspondente amoroso: É o caso das pessoas que terminam um namoro bem visto por todos e começam a sair com outra pessoa. Assim como nas bandas, você provavelmente vai ter uma certa antipatia pela nova pessoa e, mesmo que goste dela, não vai gostar tanto quanto a “original”. Ou alguém aí conhece alguém que fale: “Cara, Guns n’ Roses é um lixo!! Mas o Velvet Revolver é bom demaaais!!!”? A pessoa até pode ser gente boa, mas o preconceito sempre surge nessa hora...

• Carreira solo – Às vezes pra conseguir mais atenção pra si mesmo, às vezes porque a banda acabou mesmo, às vezes porque a pessoa toca sozinha mesmo. Pode ser bem sucedida ou não.

Representantes do gênero: Que tocavam em bandas - Sting (The Police); Paul McCartney (Beatles); Rita Lee (Mutantes); Cláudia Leitte (Babado Novo); Fergie (Black Eyed Peas); Beyoncé (Destiny’s Child), Courtney Love (Hole), etc.

Que tocam sozinhos – Avril Lavigne, Pitty, Pink, Katy Perry, Lenny Kravitz, Alanis Morissete, etc.

Correspondente amoroso: Os solteiros. Por opção ou não, bem sucedidos ou não.


Só consegui pensar nesses três. Se vocês pensarem em mais, me avisem!

GaGa vs. Lama

Tinha escrito um texto (que não virá pro blog) e, num determinado momento, citei uma frase da Lady GaGa. Ao mostrar esse texto pra minha melhor amiga, ela disse que eu podia tirar a parte da citação, pois, no texto, parecia que eu a tinha como um guru – tipo o Dalai Lama. Comecei a pensar nisso e vi que o importante não é quem fala, mas sim o que fala e como isso vai te afetar. Ultimamente, TUDO me faz refletir: outdoors, letras de músicas, frases de amigos, filmes, mangás, comerciais, conversas simples. Como diria Jimmy Neutron, “ideias a mil”. Tá vendo? Eu me comparo a tudo, faço analogias aleatórias que podem parecer bizarras demais, mas é meu jeito de me relacionar com o mundo. E daí que eu transcrevo GaGa, Jimmy Neutron ou Avril Lavigne ao invés de Freud, Lama, Dostoievski ou, sei lá, Flaubert? Se eles iluminam minha mente com declarações e eu consigo pensar melhor através do que eles falam, porque não os citar? Também tenho epifanias ao ler Freud ou Dostoievski, mas esses caras já são cabeçudos e bons demais por natureza. Talvez tirar proveito de frases dessas criaturas pop seja um talento melhor do que ter orgasmos intelectuais com os cabeças.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Poison Heart

“I just wanna walk right out of this world
‘Cause everybody has a poison heart”
“Poison Heart” – Ramones

Eu ODEIO descobrir fatos negativos sobre alguma pessoa que eu tinha num pedestal, ou que pelo menos levava em consideração, e essa semana eu descobri de umas 5. É horrível quando você achava que uma pessoa era de um jeito, mas, na verdade ela é totalmente diferente. Aí dá uma vontade louca de só escutar “Poison Heart” e ficar cantando o refrão o dia inteiro. Mas, na verdade, as pessoas não têm culpa da sua projeção em cima delas - o que não tira a dor de ver que seus heróis parecem mais vilões.

Às vezes eu fico pensando: não, agora eu vou parar de ser boazinha com as pessoas que são filhas da mãe comigo. Mas descobri que eu simplesmente não sou assim. Eu não sei ser má (pelo menos, não intencionalmente). A questão é: vale a pena ser mau, fazer o outro sofrer para ter vingança?

Nunca acreditei muito naquela célebre frase do “Chaves”: “A vingança nunca é plena; mata a alma e a envenena.” Desde que fui iludida pela primeira vez, aos 13 anos, comecei a ter um desejo de vingança contra quem me magoa. Mas hoje fui perceber que, na verdade, a vingança é um ciclo interminável. Alguém te magoa, você magoa a pessoa, aí ela fica com raiva e te magoa, aí você se irrita e magoa ela de volta... Chega! Você tem todo o direito de não querer mais falar com ele/ela, de tratar friamente, de ignorar ou de cumprimentar para não criar um clima chato, por exemplo. Mas você não tem o direito de fazer mal pro outro. Eu não sei se acredito que tudo o que você faz pros outros acaba voltando pra você, mas seria bom se isso fosse verdade. Infelizmente, o universo não é justo, apesar de todos nós podermos tentar fazer com que ele fique menos injusto. Isso não é uma ideia do tipo “Nós podemos mudar o mundo”, mas devemos pensar que o mundo é cada um de nós. Se cada um mudar o modo de pensar e agir, vamos viver num lugar melhor.

Ainda um pouco nesse nível “We are the world” e relacionando isso com a vingança, acabei pensando em todas as guerras que a humanidade já passou. Tudo pelo quê? Ganância, vingança, inveja. E milhões de inocentes sofrem. Cansei disso. Uma das frases mais lindas que já ouvi foi uma das principais ideias do budismo: “Apesar do mal, faça o bem”. É simples e, se todo mundo tentasse viver ela, não teríamos tantos problemas, ou pelo menos eu acho. Recebo o mal, a falsidade, as mentiras, as manipulações, mas cansei de tentar pagar tudo na mesma moeda. Como dizia o profeta: “Gentileza gera gentileza”. O problema é que as pessoas confundem gentileza com falsidade, e hoje não sei como ser gentil com determinadas pessoas sem parecer falsa. Lembrei-me agora de Gandhi, que conseguiu a independência da Índia sem levantar uma arma. A gentileza desconcerta as pessoas, e é melhor você vencer uma guerra entregando flores, mostrando que você é uma pessoa boa demais pra jogar sujo, do que atirando em todos que aparecem na sua frente.

Não terei pensamentos livres de vingança o tempo todo, mas tentarei ser bem mais gentil. Venham com pedras, irei com flores. Esse é o único modo que tenho de me defender, já que não consigo ser má.

Acho que isso é uma bandeira branca...

She eyes me like a Pisces when I'm weak

Essa frase é da música “Heart-Shaped Box”, do Nirvana, que o Kurt Cobain fez pra Courtney Love – gente, me desculpa se eu falo muito dela, mas é que, ultimamente, tudo é inspiração para escrever. E como tenho voltado às minhas raízes rockeiras, é inevitável que a Courtney, minha diva, seja inspiração para os meus posts. Enfim. Sobre o que quero falar não é o Nirvana, ou o rock, ou nada assim. Quero falar sobre os piscianos.

Olha, eu duvido MUITO que os signos não tenham nada a ver com a nossa realidade. Eu sou 100% pisciana e isso me influencia bastante. Algumas pessoas dizem que é pura besteira, mas, se você me conhece, vai me reconhecer aí embaixo, numa perfeita descrição pisciana.

Nasci no dia 26 de fevereiro de 1993, logo, sou pisciana – assim como o Kurt Cobain, o Bon Jovi, o escritor francês Victor Hugo (que nasceu no mesmo dia que eu), o Bruce Willis, Einstein, Sharon Stone, Shaquille O’Neal, Vivaldi, Alexander Graham Bell, Renoir e a Drew Barrymore. Ou seja, como diria minha professora de geografia, não é pouca porcaria não. Nós que nascemos de 20 de fevereiro a 20 de março somos pessoas extremamente sensíveis. Magoar um pisciano é a coisa mais fácil do mundo, se você souber pegar a época certa – porque existem épocas que estamos super pra cima e nada nos abala. Nós nos ligamos mais nos pequenos detalhes do que numa m. gigantesca, nos magoamos mais com as pequenas coisas. É melhor você chegar de uma vez e falar “Olha, não quero mais ser seu amigo por causa disso e disso” do que ficar dando indiretas, indícios. Valorizamos muito a sinceridade, pois esta nos machuca menos do que os pequenos gestos. No entanto, como somos passivos, aturamos tudo calados, vamos aguentando, aguentando, aguentando... até que não aguentamos mais. E tomamos uma atitude? Não! Choramos!! O pisciano se amarra num choro, mas não porque quer. Nossa extrema sensibilidade e passividade transforma essa dicotomia sofrimento+choro numa constante na nossa vida. Mas o bom é que o choro tem um poder 100% restaurador. É quase um remédio; choramos, choramos, choramos e depois ficamos bem. Bem mesmo!

Somos pessoas EXTREMAMENTE sonhadoras e românticas. Imaginativas e criativas. Acho que “visceral” é a palavra que melhor descreve o pisciano. A gente se entrega, e sonha, e imagina 500 mil coisas, e pensa no futuro, e tem planos mirabolantes, e sofre, e chora, e fica bem... Sabe uma personagem fictícia que eu acho que deveria ser pisciana? A Luna Lovegood, do “Harry Potter”. Ela é completamente avoada, sonhadora, criativa... Ela é muito parecida comigo!! Tudo bem que aí eu acho que já vai além do signo, porque nem todo pisciano é bonzinho – apesar de passivo –, estranho, aleatório, sem medo de parecer ridículo, leal e meio sem-noção (de um jeito simpático).

O que acho divertido disso tudo é que essas características não são qualidades nem defeitos. São exatamente características! Tudo vai depender da dosagem de cada uma na sua vida. Uma outra característica do pisciano é ser omisso. Somos seres políticos, não gostamos de tomar partido em brigas. Preferimos a paz e tentamos resolver tudo na base do diálogo - NUNCA conheci um pisciano barraqueiro. Algumas pessoas confundem omissão com falsidade, o que não tem nada a ver. Falsidade é fazer uma coisa pela frente e outra por trás. Omissão é diferente. Simplesmente não dizemos nossa opinião para não nos metermos em confusão alheia.

Você ainda acredita que os signos não influenciam em nada a nossa personalidade?

Sugar, sweety, honey...

Em inglês, esses substantivos são usados como adjetivos carinhosos. Em português, até usamos “Ela é um doce”, mas não com tanta frequência. Algumas pessoas me zoam me chamando de “Docinha”, por causa da diabetes, não pelo fato de eu ser uma pessoa boazinha.

Uma amiga da aula de inglês passou por aqui, leu meus textos e disse que eu sou muito ácida e que achava que eu não era assim. Não interpretei isso como uma crítica negativa, porque, de fato, sou muito ácida aqui. Mas a questão é que eu realmente sou um doce de pessoa. Eu sou uma fofa, ingênua, que, mesmo querendo, não consegue magoar os outros. Não sei como ser falsa, má, barraqueira... E isso é verdade. Tentei ser má, tentei parar de ser boazinha com as pessoas que ficam felizes em me ver mal. Mas é como a Courtney Love disse: “Não seja amargo e cruel porque você não se encaixa, isso é um DOM” e eu não tenho esse dom. Eu tenho o dom de transformar a minha raiva e ódio contra essas pessoas em palavras. Por isso sou amarga aqui. Não sei se isso é bom ou não. Deixo minhas ideias expostas pra todo mundo, mas sou incapaz de arquitetar um plano malévolo para ferrar aquela pessoa, sem ela descobrir que fui eu. Queria ter uma inteligência manipuladora para tanto, mas não tenho. Então tenho que continuar sendo ácida por aqui; é meu jeito de ter minhas “sweet revenges”.

Sweet Dreams

Eu nunca acreditei muito no significado dos sonhos não. Sempre achei uma coisa meio abstrata, como horóscopo e biscoitinho da sorte. Você lê o significado e tenta achar alguma coisa que vai se encaixar na sua vida. Bem, eu acreditaVA nisso. Hoje eu realmente acho que os sonhos possam ter algo de premonitório em seus significados. Ou seja: você pode até sonhar que o Lima Duarte pediu a sua vó em casamento – como aconteceu com uma prima minha -, mas provavelmente isso não vai acontecer na vida real. Você deve procurar o significado disso, não partir para uma interpretação literal.
Um dia, eu sonhei com uma coisa cujo significado parecia totalmente impossível naquele momento. No dia seguinte, tal coisa aconteceu. E nem me liguei na hora, só fui me dar conta uns dois dias depois. Por isso que mudei meu modo de ver os sonhos. Desde então, acordo e vou ver logo o significado dos meus sonhos. Às vezes, fico meio cabisbaixa, porque vêm algumas coisas como “Cuidado para não ter prejuízo financeiro” ou algo do gênero – aliás, quase todo sonho meu significa “Cuidado para não ter prejuízo financeiro”. E olha que eu sonho com coisas bem variadas!!

Enfim. Estou escrevendo este texto às 7h30 da manhã de um domingo porque tô com insônia e prefiro ficar acordada do que ter certos pesadelos. Mas queria mesmo era contar o significado do sonho que tive: sonhei que estava dirigindo um carro com um amigo meu que não via há séculos e que a gente ia viajar pra casa dá minha avó. Detalhe: eu não sei dirigir, ou seja, o caro ia aos trancos e barrancos. Aí fui procurar o significado de “carro” e “viagem”:

• Carro – Um automóvel em movimento significa prosperidade. Andar de carro sinaliza mudança de estado civil.

• Viagem – Este sonho pode ter várias interpretações de acordo com os elementos que aparecem nele. Geralmente, anuncia uma mudança pra melhor na sua vida.

Será que isso vai REALMENTE acontecer?? Espero que sim. Não sei se o modo como eu dirigia – aos trancos e barrancos – vai ser como o meu relacionamento vai andar. Duvido um pouco. Eu sou bem tranquila, por incrível que pareça – mas isso já é ideia para outro post.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Misery business – o erro de Hayley Williams

Como boa parte das pessoas de 17 anos, curto Paramore. Não sou fã doente, nem acho que eles são a melhor banda do mundo, nem tenho todas as músicas no meu mp3. Mas escuto as músicas mais famosas e não tenho nenhuma grande crítica à banda. No entanto, outro dia estava analisando a letra de “Misery Business”, a música que fez com que o Paramore estourasse, e fiquei tipo: “O quê? Não, a Hayley não escreveu isso...”. A letra tem trechos impagáveis, como “Second chances they don’t ever matter, people never change / Once whore, you’re nothing more, I’m sorry, that will never change”*, mas essa música tem um erro grotesco. Se vocês não perceberam o erro da Hayley, aqui está:

“I waited eight long months
She finally set him free
I told him I couldn’t lie
He was the only one for me”**

Hello-ou!! Hayley, você é uma diva do rock!!! Se uma whore caught him by the mouth when you thought he was yours, você vai esperar ele por eight long months***? Peraí, né? Cadê sua atitude? Cadê o amor próprio? Manda eles às favas e vai procurar outro amor da sua vida. Ele tem tanta culpa quanto ela! Tudo bem, você pode fazer uma música xingando ele, ela, o mundo, quem você quiser; pode ficar triste, chateada, irritada; pode dizer que está bem melhor sem ele. Mas você NÃO PODE ficar esperando um cara que te trocou por uma outra qualquer DURANTE OITO MESES!!!! Realiza, Hayley! Além disso, não existe essa de “He was the only one for me” Ninguém é único pra ninguém. Imagina se cada um só tivesse possibilidade de ficar UMA pessoa no mundo? Quem garante que essas pessoas nasceriam no mesmo país? E quem garante que essas pessoas sequer se encontrariam? A gente faz as pessoas serem perfeitas pra gente ou não. Num mundo de 6 bilhões de pessoas, é ingênuo demais acreditar que só UMA pessoa vai nos fazer feliz.


Traduções dos trechos (eu sei que a maioria sabe inglês, mas para quem ficou com alguma dúvida)

* ”Segundas chances não importam, as pessoas nunca mudam / uma vez vagabunda, você não é nada mais (além de vagabunda), me desculpe, isso nunca vai mudar”

**”Eu esperei oito longos meses até ela finalmente libertá-lo / Eu disse pra ele que eu não podia mentir, ele era o único pra mim”

*** Se uma vagabunda pegou ele pela boca quando você achou que ele era seu, você vai esperar ele por oito longos meses?

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Time after time

“Um dia eu chorei. Mas quer saber de uma coisa? Que se dane aquele dia! É por isso que Deus, ou seja lá quem for, faz novos dias.” Claireece Precious, no filme “Preciosa

“Lying in my bed I hear the clock tik
And think of you
Cought up in circles,
Confusion is nothing new
Flashbacks, warm nights
Almost left behind
Suitcase of memories
Time after time”
“Time after time” – Cyndi Lauper

Parar de gostar de uma pessoa é sinônimo de esquecê-la? Pode parecer estranho, mas não. Esse é meu primeiro caso em que isso acontece isso. Não gosto mais, mas não consigo tirar da cabeça. Não necessariamente por ainda querer algo – não quero – mas... na verdade não sei porquê. Talvez seja simplesmente porque não se esquece dois anos e meio em quatro semanas. Eu tô bem, rindo, contente, me sentindo mais inteligente, meu coração tá fazendo POP de novo*, mas, a cada vez que eu penso no que aconteceu, sinto uma dorzinha. É praticamente impossível uma pessoa estar COMPLETAMENTE recuperada quatro semanas depois de um pé na bunda, cantando, sinceramente, as duas melhores frases de “Gives You Hell”, música do The All-American Rejects: “And truth be told, I miss you/ And truth be told, I’m lying!” Não o quero mais, mas acho que é difícil se acostumar à ideia de não o ter mais aqui. E é isso que causa a dor.

E agora me diz: o que a gente faz quando tá com dor? Toma dorflex!! E qual é o maior analgésico para isso que existe? O tempo!! Desculpem-me se estou sendo muito clichê, mas é verdade! Hoje minha dor é MUITO menor do que há quatro semanas. E daqui a quatro semanas provavelmente vai estar menor ainda (ou pelo menos eu espero...). Eu só precisei esquecer uma pessoa antes, e isso foi há 4 anos atrás, quando eu tinha 13 anos. Demorei 5 (loooongos) meses para esquecê-lo, mas consegui. Tudo bem que a situação era outra, mas o que quero deixar claro é que, mais cedo ou mais tarde, vou esquecer. Num caso desses, além dos seus amigos, você tem dois grandes aliados: o tempo e um violão (porque escrever músicas é simplesmente bom demais!!). O violão eu sei tocar; o tempo, eu espero passar.

*se você achou essa parte do meu coração fazendo POP brega, veja o filme “Letra e Música”, com a Drew Barrymore e o Hugh Grant. Ou só veja o vídeo de “POP goes my heart” no youtube.

Crying – part two

Tem um bom tempo que não choro; não é que não me permita chorar, é que não tenho vontade mesmo. Mas tinha decidido escrever esse texto há umas duas semanas, quando li, na aula de Formação do Leitor, o texto “Menino a bico de pena”, da Clarice Lispector. O texto é sobre a ascensão do sujeito, ou seja, como nós nos tornamos nós, como temos o clique e descobrimos: “Eu sou eu”. O conto é sobre um bebê que está descobrindo o mundo, e sobre como ele percebe todas aquelas novidades. E um momento fantástico é quando ele chora. Transcrevo abaixo o trecho em que ele acorda completamente aterrorizado pro não ter a mãe por perto:

“A água secou na boca. A mosca bate no vidro. O sono do menino é raiado de claridade e calor, o sono vibra no ar. Até que, em pesadelo súbito, uma das palavras que ele aprendeu lhe ocorre: ele estremece violentamente, abre os olhos. E para o seu terror vê apenas isto: o vazio quente e claro do ar, sem mãe. O que ele pensa estoura em choro pela casa toda. Enquanto chora, vai se reconhecendo, transformando-se naquele que a mãe reconhecera. Quase desfalece em soluços, com urgência ele tem que se transformar numa coisa que pode ser vista e ouvida senão ele ficará só, tem que se transformar em compreensível senão ninguém o compreenderá, senão ninguém irá para o seu silêncio, ninguém o conhece se ele não disser e contar, farei tudo o que for necessário para que eu seja dos outros e os outros sejam meus, pularei por cima da minha felicidade real que só me traria abandono e serei popular, faço a barganha de ser amado, é inteiramente mágico chorar para ter em troca: mãe.”

Quero me prender à última frase. “É inteiramente mágico chorar para ter em troca: mãe.” O bebê chora porque ele não tem linguagem – gente, linguagem é diferente de comunicação, tá? – e sua única forma de comunicação é o choro. Ele chora e consegue o que quer. Se não consegue, vai continuar chorando até que lhe atendam. E vocês já pararam pra analisar que muitas vezes agimos exatamente do mesmo jeito (as mulheres, provavelmente, mais que os homens)? A gente não consegue o que quer e chora não para desabafar, mas para ver se alguém se sensibiliza e nós dá o que queremos. Tanto é que dificilmente choramos para nós mesmos.

O choro é algo meio desesperador para quem tá do lado de quem está derramando as lágrimas. A gente só quer que a pessoa pare de chorar!! Algum personagem de “Alice através do espelho” diz para a menina: “Considere a menina grande que você é. Considere a longa distância que percorreu hoje. Considere que horas são. Considere qualquer coisa, mas, por favor, não chore!”. Quando alguém perto de você começa a chorar, você simplesmente começa a fala um monte de coisas (às vezes até falsas) para que a pessoa simplesmente se sinta melhor e pare de chorar. O choro alheio é irritante, agonizante e vergonhoso. Sinto vergonha alheia quando vejo alguém chorando copiosamente – e ODEIO sentir vergonha alheia... O curioso é que não tenho vergonha de chorar copiosamente se estiver ao lado dos meus amigos. Mas eles devem odiar me ver chorando. É horrível aquela sensação de incapacidade, de ver a pessoa chorando e você saber que, qualquer coisa que você falar, vai ser tão sem sentido pra ela quanto “Considere que horas são, mas não chore”.

Eu só queria deixar mesmo essa reflexão: será que somos apenas bebês grandes nesse aspecto e, quando estamos aterrorizados, choramos para ter algo em troca?

A escrita

 No mangá “Princess Ai”, a personagem-título diz: “Só me importo com uma coisa: achar um jeito de salvar meu mundo. Talvez o poder da minha música possa ajudar...”. Comigo acontece quase a mesma coisa; a diferença é que, ao invés da música, eu tenho a escrita. Escrever é algo incrível, principalmente porque nem sabia que sabia escrever bem. Ter um texto com uma boa estrutura é fácil: é só ter um bom professor como eu tive (beijo, Janice!). Ter algo a dizer e dizer isso de forma interessante é que era meu problema. Acho que agora, devido às minhas 500 epifanias por dia, tenho algo a dizer, senão para vocês, para mim mesma. O escritor raramente escreve para os outros. Geralmente ele escreve para que aquela ideia simplesmente pare de atormentá-lo e para que ele possa ter alguns minutos de paz até que outra ideia venha perturbá-lo. Eu não mais tenho pretensões de escrever livros e ganhar prêmios, como eu queria aos 13 anos. Hoje eu só quero me expressar. Tenho essa necessidade dentro de mim, não é algo que eu me forço a fazer. As palavras simplesmente saem! E elas estão saindo cada vez mais, estou virando uma escritora compulsiva; escrevo praticamente um texto a cada dois dias!!
Quando a Pitty foi no “Irritando Fernanda Young”, achei muito interessante pois elas disseram que a mente artística trabalha melhor na tragédia; talvez seja pelo que escrevi há alguns posts atrás: a tragédia lança uma luz sobre a situação e faz com que você enxergue coisas que não conseguia antes. Seja lá pelo motivo que for, concordo com elas. Eu não escrevia até minha pequena tragédia acontecer. Será que devo agradecer por tudo? Acho que fiquei um pouco mais inteligente, mas isso talvez não seja bom... Por quê? Bem...

Toda essa ideia de “Burros são felizes” quando eu tava no segundo ano do Ensino Médio. Um dia a professora de português chegou na sala e um amigo comentou: “Nossa, professora! Tá bonita hoje, hein!!” Aí ela virou: “Eu fiz quatro anos de faculdade pra você elogiar minha beleza, João?” A partir daí ela começou um discurso sobre inteligência X beleza e, no fim, disse que as pessoas inteligentes são mais infelizes pois elas acabam pensando sobre mais coisas e às vezes descobrem verdades aterrorizantes. “Ou seja, bonitos (ela chamava a gente de “bonitos” e “bonitas”): sejam burros!” Eu adoro essa professora, mas infelizmente tive que vir pra faculdade e deixar ela no colégio... Enfim. A questão é: fiquei mais inteligente quando ser mais burra poderia ser o ideal para sofrer menos. Que se dane. Desde que eu possa me expressar através das palavras, ou seja, desde que eu tenha essa minha válvula de escape – a escrita – eu vou ficar bem!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Amigos loucos e sérios – Oscar Wilde

“Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Louco que senta e espera a chegada da lua cheia.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade palermice, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.”
Carol, Didi, John e Marco (the pentagram rsrsrs); Bella e Lud (PUC); Line e Thaís (felizmente parte da minha família): esse texto é dedicado a vocês. Obrigada por fazerem parte da minha vida. Sem vocês meus dias passados, minhas viagens de ônibus, minhas aulas (na escola e na faculdade), minhas férias, meus momentos de bobeira seriam UM SACO. Amo vocês!!!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O amor e a música

Ao contrário do que pode parecer, esse texto não é sobre “Love songs”. É uma comparação dos relacionamentos amorosos em geral com as carreiras de músicos. Tá achando estranho? Eu explico. Ontem eu queria muito escrever um conto sobre quando gostamos de alguém mas essa pessoa simplesmente não é pra gente (por uma série de motivos). A inspiração para escrever o conto não veio e fui dormir. Ao deitar na cama e fechar os olhos, tive uma “epifania metafórica”, que vou descrever agora:


• Os “One hit wonders” – são aqueles artistas que fazem um sucesso estrondoso com apenas uma música, ou, no máximo, duas. Depois da explosão repentina, somem da sua vida.

Representantes do gênero: Felipe Dylon, Rouge, Extreme (“More Than Words”), Mc Leozinho, Toni Basil (“Mickey”), The Romantics (“What I like About You”), etc. etc. etc.

Correspondente amoroso – é aquela ficada única, perfeita naquele momento, mas que nunca vai ter futuro. Pode até ser que role uma paixonite e não saia da sua cabeça, mas não vai pra frente, não vai fazer sucesso.

• As bandas decadentes – são artistas que fizeram muito sucesso no passado, mas que hoje estão detonados e que deveriam ter parado de tocar.

Representantes do gênero: o maior exemplo pra mim é o Guns n’ Roses. O Axl tá gordo, com umas trancinhas que não combinam com ele, perdeu a voz que o caracterizou e, da formação original só restou ele. Preciso dar mais exemplos??

Correspondente amoroso – aquele namoro que não é mais o mesmo do começo, no qual seu namorado é um total estranho (mesmo que não esteja gordo e com trancinhas no cabelo) e todos vêem que o melhor a fazer é terminar. Menos você.


• Os “pararam no auge” – aquelas bandas que souberam ou tiveram que parar no auge e foram imortalizadas assim.

Representantes do gênero – uma das poucas que consigo lembrar agora, além do Ramones, é o Nirvana, que teve que parar no auge por conta da morte do Kurt Cobain. Aliás, o Kurt disse em sua carta de despedida: “É melhor queimar do que se apagar aos poucos.” Para um rockstar, não há dúvida que essa frase é válida.

Correspondente amoroso – aquele namoro que termina no auge, com as duas partes ainda sendo amigas; será lembrado pelos dois como um ótimo período de tempo, mas que “teve que chegar ao fim”.


• Os “Forever and Ever – as bandas que tem 20, 30, 40, 50 anos de carreira e ainda continuam no auge!!

Representantes do gênero – U2, Rolling Stones, KISS, Police, Madonna.

Correspondente amoroso – aquele namoro/casamento que dura pra sempre e você acha que só vai acabar quando um dos dois morrer.


• As incógnitas – bandas que parecem promissoras mas você não faz ideia se vão pra frente ou não.

Representantes do gênero – todos os cantores da Disney (Miley Cyrus, Jonas Brothers, Selena Gomez, Demi Lovato, Taylor Swift – eu sei que ela não é da Disney, mas se enquadra aí)

Correspondente amoroso – esse é meio óbvio: é exatamente a ficada/namoro que empolga pra caramba mas você não sabe se vai dar certo.


• As vergonhosas – aquelas que você olha e diz: “Não acredito que um dia fui capaz de gostar disso!!!”.

Representantes do gênero – Chiquititas, Rouge, É o Tchan... Daqui a um tempo: Cine, NX Zero...

Correspondente amoroso – aquele ficante/namorado que era maravilhoso naquela época, mas hoje em dia você se pergunta: “O que eu vi nele???”


• Os “normais” – aquelas que fazem parte do ciclo da vida; que acabaram de um jeito normal (e que, se tentam voltar, fazem um sucessinho básico e depois desaparecem de novo) ou que estão aí na atividade também de um jeito normal.

Representantes do gênero – As que acabaram - Spice Girls, Blink 182, The Killers, NSync

- As que ainda existem – Mika, Good Charlotte, McFly, Gwen Stefani etc. etc. etc...

Correspondente amoroso – simplesmente aquele relacionamento que fez/faz parte da sua vida. Nem o melhor que você teve, nem o pior. Normal.



Gente, meu texto vai parando por aqui. Se vocês pensarem em algum outro tipo de músicos que eu esqueci, me avisem que eu tento fazer um correspondente amoroso.

(E lembrem-se: comentar não faz mal!!)

terça-feira, 15 de junho de 2010

Nostalgia

Nostalgia é uma palavra que me lembra algum tipo de remédio amarelo em gotas. Não sei se associo a Novalgina; provavelmente é isso que acontece. A palavra pode até me lembrar algo não muito agradável, mas a sensação... A nostalgia é o sentimento que mostra que o passado valeu a pena. Eu li uma vez um texto de uma jornalista chamada Rita Trevisan (www.caixapostalblog.blogspot.com) que falava sobre a duração das coisas. Essa leitura fez com que eu pensasse bastante e eu vou transcrever as principais ideias aqui.
Quando não é a gente quem coloca um ponto final em determinadas situações, é como se estivessem nos roubando algo. Mas, em geral, isso que nos “roubam” não era nosso, na realidade. A ideia era que a gente aproveitasse um período. E só. O problema é que começamos a desejar que certas coisas durem PARA SEMPRE só porque NAQUELE MOMENTO nos parecem convenientes. Com o tempo, as coisas voltam a ser do tamanho que sempre foram, descontados os exageros das nossas expectativas. E novas oportunidades se abrem à nossa gente, maiores e melhores (ou não... porque nem tudo que vai vir depois vai ser melhor; vai continuar vindo porcaria também, faz parte da vida).

No fundo, todos os romances, as amizades e as oportunidades duram o tempo exato, o suficiente para que a experiência valha a pena. O que acontece é que a vida vai e vem, em ciclos. E algumas coisas precisam terminar para que a gente se sinta livre, forte, capaz de se jogar no novo. Recomeçar sempre dá um friozinho na barriga. Mas é preciso se desprender do passado para juntar focas e perseguir outros objetivos. Se não foi ou não é mais, paciência. Importante é ver o lado bom do desafio: agora precisaremos exigir mais de nós mesmos para vencer as dificuldades que estão ali bem na nossa frente – e que só poderão ser tiradas do caminho com o nosso esforço pessoal. Dá medo, mas é bom. Que graça teria a vida se ela fosse sempre a mesma coisa, se a gente ficasse acomodado ao que é conveniente? Como diz Courtney Love em “It’s all over now, Baby Blue”, “Highway is for gambers” (algo como “a estrada é para apostadores”). E você não precisa fazer faculdade de Letras como eu para saber que a “Highway” é uma metáfora para a vida. Ou seja: viver é ariscar, é apostar, é perder tudo num dia e ganhar tudo de volta no dia seguinte. Viver é sair do bom e às vezes ir pro pior, às vezes ir pro melhor. Não importa o quanto a felicidade dure. Perder, chorar, sofrer... Tudo isso é próprio do humano, sem isso seríamos robôs; sem isso cometeríamos os mesmos erros sempre; e, acho que mais importante, se não existisse a tristeza, não teríamos noção do que é felicidade. Do mesmo modo, se tudo fosse eterno, não aproveitaríamos tanto o passado. Sentir saudades é bom: mostra que você foi feliz no seu passado e te inspira a faze coisas memoráveis no seu presente para que, no futuro, se torne um passado saudoso.

Um exemplo beeem bobinho, mas que acho que vocês vão gostar é o caso dos desenhos animados e programas que víamos quando éramos menores. Eu duvido muito que você ainda vê os desenhos da sua infância que ainda passam na TV. Mas se você conversar com um amigo sobre os programas vai ficar tão nostálgico e se perguntando: “Por que não passa mais?? Eu veria! Era tão bom...”. Não, você não veria. 99% dos espectadores não veriam. Sabe por quê? Porque nos era conveniente naquele momento da nossa infância. Você pode até ver de vez em quando “Meninas Superpoderosas”, mas duvido que elas – ou qualquer outro herói de infância – tenham EXATAMENTE a mesma influência na sua vida.

Então, aproveitando que eu tô falando de nostalgia, saudosismo e desenhos animados antigos – ou pelo menos que fizeram parte da minha infância na década de 90 – aqui estão algumas aberturas de programas que eu amava e que boa parte de vocês deve adorar também. Apreciem (de novo) o que foi sublime para a nossa infância!!

http://www.youtube.com/watch?v=uTOGNgrOsuM
 
http://www.youtube.com/watch?v=uTOGNgrOsuM
 
http://www.youtube.com/watch?v=M9uF9d-yUik
 
http://www.youtube.com/watch?v=gFvWPfAKsz4&feature=related
 
http://www.youtube.com/watch?v=yDHo7tLPrmA
 
http://www.youtube.com/watch?v=9KLkDVBd-gw
 
http://www.youtube.com/watch?v=2YzcC8FZIpM&feature=related
 
http://www.youtube.com/watch?v=djz2KpPcfxY&feature=related
 
http://www.youtube.com/watch?v=kqzpDYHUzeM
 
Eu ainda tinha pensado em mais alguns, mas acho que esses já estão de bom tamanho... Comentem aí o que vocês acham da nostalgia!!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

My punk rock has returned... YEAH!!

“It was punk
Yeah, it was perfect
Now it’s awful”
“Awful” – Hole

“So what? I’m still a rockstar
I got my rock moves
And I don’t need you tonight”
“So What” - Pink

Das pessoas que lêem meu blog, acho que poucas me conheciam quando eu tinha 11, 12, 13 anos. Eu era fã de Nirvana e Guns n’ Roses, só vestia bermuda, baby look preta com estampas de bandas e um All Star completamente surrado e pichado. Bons tempos... Eu não tinha namorado nessa época e meus amigos, junto com meu rádio, a MTV e meus livros do Harry Potter, eram minha vida. Minha maior inspiração era a Courtney Love; achava que ela tinha muita atitude e adorava as declarações polêmicas dela. Ela podia estar num vestido Versace e ainda transpirava puro punk rock (porque quem acha que ela toca grunge só porque o marido dela tocava tem probleminhas sérios. Ela tocava punk. Depois ficou mais pop, mas, de qualquer maneira, nunca foi grunge). Enfim. Quando fui para o primeiro ano do Ensino Médio, ainda era meio punkzinha. Quando comecei a namorar, meu espírito rock’n’roll foi se esvaindo aos poucos... E, quando eu vi, tava usando blusa rosa, calça jeans e sapatilha – tudo bem usar cada coisa dessas com um acessório roquinho, mas tudo junto??? Aiai, seria o terror do início da minha adolescência.

Parecia que, namorando, eu não precisava do ódio que o rock me providenciava. O mundo era lindo, tudo tava correndo bem, all I needed was love. Mas, agora que sou uma single lady, o rock me invadiu de novo. Juro que não pedi para ele entrar nem fui buscá-lo. Ele simplesmente me invadiu. Tenho rock fluindo nas minhas veias de novo. E isso é booom... O rock me dá uma raiva que é boa, que me impulsiona para frente; como vi em algum lugar alguma vez: “Raiva é energia”. É tão bom poder pegar um violão e fazer uma super letra falando mal de quem você quiser, sem ter a preocupação do que os outros vão achar, porque você provavelmente nunca vai tocar aquilo pra ninguém e porque se alguém escutar e se sentir ofendido, bem, que bom: a sua intenção é exatamente provocar. Eu AMO esse espírito “que se dane tudo” do rock, talvez porque eu nunca fui assim. Sempre me preocupei muito com tudo e todos. Mas tá na hora de mudar, né Ju? Esse espírito veio em boa hora e combina com a minha nova versão de mim mesma (que não se apaixona por qualquer um que aparece na frente, que não acredita mais tanto nas pessoas, que decidiu parar de ser boazinha porque foi muito sacaneada assim...). Como a Courtney Love disse: “Eu era tão quieta. Era a pessoa mais quieta e pegavam no meu pé. Mas mudei meu jeito de ser.”

Provavelmente vou voltar a passar boa parte do meu tempo livre tocando violão (finalmente voltei a fazer aulas, depois de 5 anos parada!!), xingando mentalmente umas pessoas, tomando meu ódio como energia. Ah, só um ps: meu ódio é bem direcionado, tá? Não saio por aí odiando qualquer um. Você tem que ter sido muito FDP comigo para eu te odiar. E eu geralmente não procuro confusão com quem odeio. Só desprezo a pessoa com o fundo da minha alma. Sabe aqueles seres que te fizeram tão mal que você acha que eles só merecem o seu olhar de desdém? Então, é assim. Eu espero que cada infeliz que me maltratou um dia perceba que eles perderam muita coisa. Que eu poderia ser a melhor pessoa do mundo para cada um deles, se eles não tivessem me magoado tanto. Eu sei que nenhum deles me merece e que não deveria passar tanto tempo pensando nas pessoas que me fizeram mal. Mas não dá pra evitar. Meu rock’n’roll na veia grita, implora dentro de mim: “ESCREVE UMA MÚSICA SOBRE FULANO(A); VAI, FALA MAL DELE(A)!!”. Talvez meu rock só esteja de volta até eu encontrar alguma pessoa que não me faça mal – ou não, já que eu pretendo encontrar um roqueiro dessa vez... roqueiros dão menos trabalho, não sei porquê... Anyway. O fato é que meu rock’nroll voltou. And I’m feeling so damn good!!

(E lembrem-se: comentar não faz mal!!)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Meu coração é um fígado

"I'm not like them
But I can pretend
The sun is gone
But I have a light
The day is done
But I'm having fun
I think I'm dumb
Or maybe just happy"
"Dumb" - Nirvana

Vocês podem ter achado o título estranho e devem estar se perguntando: como?? A cada vez que há bebida envolvida é o coração dela que sofre com isso? Não... é, bem, também, mas não é isso que quero dizer.

Todo mundo sabe - ou pelo menos se você prestava um mínimo de atenção nas aulas de biologia deve saber - que o fígado é um órgão com um incrível poder de regeneração. O meu coração ficou assim!! Estou feliz, bem, de bem com a vida!! E não precisei de ninguém pra ficar assim - tá, desculpa, Bella, Carol, Line, vocês tiveram um papel fundamental pra que isso acontecesse!! Meu coração levou tanta facada que agora ele aguenta qualquer coisa. Não é por causa disso que você que está lendo esse texto vai me sacanear - estou mais forte, não virei uma pedra... AINDA rsrsrs. Não, eu não tenho essa capacidade. Apesar de ter (finalmente!!) parado de me apaixonar por qualquer pessoa que demontre interesse em mim, ainda sou romantiquinha. A diferença é que agora eu estou escolhendo as pessoas certas pra mim (ou seja, as mais estranhas possíveis. Por exemplo, amoadoro homens de calça skinny. Sim, existem HOMENS que usam skinny. E fica lindooo! Se você é homem e usa calça skinny, contate-me!). Aprendi a dizer "Não", palavra inexistente no léxico dos pscianos... 

Gente desculpa pelos textos em miniatura que eu tô escrevendo, é porque realmente não tenho tido muito tempo. Aliás, já tô atrasada... Beijosss

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mini Epifanias

Hoje tava vindo pra faculdade e vi um cartaz no ponto de ônibus sobre o filme "Cartas para Julieta", com a Amanda Seyfried (acho que se escreve assim... é a Karen do "Meninas Malvadas" e a boazinha do "Garota Infernal"). O "slogan" do filme era: "E se você tivesse uma segunda chance para encontrar seu verdadeiro amor?" É isso que eu odeio em filmes e novelas. Eles colocam para você que só existe UM amor verdadeiro e que todos os outros não tem validade. Como diria @felipeneto* (sigam ele no Twitter!), "NÃÃÃÃO, cara, NÃÃÃÕ!!! Vocês tem probleminha???" Você vai ter vários amores verdadeiros na sua vida. Quando você chegar aos 80 anos, você pode dizer: "Fulano foi o amor da minha vida". Mas antes disso não. E mesmo que você não AME uma pessoa, simplesmente goste dela, e daí? Como dizem as Pipettes (um trio que canta músicas em estilo retrô), "It's not love, but it's still a feeling". As pessoas supervalorizam o amor e não ligam para o simples "gostar". Viva o gostar!!!

Segunda epifania: percebi que sou extremamente romântica e nada vai mudar isso. E como isso não é bem um defeito (do meu ponto de vista), vou desistir de tentar mudar. Isso é a minha essência, o meu âmago, a real Ju. Qualquer coisa diferente disso seria falsidade da minha parte. Eu posso aprender com as porradas que a vida me dá e ser uma "romântica consciente". Mas sempre vou querer ganhar flores, bichinhos de pelúcia (sapinhos, buldogues ou lhamas, de preferência...), receber ligações bregas tipo "I just called to say I love you"... Não tem jeito. Eu sou assim e me divirto pra caramba assim!!

Eu tinha mais alguma epifania pra postar, mas não lembro qual era e tô atrasada pra aula. Então, quando eu lembrar eu posto *__*

* O Felipe Neto é um cara que posta vídeos engraçadíssimos no Youtube. Os melhores são o do "Vida de Garoto" e o do "Gente Colorida". Procurem também  por "Não Faz sentido - Subcelebridades".

Beijinhos gente!! E lembrem-se: comentar não faz mal! (acho que vou lançar essa campanha...)

terça-feira, 8 de junho de 2010

Fatality

Eu sempre fui acusada de ser fatalista e só hoje eu fui ver o quanto isso é verdade. No ônibus vindo pra cá (PUC), comecei a pensar no meu futuro. Fiquei me perguntando se eu acabaria sozinha num apartamento com 27 gatos. Se, quando eu morresse, meu corpo só seria encontrado uma semana depois, meio comido por um pastor alemão. É, sou MUITO fatalista. Eu tenho 17 anos, tô solteira há duas semanas e achava que nunca mais ia encontrar uma pessoa que quisesse ficar comigo. Little fool (tolinha).

Se você acha que é uma pessoa sem atrativos no geral e que, portanto, nunca encontrará um marido/esposa, pegue um ônibus. Sério. Você vai encontrar tanta gente pior que você que tá casada... Beleza é relativa (mesmo que algumas pessoas sejam universalmente feias) e se até o Tiririca tem uma esposa, por que eu haveria de ficar sem marido?

Eu vou parar minha postagem por aqui porque só queria mesmo expor minha pequena epifania (e porque tenho aula de inglês agora). Pequeno ps: gente, vocês podem comentar, tá? Eu não mordo não, ainda mais virtualmente rs. E podem me seguir também.
bjs

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Escolhas

Às vezes eu penso que a vida é como aquela brincadeira de “Você troca sua bicicleta por uma lâmpada queimada?” “Siiiiiiiim!”; “Você troca sua lâmpada queimada por um Playstation 3?” “Nããããão!”. As nossas escolhas muitas vezes são assim: às cegas, no “chutômetro”, na sorte.


Temos duas ou mais opções e temos que escolher uma delas. O caminho que escolhermos, na maioria dos casos, não tem volta. É aquele e ponto. Mas como saber qual é o certo? Cada um tem seus altos e baixos, seus prós e contras. Nós não sabemos se vamos nos encaixar naquele caminho ou não. Uma escolha certa pra mim pode ser errada pra você. E não temos como sabe como vai ser o nosso futuro se escolhermos X e não Y, W ou Z.

Temos que escolher durante a nossa vida toda. Mas, conforme vamos crescendo, as escolhas passam a ser mais sérias. Em vez de termos dúvida com relação ao sabor do sorvete que vamos querer – que, acreditem, é uma dúvida e tanto -, temos dúvidas em relação à careira que vamos seguir. Gente, vocês têm noção do que é colocar na mão de um adolescente de 16, 17, 18 anos a responsabilidade de escolher a carreira que ele vai seguir para o resto da vida?? Não tive esse problema porque já sabia o que queria desde os 13 anos, mas e quem não sabe? Tudo bem que eu conheço pessoas de quase 30 anos que ainda não decidiram o que querem fazer da vida, mas aí eu acho que o caso é diferente, já que elas já tiveram tempo demais para acharem sua verdadeira vocação. Enfim. Ainda somos garotinhas e garotinhos e temos que decidir o nosso futuro. Mas, parando pra pensar, decidimos o nosso futuro toda hora. Escolhas.

Eu poderia ter ficado quieta. Eu poderia ter dito “não”. Eu poderia ter quebrado tudo na primeira briga. Eu poderia não ter conversado. Eu poderia ter ódio desde a primeira vez. Mas agora é tudo tarde demais. E como eu ia saber que algumas escolhas minhas foram erradas? Não tem como. Temos que ir no “chutômetro” mesmo.

Vou trocar minha lâmpada queimada. Pode vir uma bicicleta ou uma casca de banana. De qualquer maneira, perdendo eu não saio.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Hakuna Matata

"Os seus problemas você deve esquecer
Isso é viver
É aprender
Hakuna Matata"

Verdade. Coisa que praticamente não existe. Não por estarmos num mundo de mentirosos, mas por estarmos num mundo de pessoas diferentes, com pontos de vistas diferentes. A sua verdade pode não ter validade para o próximo. Às vezes, é melhor não saber qual é a (nossa) verdade, porque quando ela aparece no insight, quando a vemos por dentro, quando temos uma epifania... cara, é perturbador!

A verdade pode ser uma tragédia, uma dor profunda. O valor da tragédia, porém, não é a dor. É a luz que permite enxergar. É o conhecimento que ela traz. Independente de ser boa ou má, a tragédia é uma experiência e, como tal, vai trazer algum conhecimento. Eu tenho que parar de focar na tragédia e focar no que aprendi. Ser otimista. Ontem, ao ir pra casa com a Isabella, ela comentou em tom de brincadeira (mas uma brincadeira otimista): "Se a gente receber uma bala perdida eu tenho Dorflex pra aliviar a dor." Eu simplesmente amei isso! Mesmo se você estiver na m., tente fazer graça da sua situação. Por exemplo: tem um outdoor na frente do meu antigo colégio que é uma propaganda do dia dos namorados (ô data infeliz!!). Sabe o que está escrito na blusa do cara? "Ju, eu te amo!". Sacanagem, né? Mas é tão trágico que seja a ser engraçado! Outra coisa tão trágica que chega a ser engraçado é o fato que eu nunca vou poder crescer muito no meu emprego. Eu quero ser revisora de texto. Como eu vou revolucionar o mundo da revisão de texto?? É um mundo pequeno demais para ser revolucionado...

Enfim... Depois de pensar no que aprendeu com a tragédia, chegou a hora de cantar "Hakuna Matata" e ser feliz. Esqueça seus problemas. Pelo seu próprio bem! Eu não sei se todos que me lêem sabem disso, mas eu sou diabética. A oscilação da minha glicose é em função do meu nervosismo. E glicose descontrolada causa perda de visão, insuficiência renal e pode até levar à morte. Se eu quiser me manter viva, é melhor eu relaxar...