“It was punk
Yeah, it was perfect
Now it’s awful”
“Awful” – Hole
“So what? I’m still a rockstar
I got my rock moves
And I don’t need you tonight”
“So What” - Pink
Das pessoas que lêem meu blog, acho que poucas me conheciam quando eu tinha 11, 12, 13 anos. Eu era fã de Nirvana e Guns n’ Roses, só vestia bermuda, baby look preta com estampas de bandas e um All Star completamente surrado e pichado. Bons tempos... Eu não tinha namorado nessa época e meus amigos, junto com meu rádio, a MTV e meus livros do Harry Potter, eram minha vida. Minha maior inspiração era a Courtney Love; achava que ela tinha muita atitude e adorava as declarações polêmicas dela. Ela podia estar num vestido Versace e ainda transpirava puro punk rock (porque quem acha que ela toca grunge só porque o marido dela tocava tem probleminhas sérios. Ela tocava punk. Depois ficou mais pop, mas, de qualquer maneira, nunca foi grunge). Enfim. Quando fui para o primeiro ano do Ensino Médio, ainda era meio punkzinha. Quando comecei a namorar, meu espírito rock’n’roll foi se esvaindo aos poucos... E, quando eu vi, tava usando blusa rosa, calça jeans e sapatilha – tudo bem usar cada coisa dessas com um acessório roquinho, mas tudo junto??? Aiai, seria o terror do início da minha adolescência.
Parecia que, namorando, eu não precisava do ódio que o rock me providenciava. O mundo era lindo, tudo tava correndo bem, all I needed was love. Mas, agora que sou uma single lady, o rock me invadiu de novo. Juro que não pedi para ele entrar nem fui buscá-lo. Ele simplesmente me invadiu. Tenho rock fluindo nas minhas veias de novo. E isso é booom... O rock me dá uma raiva que é boa, que me impulsiona para frente; como vi em algum lugar alguma vez: “Raiva é energia”. É tão bom poder pegar um violão e fazer uma super letra falando mal de quem você quiser, sem ter a preocupação do que os outros vão achar, porque você provavelmente nunca vai tocar aquilo pra ninguém e porque se alguém escutar e se sentir ofendido, bem, que bom: a sua intenção é exatamente provocar. Eu AMO esse espírito “que se dane tudo” do rock, talvez porque eu nunca fui assim. Sempre me preocupei muito com tudo e todos. Mas tá na hora de mudar, né Ju? Esse espírito veio em boa hora e combina com a minha nova versão de mim mesma (que não se apaixona por qualquer um que aparece na frente, que não acredita mais tanto nas pessoas, que decidiu parar de ser boazinha porque foi muito sacaneada assim...). Como a Courtney Love disse: “Eu era tão quieta. Era a pessoa mais quieta e pegavam no meu pé. Mas mudei meu jeito de ser.”
Provavelmente vou voltar a passar boa parte do meu tempo livre tocando violão (finalmente voltei a fazer aulas, depois de 5 anos parada!!), xingando mentalmente umas pessoas, tomando meu ódio como energia. Ah, só um ps: meu ódio é bem direcionado, tá? Não saio por aí odiando qualquer um. Você tem que ter sido muito FDP comigo para eu te odiar. E eu geralmente não procuro confusão com quem odeio. Só desprezo a pessoa com o fundo da minha alma. Sabe aqueles seres que te fizeram tão mal que você acha que eles só merecem o seu olhar de desdém? Então, é assim. Eu espero que cada infeliz que me maltratou um dia perceba que eles perderam muita coisa. Que eu poderia ser a melhor pessoa do mundo para cada um deles, se eles não tivessem me magoado tanto. Eu sei que nenhum deles me merece e que não deveria passar tanto tempo pensando nas pessoas que me fizeram mal. Mas não dá pra evitar. Meu rock’n’roll na veia grita, implora dentro de mim: “ESCREVE UMA MÚSICA SOBRE FULANO(A); VAI, FALA MAL DELE(A)!!”. Talvez meu rock só esteja de volta até eu encontrar alguma pessoa que não me faça mal – ou não, já que eu pretendo encontrar um roqueiro dessa vez... roqueiros dão menos trabalho, não sei porquê... Anyway. O fato é que meu rock’nroll voltou. And I’m feeling so damn good!!
(E lembrem-se: comentar não faz mal!!)
Nenhum comentário:
Postar um comentário