terça-feira, 29 de junho de 2010

GaGa vs. Lama

Tinha escrito um texto (que não virá pro blog) e, num determinado momento, citei uma frase da Lady GaGa. Ao mostrar esse texto pra minha melhor amiga, ela disse que eu podia tirar a parte da citação, pois, no texto, parecia que eu a tinha como um guru – tipo o Dalai Lama. Comecei a pensar nisso e vi que o importante não é quem fala, mas sim o que fala e como isso vai te afetar. Ultimamente, TUDO me faz refletir: outdoors, letras de músicas, frases de amigos, filmes, mangás, comerciais, conversas simples. Como diria Jimmy Neutron, “ideias a mil”. Tá vendo? Eu me comparo a tudo, faço analogias aleatórias que podem parecer bizarras demais, mas é meu jeito de me relacionar com o mundo. E daí que eu transcrevo GaGa, Jimmy Neutron ou Avril Lavigne ao invés de Freud, Lama, Dostoievski ou, sei lá, Flaubert? Se eles iluminam minha mente com declarações e eu consigo pensar melhor através do que eles falam, porque não os citar? Também tenho epifanias ao ler Freud ou Dostoievski, mas esses caras já são cabeçudos e bons demais por natureza. Talvez tirar proveito de frases dessas criaturas pop seja um talento melhor do que ter orgasmos intelectuais com os cabeças.

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