Desde que me entendo por gente, amo videogames. Não sou daquelas fissuradas que joga todos os tipos, zera todos os jogos e tá sempre sabendo das últimas novidades no que diz respeito aos games, mas gosto de passar umas boas horas (e dias, e semanas) na frente de uma telinha com um joystick na mão. Quando era pequena e meus pais tinham um Sega Saturn – ou simplesmente Saturno -, eu adorava saber sobre as histórias dos jogos, mas, como não sabia inglês aos 5 anos de idade, eu lia as revistas que meu pai comprava (éééé... houve um tempo remoto onde não existiam comunidades do Orkut com dicas de jogos e o Google era um ilustre conhecido apenas para os nerds. Ou seja, se você quisesse aprender firulas para ludibriar o computador, a solução era comprar revistas com truques). Enquanto minha mãe lavava roupa e meu pai fazia musculação, eu sentava numa bicicleta ergométrica e ia ler a história dos personagens, até dos jogos que eu não tinha (eu sei que sou estranha desde pequena). Outra coisa que adorava fazer era ficar observando meu pai jogar Mortal Kombat. Quando ele dava um fatality, então, era uma alegria pra mim! Eu achava que nunca conseguiria fazer um golpe especial ou ganhar do computador. Quando eu pegava o controle, não tinha nenhuma estratégia: saía apertando todos os botões; não era muito eficiente, mas às vezes mandava uns especiais sem querer.
Mortal Kombat ainda era meio tranquilo de jogar: era só botar no “Very Easy” e sair apertando tudo. Mas os joguinhos de passar de fase... Ai, esses eram tristes. Só fui começar a jogá-los com uns 11, 12 anos (até então só via minha mãe jogar). Na era do PlayStation 2 (2003, 2004), eu jogava um Saturno. Passava o dia todo jogando Sonic, e, como meu pai não tinha um memory card, eu jogava as mesmas coisas – os mesmos jogos e as mesmas fases – todo dia. Não, eu não tinha muita coisa pra fazer mesmo não. Enfim. Durou pouco minha vida de porco espinho azul que luta contra um careca, baixinho e gordão que parece o cara da batata Pringles (a minha mãe diz que eu sou a única que vê semelhança entre o Robotinik e o cara da batata Pringles, mas ignoremos isso). O videogame de 11 ou 12 anos (ele era um ano mais novo que eu) acabou dando problema e até hoje não conseguimos consertar. Na verdade, desistimos de consertar e compramos um PlayStation 2 (mas, antes do PS2, acredite: comprei um Master System 3!! Zerava "Sonic the Hedgehog" em uma hora, todo dia).
Essa maxi introdução (sim, isso foi apenas a introdução!) foi para mostrar o meu nível de intimidade com jogos. Depois de namorar um cara que quer ser programador de jogos e de ter uma super amiga que quer ser designer de jogos, o meu conhecimento aumentou um pouquinho, mas a minha relação com os games ainda é praticamente a mesma: ainda aperto todos os botões jogando Mortal Kombat e ainda sinto um friozinho na barriga ao começar um joguinho de “passar de fase” – que descobri que são chamados de jogos de plataforma. Ahn, quase me esqueci de dizer que sou extremamente fiel aos meus jogos: me apaixonei por Mortal Kombat e Sonic quando era bem pequena e jogo os mesmos jogos até hoje! Tudo bem que eu evoluí junto com o MK e não consigo mais jogar as versões que jogava quando era pequena (o gráfico é ruim demaaais!), mas o Sonic, tanto o Hedgehog quanto o 3D Blast, jogo até hoje. Aliás, foi este último jogo que me inspirou a fazer esse post. Meu pai comprou na última 6ª feira um cd pra PS2 que tem mais de 7000 jogos, incluindo todos os clássicos do Atari, da Nintendo, do Master System e do Mega Driver. Hoje, fuxicando na parte do Mega Driver, descobri que tinha o Sonic 3D Blast! Depois de anos sem jogar, lá fui eu.
E aqui começa esse post:
A minha mente é algo divertido. Sempre acontecem coisas comigo que fazem com que minha mente faça comparações esdrúxulas daquela situação com um filme, uma música, um clipe, um quadro de programa de humor, uma passagem de livro ou um jogo de videogame. Não tá entendendo nada? Deixa eu tentar explicar: quando eu tô andando na Gávea embaixo de um sol escaldante, começa a tocar na minha playlist mental “Walking on Sunshine” e vejo tudo como uma espécie de comercial de sabonete. Ao esperar o ônibus pra ir pra faculdade, é a vez de “Malandragem” – principalmente porque eu vivo de meias ¾. Quando faço alguma coisa desastrada, na mesma hora aparece piscando na minha telinha dos pensamentos um letreiro escrito “Momento Isabella Swan”, juntamente com a Bella de “Crepúsculo” levando uma bolada na aula de Educação Física. Quando está chovendo e tenho que pular poças, me sinto o Sonic pulando aqueles riozinhos. E, como bem me lembrou a Bella ontem, quando eu vejo as pessoas correndo para atravessar as 4 pistas da Avenidas das Américas, eu me imagino jogando "Frogger". É divertido ser eu :D
A vida é como um videogame mesmo. Você passa por várias fases, sempre acha que aquela fase que você tá vivendo/jogando é superdifícil mas, na verdade, quando passa de fase, descobre que a anterior era fácil e que aquela que você tá vivendo que é difícil. E assim sucessivamente (é a velha coisa do “Eu era feliz e não sabia”. Digo essa frase pra mim mesma todos os anos, desde que eu estava na 8ª série – e já estou indo pro segundo período da faculdade).
Eu adoro mundos mágicos (tipo o do Sonic mesmo e o do Harry Potter) e acho que o mundo em que vivemos é mágico também. Não falo isso porque vivo no mundo da Lua não, é porque tem tanta coisa estranha nesse mundo que só acreditando num pouquinho de mágica pra algumas coisas fazerem sentido. No mundo do Sonic, há baiacus roxos voadores que fazem você perder argolinhas se encostar neles. Se você encostar neles sem argolinhas, seu porco espinho azul (!) morre. Nós temos o baiacu “normal” (analisando bem, nenhum animal do mundo é normal. Nada no mundo é normal :P). Se você, ao limpar o baiacu, estourar uma espécie de vesícula do peixe e comer a carne mesmo assim, você pega uma intoxicação alimentar e morre. Vocês conseguiram acompanhar meu raciocínio? Viram a semelhança entre os mundos? Os outros mundos não são fantasiosos demais não; o nosso, parando pra analisar, também é muito louco! Tudo bem que não temos que sair catando argolinhas, matando bichinhos e derrotando o Robotinik/Eggman, mas você já parou pra prestar atenção na nossa vida? Sabe quando você analisa tanto uma coisa que ela simplesmente perde o sentido (tipo quando você fica repetindo muito uma palavra)? Sem querer entrar em discussões filosóficas profundas, mas nada no mundo faz sentido. A vida é um grande “Não faz sentido!” – do Felipe Neto -, e não me chamem de niilista por isso. Não estou falando que não vale a pena fazer nada porque nada faz sentido. Estou falando pura e simplesmente que nosso mundo faz tanto sentido quanto um mundo de videogame. Se vocês estudarem algo de ficção científica algum dia, descobrirão que a diferença do fantástico pra ficção é que no primeiro as criaturas se explicam por si mesmas, ao passo que no segundo é necessário uma explicação científica, mesmo que esta seja muito capenga. Um hobbit não precisa de nenhuma explicação pra existir, ninguém precisa dizer que foi resultado de uma mutação ou de manipulação genética. Assim como os hobbits, cada mundo – o dos videogames e o nosso – se explica por si mesmo. Faz todo o sentido e não faz sentido nenhum.
Tá, foram muitos pensamentos loucos pra um post só. Espero que você tenham entendido! E, para terminar, um top ten com os meus jogos preferidos:
10- Paciência Spider (eu sei que não é videogame, mas não resisti...)
9- Simpsons Hit and Run
8- Road Rash 3
7- Sonic the Hedgehog
6- Tetris (eu sei, é vergonhoso)
5- Mortal Kombat: Deception
4- Kingdom Hearts 2
3- Guitar Hero (qualquer um)
2- Alien Trilogy
1-Sonic 3D Blast
(Desculpem-me, mas não consigo calar meus dedos quando eles começam a digitar. Se você está lendo essas linhas obrigada pela paciência!)
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