Como diz a música do Green Day que dá título a esse texto, eu queria começar a dormir agora e só acordar quando setembro acabar. Por quê? Deixe-me explicar.
Minha avó vai fazer nessa terça feira, dia 31, uma operação de ponte de safena. Ela mora em Casimiro de Abreu e vai fazer a operação em Cabo Frio, ou seja, bem longe de onde moro. Como ela vai precisar de alguém pra ficar com ela no hospital e depois quando ela voltar pra casa, minha mãe e minha tia foram pra lá pra fazer companhia e tomar conta dela. Isso quer dizer que eu vou ficar um mês sozinha em casa. Tudo bem, meu pai e a minha irmã vão estar em casa, mas, acreditem é a mesma coisa que estar sozinha.
Aí vocês podem pensar: “UHU (a Line tinha um emoticon pra “UHU” que era o Carlton Banks, do “Um maluco no pedaço”/ “The fresh Prince of Bel Air”, dançando aquela dança esquisita dele. Então, sempre que eu falo UHU lembro dele... Enfim, voltemos ao que você pode estar pensando agora)! Ficar um mês sozinha em casa! Que sonho...” É, até poderia ser – se eu não tivesse que me preocupar com coisas como: lavar, passar, varrer, arrumar, pagar contas, ajudar minha irmã com trabalhos de casa e, o pior de tudo: cozinhar.
Cozinhar para mim, assim como dirigir, é uma coisa de outro mundo. É sério, não sei como as pessoas conseguem cozinhar e dirigir. E eu fico imaginando: tem tanto babaca cozinhando e dirigindo, não pode ser tão difícil assim... Mas é. Vou tentar a auto escola no ano que vem – só faço 18 em fevereiro –, mas vou começar do zero mesmo! Não faço ideia para que serve a embreagem e, pra mim, quem sabe passar a marcha é um gênio. Sem contar que não sei se vou ter coordenação suficiente para me ligar nos três pedais, mais a marcha, mais as manobras malucas com o volante, mais a estrada. Já viram “As patricinhas de Beverly Hills”? Então, acho que vou sair dirigindo como a Cher, personagem da Alicia Silverstone. E cozinhar fica no mesmo nível – acho que também vou cozinhar como a Cher. Eu odeio cozinhar, e você vê o meu nível de tédio pela cozinha: se eu estiver com um livro de receitas nas mãos, é porque o meu tédio já atingiu o máximo possível e eu não tô a fim de ler, nem de ver um filme, nem de escrever, nem de jogar paciência ou qualquer outro jogo no PS2, nem de estudar. O pior de tudo é que o meu pai acha que, só porque eu sou mulher, eu tenho que saber cozinhar. Nananinanão, senhor Júlio César. A cozinha não é para mim, é para a minha irmã. Me sinto até um pouco mal por isso, mas a Gi, que vai fazer 11 anos na 6ª, sabe fazer bolos deliciosos e já tá aprendendo a cozinhar mesmo. Enfim. Eu sei fazer lasanha (da Sadia), miojo e cachorro quente, o suficiente para não morrer de fome. Infelizmente, ninguém aqui em casa sabe cozinhar direito, ou seja: eu não faço ideia do que vou comer pelas próximas semanas. Vou passar o máximo de tempo possível na faculdade, comendo no Bandejão, para não precisar comer aqui. Mas o fim de semana existe e, mais cedo ou mais tarde, eu vou ter que me aventurar na cozinha ou comer aventuras alheias.
É bem capaz que pelas próximas semanas eu fique um pouco mais irritadiça. Perdoem-me antecipadamente, mas vocês já sabem qual é o motivo.
Ps.: Por favor, orem, rezem ou simplesmente façam pensamento positivo pela minha vó. :D
Nenhum comentário:
Postar um comentário