terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Livin’ on a prayer

Ser Supremo que governa o Universo, por favor, preste atenção em mim. São só cinco minutinhos, prometo.
Eu não sei se peço muitas coisas a você, mas acho que não. Peço pela minha saúde e pela dos meus amigos/parentes quando eles estão doentes; peço pelo meu sucesso estudantil e pelo dos meus amigos; peço que me guie em segurança por esses ônibus loucos da vida (e isso não é uma metáfora, oh Ser Supremo. Não sei se você pega ônibus, mas eles são uma loucura, mesmo!). Ou seja, eu peço o básico. Uma espécie de “arroz e feijão” dos desejos. Tudo bem que sempre fui atendida, a saúde de todos vai bem, a minha vida estudantil, junto com a dos meus amigos, é excelente, e, tirando umas batidinhas de leve, meus ônibus sempre foram tranquilos na medida do possível. Ganho arroz e feijão, mas nunca me falta e é o melhor arroz com feijão que eu poderia ter.

Mas hoje, Ser Supremo, eu gostaria de pedir uma extravagância. Uma lasanha da Sadia, deliciosa. Ou... um Big Tasty com suco de guaraná/abacaxi diet. Não leve isso literalmente. Não, o que eu quero mesmo é a chance de ser feliz. Ou melhor: a chance eu já tenho – mas não sei se eu vou jogá-la pela janela ou se alguém vai pegar das minhas mãos e vai sair correndo com ela até que eu não consiga mais alcançá-la. Eu quero ser feliz. Eu quero voltar a ser feliz. E, acredite, não é tão abstrato quanto se imagina.

Eu só quero que tudo dê certo dessa vez. Eu quero que os meus sofrimentos e minhas cicatrizes tenham me servido para alguma coisa. “Experiência é o nome que damos aos nossos erros”, disse Wilde. Não sei se considero algumas coisas que fiz erradas – outras, tenho certeza que foram –, mas sei que ganhei muita experiência. Não deixe que a minha pressa de ser feliz acabe com tudo o que eu aprendi. Que eu possa aprender a ser paciente, como era antes.

Por favor, Ser Supremo, ouça minha prece. Transforme minha esperança em vida real. Ela é tudo o que tenho. Apesar de ser feita de cordas puídas, minha esperança é a única saída que vejo para sair desse poço no qual me encontro. Lentamente, transforme minha escada capenga num elevador.

Eu acho que você manda sinais pra mim um pouco antes de satisfazer meus desejos mais profundos. Você meio que me conforta, você diz pra mim: “Espere um pouquinho que, logo, logo, será atendida”. Só senti isso duas vezes na vida: uma há uns anos atrás e uma na semana passada. E você me manda essa noção quando tudo parece perdido. Olho pra situação e penso: “Como? Como vou sair daqui?” e você sempre me mostra uma saída. Como diriam os irmãos Baudelaire, pra tudo tem um jeito.

Por favor, me prove que não existem manuais de instruções para os humanos e realize o meu desejo, a minha esperança. Me faça feliz.

3 comentários:

  1. Olá moça. Tem uma supresa pra você no meu blog.

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  2. Aaaaaai, tem um monte de coisas aqui que eu não tinha visto ainda :(
    essa minha falta de tempo me deixa pra trás nos blogs, incluindo o meu ne UHSUAHUSHUAHSA
    mas entaaaao, gostei muito desse post.
    O seu jeito de escrever me lembra a Meg Cabot.
    É serio e divertido ao mesmo tempo, fala das coisas diferentes de forma simples e cotidiana.

    Beeijo

    Obs.: desculpa por passar pouco aqui, mas sempre que dá eu venho! é que voce atualiza muito rapido e eu nao consigo acompanhar :/ USHAUHSUAHSUAHSAS

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  3. MUITO OBRIGADA, DIVAAAAA!

    E muito obrigada também, Cosabella! Ser comparada à Meg Cabot me deixa muito lisonjeada!!! Espero que seja a Meg de "A Mediadora", porque a Meg de "A garota americana" pra mim é um horror!! huasushuahsuhs

    E relaxa, que provavelmente agora com as férias eu vou postar num ritmo mais devagar (é que eu posto na faculdade...)

    Beijos, girls!

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