segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Igualdade, Fraternidade e...

Particularmente, eu acho que a liberdade, assim como a Clarice Lispector, a Coca Cola e cães labradores, é superestimada. Sério mesmo. Ansiamos tanto pela liberdade, mas, no fundo, é algo totalmente utópico, que nem a paz mundial ou algo do gênero. Primeiro porque cada um tem uma ideia diferente de liberdade. E segundo porque é impossível ter uma liberdade total, em todas as áreas da vida. Apesar de achar os ideias anárquicos muito bonitos, acho que simplesmente não funcionaria. Precisamos de regras pra não enfiar o pé na jaca.

Imagina viver numa sociedade sem leis, numa suposta liberdade total. Conheço muitas pessoas que não roubam ou não matam porque passariam um bom tempo na cadeia se fossem pegas. Se tudo fosse permitido, tudo seria banalizado e tudo perderia a graça. Limites são necessários. É óbvio que, como tudo na vida, é necessário ter um equilíbrio: não se pode permitir tudo, mas também não se pode proibir tudo – literalmente, não dá pra viver em nenhum dos dois extremos. Assumo que eu adoraria poder sair e voltar a hora que eu quiser, mas entendo perfeitamente os meus pais por não me deixarem. Aliás – momento piegas do post –, só cheguei onde cheguei, academicamente falando, graças a algumas restrições da minha mãe. Hoje em dia eu vejo as meninas que iam pras festas todo fim de semana e, bem, na melhor das hipóteses, elas estão fazendo algum curso que requer muito intelecto (tipo engenharia ou direito) em alguma faculdade de quinta. Minhas duas BFF’s do colégio passaram pra boas faculdades – uma pra arquitetura na PUC e outra pra biologia na Unirio. E não éramos do grupo das meninas “baladeiras” – coloquei entre aspas porque eu acho que essa é uma gíria paulista. Enfim. Talvez, se a minha mãe ou se a Tia Rose ou a Tia Rosane (mães das minhas BFF’s) tivessem nos permitido tudo, não estivéssemos onde estamos hoje.

É claro que viver numa ditadura seria um inferno e que ser controlado o tempo todo é um saco. Mas falo daquelas pequenas “correntes” às quais você está preso: seu namorado, sua família, sua faculdade/escola, sua sociedade. Conheço alguns namoros que terminaram porque uma das partes se sentia presa – mas namoro, assim como amizade ou qualquer outra relação afetiva, é formado de correntes. Estar ligado a alguém é, de uma forma ou de outra, estar preso à pessoa. Tudo bem, com cada um mantendo a sua individualidade, mas é uma prisão de qualquer forma.

Lendo um texto da Martha Medeiros – acho que foi “Divã” –, lembro-me de um trecho em que ela fala: “O ser humano é solvente”. E é. Depois que estabelecemos relações com alguém, mesmo que não falemos nunca mais com o ser, é muito difícil separar a influência que aquela pessoa teve em nós. Acho que não estou conseguindo me expressar muito bem, mas espero que vocês tenham conseguido captar a ideia.
Ps.: eu acho que adultério deveria ser crime. Eu não tenho certeza, mas acho que há um tempo atrás era. E separação também deveria ser. Afinal, é quebra de contrato! Se você promete amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte os separe, tem que cumprir com a palavra...

Ps2: eu escrevo os meus textos no meu PC - que não tem internet - e tenho que postar no computador do meu pai. O problema é que o meu Windows é recente e o do meu pai é antigo, então, para postar, eu preciso mandar meus textos pra minha BFF pra ela me mandar os posts no corpo do email e só aí que eu posto. Ela geralmente dá sua opinião pelo email mesmo e gostei tanto dos seus comentários que vou publicá-los abaixo ;)

2 comentários:

  1. O texto começa bem, mas o seu "P.S.:" do final matou, cara! Anyway, whatever... cada um pode ter sua própria opinião. Mas vc sabe que se não houvesse quebra de contrato, advogado estaria passando fome né?! rsrs Adultério ainda é crime em países do Oriente Médio, não lembra da mulher q ia ser apedrejada em público porque traiu o marido? Aí todo mundo foi contra porque a sujeita ia ser morta... mas condena (literalmente) até a morte quem trai. Por fim ela foi liberada da pena, o que foi mais sensato... Outra coisa, você pode prometer amar e respeitar até que a morte separe, mas você pode simplesmente não amar mais por n razões de uma hora pra outra! Isso acontece sim! E até com facilidade. Tudo bem, você tem o pensamento mais tradicional, mas desde sempre as pessoas se apaixonam e desapaixonam... então aquela promessa é válida, (super válida!) mas praquele momento, pra até quando você continuar amando. Porque quando as pessoas se amam, acabam acreditando que é eterno, quando na verdade, NADA na vida é eterno (nem a vida terrena em si!)... enfim.

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  2. Espera um minuto. Baladeira é gíria paulista? Pensei que todo mundo falasse isso.

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