quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

It’s ALIVE!

Sabe aquela propaganda de uma marca de cosméticos que diz: “Você pode ser o que quiser”? Então. Esse é o meu novo lema, pelo menos nesse exato segundo. Eu não gosto muito de quem eu me tornei. Uma patética depressiva que sofre por um amor perdido e blábláblá. Eu não estou no século XIX. É hora de – finalmente! – seguir em frente. E não quero dizer ir direto pra outro relacionamento. Não. Apesar de adorar estar com alguém, eu quero ficar um pouco sozinha com meus jogos, meus livros, meus textos e meus 37 gatos. Mentira, eu não tenho 37 gatos e nem nunca vou ter. Morreria de crise alérgica antes. Não tem nada de errado em estar sozinha. A vida é MINHA e, embora eu ainda não possa fazer exatamente o que eu bem entendo dela enquanto morar sob o mesmo teto que os meus pais, ninguém pode, deve ou vai dividi-la comigo. EU sou a estrela, a protagonista da minha vida. E, por mais que existam pessoas muitíssimo importantes pra mim (meus pais, a Gi, a Carol, Line, Bella, Tüppÿ, etc etc etc...), elas nunca tirarão o MEU lugar na MINHA vida. Infelizmente, isso foi o que aconteceu comigo. Eu simplesmente parei de viver em minha função!

E agora, aproveitando essa coisa de ano novo, vida nova, quero deixar mesmo 2010 pra trás, com todas as partes ruins. Vou viver minha vida em 2011 com um sorriso no rosto, tentando ser mais PollyAnna e talz. Porque, como eu e a Line dizíamos de zoação, “eu sou linda e vou arrasar hoje!”. Eu tenho que deixar o meu lado “ALOKA” assumir, o meu lado “Serginho-do-Big-Brother” – e, para começar, provavelmente vou passar o ano novo com uma blusa azul linda demais da Lady Gaga em desenho, com os dizeres “Love the music” brilhando em baixo. Como já disseram grandes divas – ou pelo menos eu lembro da Madonna e da Carol, minha BFF, dizendo isso – “eu sou um gay preso num corpo de mulher”. Agora, nesse exato momento, eu tô me sentindo mega powerful e tô vendo a vida de um jeito pink e cheio de glitter – imagine a colisão entre o clipe “Check on it”, da Beyoncé (lembram? É trilha sonora de “A Pantera Cor-de-rosa”) com o “Take it off”, da Ke$ha. A Courtney Love disse uma vez que tem dias que a gente acorda e é a Barbra Streisand. Não gosto muito da Streisand, nem da Cher, nem da Celine Dion ou dessas consagradas divas da música – apesar de todas elas serem musas das playlists gays. Mas hoje eu sou uma diva. Mesmo com um shortinho laranja de dormir, mesmo com uma regata verde básica, mesmo com um chinelo branco encardido e com o meu cabelo preso num coque por uma piranha pink, mesmo com o meu delineador preto todo borrado, mesmo com tudo isso, eu sou uma diva. A diva da MINHA VIDA! E ai de quem disser o contrário!

Conversando com a Tüppÿ na semana passada, a gente tava discutindo a questão da auto-estima. Conhecemos várias meninas que não são nem um pouco bonitas pelas convenções sociais – ou por nenhuma convenção at all – e que se acham bonitas e, bem, isso acaba fazendo toda a diferença. Eu tava vendo um episódio antiquíssimo de “America’s Next Top Model”, da temporada que tinham as lendárias Jade, Furonda, Danielle – a dos dentes separados – e Joanie, e a Tyra disse algo muito importante: é importante mostrar confiança, mesmo que você não tenha e que você esteja fingindo. Porque, nesse caso, eu acho que uma mentira contada mil vezes se torna verdade. No começo, você até pode estar atuando, mas depois você REALMENTE será aquela menina poderosa e confiante. Hoje eu reencontrei uma menina que eu só conheço de vista e que há muito eu não via. Ok, ela era uma pré-adolescente na última vez que eu a encontrei e agora ela deve ter uns 13 anos. A menina incorporou uma aura que a transformou numa pessoa super atraente. E, fisicamente, ela nem mudou tanto. Só cortou uma franjinha e passou um gloss. Ela deve ter tido uma transformação interior muito grande, porque ela mudou muito! É como se a gente sofresse uma revolução por dentro e essa mudança interior se refletisse no exterior – ou, como diria o Guilherme, meu querido ex-professor de história, “a infra reflete na supra”. E, se a revolução não começa por ela mesma, eu vou começar. Se Maomé não vai até a montanha, eu levo a montanha até Maomé, apesar de ser o jeito mais difícil. Ainda na conversa com a Tüppÿ, ela disse que esse negócio da auto-estima funcionava. Eu disse que não, porque já havia tentado e não havia dado certo.

Mas eu estava com o objetivo errado. Praticamente desde que meu namoro acabou, meu objetivo principal era arranjar um novo namorado. Sim, sim, patético e eu me envergonho disso. Eu estava que nem a Lottie do filme “A princesa e o sapo” (esse novo desenho da Disney). Esperando meu príncipe encantado desde pequenininha e vivendo em função disso. Mais vale a pena se como a Tiana (a princesa do título): correr atrás de um sonho maior e que o amor venha a reboque. Okok, cada um é cada um e a Tiana é uma criação dos estúdios Disney, não quer dizer que vai acontecer o mesmo comigo. Mas todo mundo diz que o amor surge quando você menos espera, não é? Então eu vou me preocupar com meus mais de cem livros que me aguardam pacientemente na minha estante, com os meus jogos de PS2, que não vão ser jogados sozinhos, com o meu violão, que não será tocado sozinho, com as minhas ideias, com as minhas elucubrações, com as minhas epifanias, enfim, com a enorme porcentagem da minha vida que não inclui relacionamentos amorosos. Minhas músicas, de “I just need somebody to love”, “All by myself” e “I will survive”, foram pra “Livin’ la vida loca”, “Viva la Vida” e “It’s my life” (do Bon Jovi, não do No Doubt). Só não incluo “I gotta feeling” aí porque não me sinto muito à vontade com ela. Essa música é tão de todo mundo que eu acho que ela já perdeu a individualidade. Sei lá.
Já escrevi muito por hoje. Vou viver minha vida um pouquinho...

Um comentário:

  1. Ah, que saudades da minha querida Ju! Você deve ter percebido que eu dei uma bela sumida... Estou viva! Apesar de meio gripada e debilitada, mas viva (Viva La Vida, amo essa)!
    Este meu fim de ano está sendo ainda mais corrido que todos os outros da minha vida. Estava escrevendo um Livro da Vida como trabalho de Filosofia e tive algumas apresentações, trabalhos, provas e muito estudo! Foi super corrido, mas estou muito feliz por tentar fazer tantas coisas que eu amo.
    Infelizmente, o dever chamava e minhas horas gastas neste notebook foram direcionadas para outros fins prioritários haha Mas sei que depois desta longa história, você me perdoará :)
    Enfim, adorei este post e desejo sorte em suas novas metas! Acho que o que vale é sentir-se bem.
    Eu também não tenho namorado. Ninguém que combinasse com minha personalidade um tanto complexa, enfim... Sou muito vaidosa e adoro fazer compras. Em dias normais, eu saio sempre bem perfumada, maquiada, escolho uma roupa maravilhosa e gasto um bom tempo me arrumando. Minha mãe brinca e diz que tudo isso porque eu ainda não tenho um namorado, imagina quando eu tiver. Mas eu digo pra ela, que esse é meu lado vaidoso e egoísta e tudo isso é pra mim mesma. Porque eu sei que vou adorar olhar no espelho e me sentir linda e arrasando. Não pra mostrar pra ninguém, mesmo que ninguém me veja aquele dia, mas pra me sentir bem.
    Eu adoro presentear as pessoas, escrever bilhetes, sair e conversar com meus amigos. Mas descobri que tenho que ter um equilíbrio. Dar às pessoas e dar pra mim também. Mas se acordo invocada e não quero fazer nada aquele dia, prefiro me deixar confortável e sem complicações do que gastar um tempo me arrumando apenas pra outras pessoas verem.
    Não sei se você entendeu o que eu realmente quis dizer, mas temos que atender os nossos próprios desejos sempre que tivermos a liberdade de fazê-los.
    Feliz Natal!
    Beijos!

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