terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Por quê?

Tem muitas coisas que eu não entendo. Por exemplo: por que eu estou numa fase de comprar hidratantes compulsivamente? É sério, tenho um de cereja e noz moscada que já está acabando, um de macadâmia que tem menos de um dedo de conteúdo, um de romã e manga que comprei há uns três meses, um Christian Lacroix Rouge, um U by Ungaro que comprei essa semana e no fim do mês chega o Make me Wonder, da coleção Color Scents da Avon. E tá muito quente, ou seja, não consigo usar esses 500 hidratantes quase nunca!

Outra coisa que não entendo: por que “chácara” se escreve com “ch” e “xícara” com “x”? Ou então porque você emBARCA no avião? Ou por que a Globo insiste em deixar no ar programas como o “Zorra Total”, “A turma do Didi” e “Malhação”? Acho que essas perguntas nunca terão resposta...

Mas eu queria falar sobre outra pergunta que me atormenta bastante e que é meio que uma continuação do último texto sobre Clarice Lispector que coloquei aqui. Você deve conhecer a música “Bohemian Rhapsody”, do Queen. Se você não conhece essa música, bem, o Glee também fez uma versão dessa música (que ficou bem parecida com a original, por acaso) e vale muito a pena escutar uma das duas versões para conhecer. Enfim. Eu não sei se o Freddie Mercury escreveu essa música quando estava quase morrendo devido à AIDS, mas o fato é que essa música é extremamente triste/depressiva. Eu ainda tenho que pesquisar em quais circunstâncias ela foi escrita, mas isso não diminui a tristeza da música. Um dos primeiros versos da música é: “Mamma, just killed a man, put a gun against his head, pull my trigger now he’s dead” (algo tipo: “Mamãe, matei um homem, pus a arma contra a cabe;a dele, puxei o gatilho e agora ele está morto” – desculpe se tem alguma parte errada, é que peguei a letra de ouvido e eu não sou muito eficiente com traduções). E TODO MUNDO ama essa música! E todo mundo ama Clarice! E todo mundo ama a Martha Medeiros! Se eu falasse essas coisas, eu seria a depressiva, a maníaca, a psicopata, a louca, a que precisa de tratamento. Mas não. Com o Freddie isso é lindo; com a Clarice é genial; com a Martha é a essência da mulher contemporânea.

A cada dia que eu vivo eu descubro que sou mais louca e mais normal. Não exatamente normal, acho que eu quis dizer “igual a todo mundo”. O que quer dizer que todo mundo é louco.

Ps.: Logo no início de “Bohemian Rhapsody”, Freddie Mercury canta: “Is this the real life? Is this Just fantasy?” Isso lembra alguém? Siiiim! “David goes to dentist”!!

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