sábado, 25 de setembro de 2010

Reflexões Matutinas

Então, era para eu estar estudando...  Mas eu tava lendo no café da manhã (esfihas e pastéis de calabresa e queijo com guaraná zero) a Atrevida que a minha irmã comprou ontem e, inspirada pela reportagem com a Lady GaGa e pelo texto da Rita Trevisan, decidi escrever esse post.

Na reportagem da GaGa, ela falou que começou a usar a alcunha quando teve uma fase que queria fugir um pouco de si mesma. Conseguem relacionar isso com alguém? Poisé, a diferença é que o meu heterônimo, apesar de ser uma espécie de fuga de mim mesma, não é para onde eu gostaria de fugir. Eu não gosto do meu heterônimo, eu quero que o meu heterônimo exploda e me deixe feliz. O que eu devo fazer então? Criar um heterônimo feliz? É pode ser que funcione. Vai ser a Luna. Enfim. Na mesma matéria, a entrevistadora pergunta à GaGa se ser famosa pode lhe matar. “Sim, com certeza” “Assim como a Michael Jackson” “Exatamente. Muita entrega e muito amor também podem matar. Eu acho isso romântico, mas também inacreditavelmente triste quando artistas morrem por causa de um coração partido” “Nesse aspecto você corre algum risco?” “Meu coração parar por causa de muito amor? Eu não sei. Espero que não” “Você está apaixonada no momento?” “Sim, pela minha música. De outra maneira não, estou solteira. Mas eu acredito no amor e estou constantemente em busca da fórmula que me permita entendê-lo [...] O amor é perigoso, sempre. Amar é escalar montanha, o amor é irracional. Mantém você viva e também a destrói. A procura por amor é o alimento para a alma do artista. Eu tenho medo de, ao encontrar o amor, não conseguir mais escrever canções sobre o tema.” Aiai. Depois de ser Clarice, Dory, Dee Dee e meio Felipe Neto, sou a GaGa.

O outro texto que me inspirou foi “Sofrer é bom?”, da Rita Trevisan. Transcrevo abaixo os trechos que com que mais me identifiquei.

“O problema é que, de tanto olhar sofrimento, catástrofes, violência, periga a gente esquecer que a vida também é feita de poesia.”

“Até quando o sofrimento é nosso, fazemos de tudo para fugir, demora horrores pra termos coragem de enfrentar o problema que está nos fazendo ficar cada dia pior. [...] Quando a dor é nossa, o primeiro desafio é descobrir onde foi que nos machucaram, para resolver de imediato a questão. Logo, se sofrer é inevitável, aliviar a dor parece ser sempre a melhor saída.”

Esse fragmento complementou perfeitamente a conversa que eu tive com um amigo nesse fim de semana. Acabei desabafando com ele tudo o que me aflige e ele disse que só eu posso sair do fundo do poço onde me encontro. Ele disse que eu me derrubei e me chutei. “Não. Me derrubaram e eu levantei, me derrubaram e eu levantei, me derrubaram mais uma vez e eu cansei de me levantar. Pra quê levantar se vão me dar uma rasteira de novo?”. O problema é que falar através de metáforas é fácil. O difícil é transpor essas metáforas pra vida real e vencê-las na vida real. Na minha mente, é muito fácil lutar contra o meu heterônimo (imagino uma espécie de “A usurpadora”, em que a Ju (Paulina) luta contra a gêmea má, Baby Blue (Paola). A diferença é que na luta não teriam arranhões nem puxões de cabelo; a batalha seria como no jogo “Kingdom Hearts”: eu luto contra a BB com uma Keyblade – uma espécie de chave do tamanho de uma espada – e tenho o Pateta e o Donald pra me ajudar a derrotá-la. Se estiver muito difícil, eu ainda posso chamar o Chicken Little, o Gênio do Aladin ou o Stitch – e daqui a pouco vou destravar o Bambi. Se meu heterônimo me vencer mesmo assim, o rei Mickey pode vir me salvar.) Enfim. Entenderam como é difícil vencê-las na vida real? Meu amigo ficou me falando através de metáforas e talz e eu comecei a ficar desesperada: “Cara, me dá um exemplo prático de como sair disso!!”Vou tentar de tudo para ficar feliz e mandar a BB ir pastar quando ela aparecer.

Já escrevi demais. Meus livros me esperam. Ah, por falar em livros, fiz uma promessa a mim mesma: não vou comprar mais livros enquanto não ler os mais de 150 que tenho aqui em casa e no meu computador. No lugar, vou investir em bottons (comprei um liiiiindo da Família Monstro), em maquiagem e num PSP colorido para poder jogar “Kingdom Hearts – Birth by Sleep” (nesse jogo eu passo pelo mundo das princesas!!). Ok, agora eu realmente preciso ir.

2 comentários:

  1. Minha filha espontaneamente mencionou A Usurpadora no blog, sinto-me orgulhosa (espécie de piada inteira que algum dia eu te explico XD)

    Na vida real, você luta contra a BB com um celular e tem jogos e livros pra te ajudar a derrotá-la. Se estiver muito difícil, você pode e deve chamar a Tuppy, o Fefo ou a Paula – e daqui a pouco vai destravar a Fernanda 1. Se seu heterônimo te vencer mesmo assim, todos os seus amiguinhos da facul se fundem numa majestosa entidade de amor, pureza, pôneis e nerdeza e vai te salvar (opcionalmente espancando a Baby Blue até a morte e arrancando os olhos dela com um garfo :3).

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  2. HAHAHAHAHAHHAHAHAHAHHAHAHAHHAHAHAHAHHAHAHAHAHHAHHAHA

    Paai, te amo! rsrsrsrs
    Como você consegue ser tão criativa? Ok, vou parar de te elogiar, porque você vai começar a se sentir cobrada e vai parar de fazer seus comentários mega fofos que eu adoro rsrsrs

    Nossa, amei como você transpôs a solução pra vida real. Obrigada, pai! Você deu uma de Menina Superpoderosa e, mais uma vez, salvou meu dia!!

    Beijoss

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