Nós nos orgulhamos muito dos nossos avanços tecnológicos. A ida do homem à Lua. O mundo no seu celular. O fim do frizz com a loção Lotus Shield anti-frizz, da linha Advance Techniques (Avon). A Playboy em 3D. Mas é só andar na Barra da Tijuca – ou em qualquer outro lugar com vários centros empresariais – para ver que a humanidade (ou pelo menos o brasileiro) não está tão adiantada assim.
Moramos num país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza (mas que beleza!), onde faz uns 35ºC, mais ou menos, todo dia. E aí eu te pergunto: pra quê usar terno? Nos países frios, tudo bem; faz sentido. Mas no Brasil? Eu imagino que quando as portuguesas vieram pra cá – com seus metros e metros e metros de tecido -, devem ter sentido a mesma coisa. Tá, naquela época não tinha aquecimento global, mas lembre-se que as mulheres eram mais “sensíveis” (eufemismo para “frescas”) e passavam mal por qualquer coisinha; o calor devia ser um grande culpado de desmaios nessa época. Enfim. As mulheres se livraram das anáguas, dos corpetes, daquelas calçolas ridículas e hoje desfilam por aí com blusa de helanca amarela, microshort jeans e tamanco de acrílico. Esteticamente, prefiro os metros, metros e mais metros de roupa. Mas eu moro no RIO DE JANEIRO!!! E querendo ou não, eu pareceria mais ridícula com anáguas do que com uma bata de helanca (bata de helanca amarela com desenhos abstratos é tão brega que, na minha opinião, se equipara às pochetes). A evolução tem seus preços e a bata de helanca é um deles.
Mas voltando aos ternos: se as mulheres se livraram dos panos desnecessários, por que os homens não podem? Aí acontece aquela cena ridícula dos caras de terno em plenos 42ºC, com enormes pizzas enormes dos braços e tentando desesperadamente secar o suor que não para de brotar no rosto. Não sei se a alternativa seria ir de bermuda pro trabalho... Mas terno definitivamente não dá: as mulheres agradecem – porque não precisam lidar com gente suada – e os homens mais ainda.
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