Heteronímia (heteros = diferente; + ónoma = nome) é o estudo dos heterónimos, isto é, estudo de autores fictícios (ou pseudoautores) que possuem personalidade. Ao contrário de pseudónimos, os heterónimos constituem uma personalidade. O criador do heterónimo é chamado de "ortónimo". Sendo assim, quando o autor assume outras personalidades como se fossem pessoas reais.
Por que eu tô falando de heterônimos? Porque eu acho que tenho um. Vocês já devem ter percebido que uns textos meus são extremamente depressivos, enquanto outros são bem felizes e otimistas. A minha parte "Doug" (feliz e otimista) é a Ju de verdade. A parte depressiva e surtada é meu heterônimo, a Baby Blue (é por causa da cover que a Courtney Love fez para "It's all over now, baby blue", do Bob Dylan). Ela surge do nada, vai embora do nada e é tão diferente de mim que não acredito que seja eu. Não, fanáticos religiosos, eu não estou possuída.
Ao contrário de Fernando Pessoa, que criava os seus heterônimos pela poesia, eu crio a poesia (ou a prosa, já que tem MUUUITO tempo que não escrevo em poesia) a partir do heterônimo. Ou seja: a Baby Blue toma o lugar da Ju e começa a escrever coisas psicótico-depressivas. Mas quem convive comigo pode ficar tranquilo: a Baby só aparece quando eu estou sozinha; na verdade, ela só aparece porque eu estou sozinha.
Então, quem vai fazer uma vaquinha para me comprar o botton abaixo?
Eu adoro essa história dos heterônimos de Fernando Pessoa. É uma pena que você more no RJ, porque aqui em São Paulo tem o museu da Língua Portuguesa (que eu sou apaixonada), são três andares e no primeiro andar do museu eles homenageiam um autor e vão mudando sempre. Um semestre é José de Alencar, aí eles reformam todo o primeiro andar e homenageiam outro, e assim sucessivamente. E agora, o autor é Fernando Pessoa e seus heterônimos! Acho que você iria adorar!
ResponderExcluirhttp://www.museudalinguaportuguesa.org.br/