segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Meus (dez)oito anos


Eu achei que, conforme fosse chegando a data, eu fosse estar mais eufórica, animada, feliz, sei lá. Eu achei que estaria meio... diferente. Mas não. Até chegar em casa sexta à tarde, nem tava lembrando direito que no dia seguinte seria o meu aniversário. Talvez por não participar do ritual dos 18 anos... Sabe, aquela coisa: “Você já pode dirigir, ir a boates, beber e ser preso”. Tem gente que leva essa máxima tão a sério que sai com o carro novo pra boate, enche a cara, bate com o carro e é preso, tudo no aniversário de 18 anos. Quanto desespero para “aproveitar a vida”.

Eu acho que o dia do seu aniversário – independente de ser de 18 anos ou não – deveria ser um dia onde você fizesse as coisas que você mais gosta com quem você mais gosta, e não (mais) um dia de seguir um bando de convenções sociais. Por isso que no meu aniversário de 18 anos eu acordei às 07h, fui jacarepaguar, depois fui no cinema e terminei com um rodízio de pizzas – e foi um dos melhores aniversários da minha vida!! Se eu estivesse numa boate/enchendo a cara/enchendo a cara numa boate, provavelmente não me divertiria tanto quanto me diverti conversando com a Tüppÿ, com a Gabi e com a Carol no shopping.

Eu sei que os 18 representam a entrada na idade adulta e talz (porque, bem, as pessoas precisam de datas definidas pra tudo), mas não me sinto como adulta. Fala sério, eu tenho diário, compro roupas na sessão infantil, minha agenda da faculdade é do “Toy Story 3”, amo filmes de animação... Só vou me sentir realmente adulta quando sair de casa, eu acho, porque a maturidade obviamente não está em idade, mas em atitudes.

Quando eu fiz dezessete anos, imaginei que seria o máximo. A Natasha do Capital Inicial fugiu de casa aos 17; Stevie Nicks fez uma música chamada “Seventeen”. A revista americana se chama “Seventeen”. Avril Lavigne estourou aos 17 anos. A razão de tudo isso eu não sei, mas, ah, eu sei porque a Natasha fugiu de casa aos 17. Cara, é uma idade infernal, e eu estou bem feliz por ela finalmente ter acabado. Espero que os 18 sejam bem mais tranquilos mentalmente que os 17... Devem ser mesmo: só conheço uma música sobre os 18 anos (“18 and life”, do Skid Row).

Então, bem, parabéns para mim!

4 comentários:

  1. Pô, mano! Como é que você consegue fazer um fato tão simples, tão normal, se transformar em um texto tão... sei lá, bom? Uau, uau, sem mais *O*

    Ah, e feliz aniversário de novo ;D

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  2. Eu acho que o dia do seu aniversário deveria ser um dia onde você fizesse as coisas que você mais gosta com quem você mais gosta, e não (mais) um dia de seguir um bando de convenções sociais.

    Concordo plenamente com vc!! Todo aniversário meu é a mesma coisa. Tenho que sair, ir a lugares que eu não gosto... pra comemorar... aff... que comemoração é essa onde tudo conspira pra eu ficar chateada??

    Já passei dos 20 e as coisas continuam assim... qndo vão descobrir que o que eu realmente gosto é diferente do que as outras pessoas gostam???

    Adorei o seu texto!! Arrasou mais uma vez!!
    Queria que meus pais e minha família lessem os textos que vc escreve... eles me entenderiam melhor e eu seria mais feliz... porque já cansei de falar e não ser ouvida... vida dura ser "freak"!

    Bejins;
    E Feliz Aniversário!

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  3. Mari: Nossa, eu nem tinha gostado tanto desse texto huahsuahsuahsu MUITO OBRIGADA!!

    Freak Girl: Muito obrigada tambééém! Ah, dá o endereço para eles lerem :) Quem sabem eles te endendem?

    E sim, ser freak é dureza... Estou preparando um post pra falar um pouco sobre isso. Se eu terminar - porque é grande a quantidade de textos que eu começo e não termino -, eu posto aqui =D

    E obrigada *____*

    Beeeeijos

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  4. Nossa!Me identifiquei pakas com o seu texto. Era exatamente isso que eu pensava quando mudei dos 17 para os 18.
    Parabéns! Você escreve muito bem!

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