quinta-feira, 27 de maio de 2010

Roller coaster

Eu não faço ideia do que vou escrever. Eu tô com tempo vago na faculdade e simplesmente não quero ficar sentada sozinha num banquinho com abelhas me rodeando, enquando eu penso na vida e seguro o choro. O choro nem é tão frequente quanto se esperaria de uma pessoa na minha situação.

Algumas coisas eu não deveria ver. Eu não QUERO ver. Mas o ser humano tem um apetite pela destruição (nesse caso, auto-destruição) e, mesmo que aquela cena seja tão dolorosa quanto uma facada no meu coração, não consigo desviar os olhos. Não sei se é porque ainda não consigo acreditar que é verdade. Que, como diria Courtney Love, "it's all over now, baby blue". Mas é. E o que eu vou fazer? Eu quero abacaxi mas não posso mais tê-lo. Posso partir numa busca para encontrar uma lichia ou uma melancia. Ou cerejas em calda. Pode demorar ou não até eu encontrar. E O QUE EU VOU FAZER ATÉ LÁ? Poderia me concentrar mais nos estudos. Não, na verdade não posso não. Não consigo me concentrar em nada, pelo menos agora. Minha mente entrou numa montanha russa e não sai!! Agora eu tô mal e provavelmente lá pelas 17h eu vou estar feliz, conversando e rindo com a Isabella num ônibus lotado. Mas até lá...

Eu sei que daqui a um tempo eu vou estar bem, feliz, sorridente, vou ter superado e vou poder cantar, sinceramente, "Get Over It", da Avril Lavigne (se vocês não conhecem essa música, corram! É a melhor dela, na minha opinião). Mas agora só consigo cantar "Alice" e "Hot'n'Cold". E é triste perceber que todas as letras de pagode/sertanejo se encaixam direitnho no que você tá sentindo. Triste mesmo!! Mas fiquem tranquilos: eu não vou postar nenhuma letra aqui no blog do tipo "Não aprendi a dizer adeus" ou "Não vou chorar/ nem vou me arrepender/ foi eterno enquanto durou/ foi sincero o nosso amor/ mas chegou aou fiiiiim". Não, eu não vou fazer isso.

Assim como não vou xingar ninguém publicamente. Tenho vontade? DEMAAAAIS!! Mas eu não vou fazer isso. Tenho classe (e medo que me batam).

Eu tô meio perdida e meio encontrada. Uma hora eu tô feliz, querendo que todo mundo fique feliz; no momento seguinte, eu tô com um ódio flamejante dentro de mim e quero que todo mundo exploda, menos umas, sei lá, 10 pessoas (Carols, Bella, Line, minha mãe, uns professores, o Osmar Prado - gente eu conheci ele ontem, ele é MUITO ENGRAÇADO!!! - e... acho que é isso).

Eu só tenho vontade de que tudo passe logo. Eu tô reagindo bem a tudo isso - bem demais, até. Ódio, saudade, tristeza, vontade de superar, de chorar e de ficar de moletom vendo filmes da Audrey Hepburn no dvd... isso tudo é normal. Uma hora eu SEI que eu vou ficar bem. Já passei por isso antes e tô aqui inteira. Talvez isso seja um mal que veio para o bem: foi bom pra eu ter umas epifanias loucas às 2h30 da manhã, enquanto levanto para ir ao banheiro - sim isso realmente aconteceu -, foi bom pra eu me dar mais valor, foi bom porque aprendi algumas coisas. Por exemplo:

* Não confie (tanto) nas pessoas. Não acredite (tanto) nelas. Porque até pode ser verdade naquela hora. Mas depois não vai ser mais e você vai ficar gritando: "You filthy rotten hound!! You lied to me!!". E isso NÃO é legal...

* Siga sua intuição. Se você sente que tem algo errado, deve ter. Se você sente que não deve falar algo, não fale.

* Não tente relevar defeitos. Defeitos podem e devem ser mudados.

* NUNCA, JAMAIS, DE JEITO NENHUM, valorize alguém mais do que a si próprio. Você vive a SUA vida. Em teoria, você deveria ser o protagonista dela. Não aja como um coadjuvante.

*Não faça planos com seu namorado(a). Isso é o que mais dói. Se ele diz que vai se casar com você, só acredite quando ele ajoelhar e pedir a sua mão. Se você acha que ainda é meio arriscado, acredite nas bodas de prata.

Bem, eu acho que é isso. A cada dia, um passo pra frente. Em algum momento, eu vou dar alguns pra trás. Mas meu foco é meu futuro, não meu passado. Aproveitando isso e parafraseando a banda Queen: Can anybody find me somebody to love? Estou lançando a campanha "Ju+1" - Ju plus one - e quem quiser me ajudar, me avise rsrsrsrs

Quando eu comecei esse texto, queria chorar. Agora tô bem - ou melhor do que estava, pelo menos. Daqui a pouco talvez eu volte a querer chorar. Mas... c'est la vie. Uma hora eu desço da montanha russa.

Um comentário:

  1. Me veio uma outra música da Avril que cantaram até no Glee... "Keep holding on/ together we'll make it through, we'll make it through"...
    Sweety, como minha sábia mãe SEMPRE me diz: ninguém morre de amor! E há provas vivas disso. (Lembra q Romeu e Julieta não foram reais e esses outros fairy tales tb não)

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