quinta-feira, 13 de maio de 2010

Eu não acredito em emos!

Primeiramente, quero deixar bem claro: não tenho nada contra os emos! Só quero fazer uma pequena reflexão sobre eles.

Na semana passada assisti uma aula sobre ficção científica dada pelo professor Anderson Gomes (ele tem um blog óteemo, o http://www.rosebudeotreno.com/), que disse que a diferença entre ficção científica e fantasia é que esta não precisa ser explicada cientificamente. O Hobbit, por exemplo, não é fruto de uma mutação genética ou algo do gênero. Ele simplesmente é! Sua existência se explica num determinado contexto. Assim como os emos. Para mim eles são criaturas fantásticas que existem e explicam num determinado contexto (no caso, a nossa sociedade, que os criou).

Como essa discussão toda sobre a existência dos emos começou?

Conversando com a Isabella num ônibus lotado - aliás, esse é um ótimo lugar para ter reflexões profundas, pois você geralmente não pode fazer muita coisa além de se ensimesmar - lembrei de uma frase que li em algum lugar: "Nada dura para sempre; nem as maiores alegrias nem as tristezas mais profundas". Comentei isso com a Isabella e ela disse: "É verdade! Não existem pessoas tristes o temppo todo. É impossível! Eu não acredito nos emos." Começamos a rir e ela repetiu: "Eu não acredito em emos!" E isso virou nossa piada interna.

Gente, isso não é um preconceito não, tá? É só uma constatação: ninguém é triste o tempo todo. É aquela velha oposição bem/mal, positivo/negativo, tristeza/felicidade. Nada é 100% uma coisa ou 100% outra. O Bush tem algo bom (não me pergunte o quê, mas sei que ele tem!) e o Chaplin tinha coisas ruins. Assim como a PollyAnna - personagem do livro homônimo de Eleanor H. Porter - sofre e o emo tem momentos de alegria. A diferença é o modo como cada um enfrenta seu sofrimento ou sua alegria.

Vi um filme há uns 2,3 anos atrás chamado "Ensina-me a viver". Ele mostra exatamente essa questão de como lidar com a vida. Harold é um cara de 20 anos que passa sua vida fingindo vários suicídios e passeando por cemitérios. Já Maude é uma velhinha de 79 anos que ama a vida e faz o que dá na telha. Ela tem mais vida que ele! E, realmente, ela o ensina a viver.

Acabei de lembrar também do "Tudo acontece em Elizabethtown", com o Orlando Bloom e a Kirsten Dunst. Ele é uma cara que deu um prejuízo de quase US$ 1 bilhão para a empresa que trabalha e e decide se matar. Mas quando vai se suicidar, recebe um telefonema da sua irmã, que diz que seu pai acabara de morrer. Então ele viaja para a cidade onde vai acontecer o funeral (Elizabethtown) e acaba conhecendo no avião a aeromoça Claire (Kirsten Dunst), que, adivinha?, muda a sua vida.

Eu acredito que existam pessoas complicadas, que ficam triste com frequência (e eu sou um ímã para essas pessoas rsrsrsrs). Mas eu não acredito em emos!

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